Gigantes do consumo flagram a inflação

1367863976_piggybankA confiança das autoridades brasileiras no declínio da inflação ainda não contagiou gigantes de “consumo” no Brasil. Na apresentação dos resultados trimestrais, concentrada no encerramento do trimestre, executivos do Grupo Pão de Açúcar, da Brasil Foods e da Ambev demonstraram alguma preocupação com a trajetória dos preços na economia e o impacto no poder de compra do brasileiro. Algumas observações apenas reforçaram os resultados de pesquisas que vêm apontando seguidamente queda na confiança do consumidor nos primeiros meses do ano, por conta da inflação.

O Pão de Açúcar, a despeito do aumento de 10,2% da receita líquida no primeiro trimestre deste ano em comparação a igual período do ano passado e do lucro líquido de R$ 275 milhões, vê com preocupação a área alimentar.  Para a BRF, que registrou alta de 13,8%  da receita líquida no trimestre na comparação interanual e lucro líquido de R$ 358,5 milhões, a inflação batendo no consumidor. “Existe sensibilidade do consumidor na questão de preço. A inflação dos alimentos está grande e duradoura”, afirma o presidente-executivo da BRF, José Antonio do Prado Fay. A Ambev, maior fabricante de cerveja do Brasil,  que registrou crescimento de 7,42% da receita líquida no primeiro trimestre deste ano frente a igual período de 2012 e aumento de 1,25% do lucro líquido para  R$ 2,343 bilhões na mesma base de comparação,  acusou queda nas vendas de cerveja e também de não alcóolicos.

A companhia atribui o desempenho do primeiro trimestre a três razões – duas delas sem solução pública ou privada: o Carnaval ter ocorrido mais cedo neste ano e o clima ser considerado menos adequado para as vendas de bebidas. A terceira e última razão que segundo a Ambev afetou suas vendas foi a inflação de alimentos mais alta e a desaceleração do crescimento da renda disponível.

Em tempo: as reportagens sobre balanços das empresas publicadas no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor, foram apuradas por Alda do Amaral Rocha, Daniela Meibak, Leticia Casado e Luiz Henrique Mendes.

 

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Maior renda declarada no IR foi de R$ 30 milhões, aponta Receita

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A maior renda declarada no Imposto de Renda foi de R$ 30 milhões, segundo dados da Receita Federal referentes aos documentos recebidos até as 17h30 do dia 30 de abril, último dia do prazo para entrega. Entre os declarantes que usaram o tablet ou smartphone para declarar, a maior renda foi de R$ 3 milhões.

O contribuinte mais novo a declarar o IR deste ano tem cinco meses: nascem em 8 de novembro de 2012. Já a declaração com contribuinte mais antigo se refere a um idoso nascido em 1872 – o documento, no entanto, é uma declaração de espólio, já que ele não está mais vivo. A média de idade dos declarantes é de 47 anos.

Entre os contribuintes que entregaram o IR, 58,7% são homens e 41,3% mulheres. Segundo ofisco, o declarante com maior número de dependentes registrou 24.

De acordo com a Receita, 52% das declarações têm imposto a restituir, 19% têm imposto a pagar e os outros 29% não possuem saldo (nem restituição nem pagamento a fazer). Cerca de 60% das declarações são simplificadas.

Entre aqueles que declararam por meios móveis, 55% têm imposto a restituir, 8% têm imposto a pagar e 37% não têm saldo. Além disso, 65,5% desses contribuintes são homens (34,5% mulheres) e a média de idade é de 33 anos.

Ao todo, a Receita Federal recebeu 26.034.621 declarações do Imposto de Renda 2013, segundo balanço divulgado na madrugada de quarta-feira (1º). Destas, 3,4 milhões foram entregues no último dia.

O prazo para entrega do documento terminou às 23h59 desta terça-feira (30). Quem perdeu o prazo está sujeito a uma multa por atraso – cujo valor mínimo é de R$ 165,74. (clique aqui e saiba o que fazer se você perdeu o prazo). A entrega dos “atrasados” pode ser feita a partir desta quinta (2).