O mapa completo para sair do inferno das dívidas

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Atualmente, as pequenas e médias empresas correspondem a 91% do total de inadimplentes, segundo a Serasa Experian

Conteúdo original dos 10 passos Por Antonio Santomauro no Portal da Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios
Revisão e passo 11 por Felipe Ribeiro.

O número de empresas inadimplentes bateu recorde em julho deste ano, segundo levantamento da Serasa Experian. O estudo aponta que 3,57 milhões de empresas têm dívidas em atraso e, por isso, tiveram o nome incluído na lista de inadimplentes. Esse número é maior do que o verificado em julho de 2013, quando foram registrados 3,28 milhões. O segmento de pequenas e médias empresas é o mais afetado, respondendo por 91% do total das inadimplentes.

Resolver as pendências financeiras requer planejamento e determinação. As práticas apresentadas a seguir não servem apenas para quem está com acorda no pescoço. Usadas regularmente, podem garantir a saúde financeira do negócio.

1. Separe os canais
Misturar as contas do negócio com as pessoais é um dos erros mais comuns dos pequenos e médios empreendedores. Há quem pague fornecedores com seus próprios cheques, ou use o dinheiro da empresa para saldar a escola do filho. A confusão entre os números impede que o empreendedor saiba se o seu negócio é ou não rentável. Além disso, quem mistura contas corre o risco de pagar mais por empréstimos, já que os bancos costumam cobrar juros mais altos para pessoas físicas do que para clientes corporativos.

2. Cuide dos controles gerenciais
Elabore planilhas que ajudem a organizar os números do negócio: contas a pagar, contas a receber, comissões sobre vendas, controle de estoque, fluxo de caixa. Controlar o capital de giro é fundamental. É preciso saber tudo o que entra e o que sai, para poder prever como serão os custos e gastos nos próximos meses — e de quanto você pode dispor para pagar as obrigações devidas.

3. Contabilize os débitos
Liste todas as dívidas da empresa, separando-as por categoria: bancária, trabalhista, tributária, fornecedores, prestadores de serviços etc. As pendências bancárias também devem ser agrupadas por formato — cartão de crédito corporativo, cheque especial, empréstimo para capital de giro etc. Essa primeira organização permite analisar se determinado tipo de gasto pode ser substituído por outro mais barato. Por fim, priorize as despesas de acordo com a sua importância: o não pagamento do financiamento de um equipamento, por exemplo, pode levar a empresa a paralisar suas atividades. Em seguida, é preciso somar os valores a serem pagos mensalmente, considerando juros, taxas e multas. Compare esse valor com a previsão do fluxo de caixa, para saber se terá condições de pagar o total, ou somente uma parte deste.Nesse cálculo, não se esqueça de levar em conta os gastos habituais do negócio. Faça simulações com diversas possibilidades de pagamento. De posse do valor que melhor se adequará a seu fluxo de caixa, agende reuniões com os credores e prepare-se para as negociações.

4. Procure os fornecedores
O processo deve priorizar os itens com impacto mais imediato na operação do negócio — dívidas com concessionárias de energia elétrica ou telefonia, por exemplo. Seja claro com os credores, apresentando a situação atual e mostrando qual é o seu plano para equilibrar as contas. Dessa maneira, poderá conquistar a confiança da outra parte, que tem interesse em ver os débitos saldados. “Pelos relatos que ouço dos empreendedores, oito entre dez fornecedores aceitam renegociar para manter o cliente”, diz João Carlos Natal, consultor do Sebrae-SP. Não se esqueça de fazer uma pesquisa no mercado, verificando os valores praticados por fornecedores concorrentes.Com esses dados na mão, fica mais fácil conseguir uma redução nos preços.

5. Converse com os bancos
Aqui também vale a regra da transparência: exponha o cenário e a presente um planejamento viável para resolver o problema. Considerando as necessidades do negócio, diga de maneira clara quanto pode pagar e em quanto tempo. A partir daí, tente negociar parcelas menores e taxas mais baixas. “É fundamental levar dados confiáveis para a mesa de negociação. Os bancos consideram a falta de informações um dos principais entraves para o financiamento de pequenas e médias”, diz Dariane Castanheira, professora e consultora do ProCed-FIA (Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento daFundação Instituto de Administração). Dependendo da sua situação, pode valer a pena concentrar todas as dívidas em uma única instituição.

6. Busque uma conciliação
Uma alternativa para quem procura uma solução capaz de atender as duas partes é buscar um mecanismo de conciliação como o Pace (Posto Avançado de Conciliação Extraprocessual). Resultado de uma parceria entre o Sebrae e a CACB (Confederação das Associações Comerciais do Brasil), os Paces instalados em seis estados brasileiros atuam para estabelecer acordos entre credores e devedores, gratuitamente e sem a obrigatoriedade de advogados. Embora tenham sido pensados originalmente para empresas menores, eles podem ser acionados por negócios de qualquer porte.As audiências Contam com a presença de um conciliador capacita do pelo Tribunal de Justiça de São Paulo — os acordos têm força de sentença judicial.

7. Elimine o desperdício
Controlar custos deve ser uma preocupação constante em qualquer empresa. No caso daquelas com dívidas, é uma questão de vida ou morte. Em um primeiro momento, foque nos desperdícios, como equipamentos utilizados indevidamente ou pacotes de serviços com preços desatualizados. Depois parta para reduções nos gastos com materiais, eletricidade e contas telefônicas. Por fim, avalie a possibilidade de fazer demissões — sempre levando em conta que a medida pode provocar queda de produtividade. Uma alternativa para diminuir as despesas é abrir mão da sede própria e se instalarem um imóvel alugado. Com isso, além da entrada de capital, serão reduzidos os custos com manutenção e tributos. Se o aluguel ainda for uma opção cara, pode-se pensar em escritórios virtuais ou espaços de coworking.

8. Associe-se aos concorrentes
Considere parcerias, seja para a terceirização de etapas produtivas ou processos operacionais, seja para logística e distribuição. Também é possível fazer compras conjuntas de insumos, matérias-primas e serviços, e dessa maneira ganhar poder de barganha na hora de negociar preços e prazos. Outras associações podem ocorrer nas áreas de treinamento, pesquisa e ações de marketing.

9. Aumente a receita
É um bom momento para reavaliar o plano de negócio se discutir maneiras de incrementar o faturamento. Pode ser o caso de diversificar a produção, lançando artigos, ou então buscar novos mercados para os seus produtos e serviços. Em determinados casos, pode ser interessante vender um bem próprio (carro, apartamento na praia) para investir na empresa. Se houver necessidade de recursos adicionais, uma opção são as linhas de crédito que operam com recursos públicos, como o Proger e o Cartão BNDES.

10. Limpe seu nome
Após solucionar as pendências com os credores, solicite a documentação referente a esse acerto das contas. Caso tenham ocorrido protestos de títulos ou devolução de cheques por insuficiência de recursos, será necessário requerer que cartórios e bancos excluam de seus cadastros informações referentes aos débitos já solucionados. Muitas vezes, essas informações são colocadas também em bancos de dados referentes a crédito, como o da Serasa Experian. Cabe aos cartórios, bancos e instituições credoras solicitar a sua exclusão depois da confirmação do pagamento da dívida. A retirada do nome da lista leva cerca de cinco dias.

11. Procure Ajuda Técnica Especializada
Se você é uma pequena ou média empresa e  além da gestão também precisa dar atenção ao processo interno de seu produto ou serviço, talvez o tempo dedicado para cumprir as etapas descritas possa levar mais tempo, o que pode acarretar em custos que podem ser evitados se houver assessoria de um especialista em finanças. Consultoria, seja para acompanhamento de indicadores financeiros ou na área técnica da prestação de serviço ou de melhorias nos processos de produção facilitam e aceleram a evolução do negócio, pois dedicam profissionais com know-how para sugerir tomadas de decisão assertivas e baseadas em metodologia. É recomendado que ela acompanhe toda a vida da empresa: não apenas nos momentos de crise, mas para fechar o ciclo de melhoria contínua e  orientar a gestão para o empreendedor.

12 cursos online gratuitos para empreendedores

E-learning

Camila Lam, via portal Exame.com

Por mais que tenha uma rotina repleta de tarefas, donos de pequenas empresas ou startups não podem deixar de se capacitar. Buscar conhecimento e manter-se atualizado são atitudes essenciais para quem tem um negócio.

Veja a seguir uma seleção de aulas na internet que os empreendedores podem fazer de graça. Os assuntos vão desde gestão de pessoas até desenvolvimento de aplicativos.

1. Introdução ao private equity e venture capital para empreendedores

O curso tem 40 horas de duração e o conteúdo está estruturado em oito módulos. Características gerais da indústria e aspectos da captação de recursos, perfil dos negócios em private equity e venture capital e gestão e monitoramento contínuo são alguns temas tratados. A inscrição pode ser feita no site da FGV Online e o início do curso é imediato.

2. Como iniciar o seu próprio negócio

Esse curso é indicado para quem deseja aprender sobre nichos de mercado e as oportunidades de negócio. As aulas do iPED (Instituto Politécnico de Ensino a Distância) falam sobre plano de negócios, a busca por um investidor, administração financeira, entre outros assuntos.

3. Desenvolvimento de aplicativos web

O curso é oferecido pela Universidade do Novo México, por meio do Coursera, e ensina a como construir e programar um aplicativo. As aulas são em inglês e a próxima turma começa em agosto. É essencial que o aluno tenha conhecimentos de programação e seja proficiente em alguma linguagem como Java ou Python.

4. Mantendo o estoque em dia

curso é oferecido pelo Sebrae-SP e é voltado para quem já tem uma micro ou pequena empresa. Trata da importância de administrar o estoque da empresa e como o bom gerenciamento pode ajudar a reduzir gastos. O aluno terá que realizar atividades práticas e a carga horária é de três horas. Para ter acesso ao conteúdo, é preciso ter o CNPJ da empresa cadastrado.

5. Recursos humanos

O curso é voltado para a análise de programas de treinamento e desenvolvimento de pessoal. Com carga horária de 15 horas, o objetivo do curso é analisar esses programas e tratar de liderança e avaliação de resultados. O início é imediato e a inscrição pode ser feita no site da FGV Online.

6. Contabilidade para micro e pequenos empresários

Receitas, despesas e custos, lançamentos contábeis e balanço patrimonial são alguns assuntos tratados no curso. Os alunos aprendem também sobre a importância da contabilidade na gestão de uma micro ou pequena empresa.

7. Gestão da Inovação: inovar para competir

Tipos de inovação, práticas de estímulo à inovação e adoção dos instrumentos de apoio rumo à empresa inovadora são alguns temas que serão tratados no curso oferecido pelo Sebrae. A carga horária é de 15 horas e foi desenvolvido para donos de empresas de pequeno porte.

8. Sustentabilidade aplicada aos negócios: orientações para gestores

A carga horária é de 10 horas e o objetivo do curso é apresentar os principais conceitos relacionados à sustentabilidade. Dessa maneira, o empreendedor poderá conhecer as possibilidades de mudança na gestão do seu negócio. Não há pré-requisito e o início do curso é imediato. Mais informações no site da FGV Online.

9. Pequenas empresas nas redes sociais

O objetivo desse curso é capacitar empreendedores para aproveitar as oportunidades e minimizar os riscos da presença da empresa nas redes sociais. Com carga horária de três horas, o aluno aprenderá a utilizar ferramentas de comunicação e interação. Mais informações no site do Sebrae-SP.

10. Inspirando a liderança através da inteligência emocional

Quem compreende inglês pode aproveitar esse curso oferecido pela Universidade Case Western University, dos Estados Unidos. O aluno poderá aprender sobre a relação da emoção e liderança e a lidar com o estresse crônico. O curso é disponibilizado pelo site Coursera e a próxima turma começa em agosto.

11. Técnicas de vendas

Como aprimorar os serviços de vendas da sua empresa? Como vender mais e melhor? O curso faz parte do Programa Varejo Fácil, do Sebrae, e tem carga horária de 15 horas. O objetivo das aulas é de capacitar o pequeno empresário com estratégias para melhorar as vendas do negócio.

12. Marketing estratégico

A gestão da marca de uma empresa é essencial para quem deseja alcançar o sucesso e ter um bom relacionamento com o seu consumidor. No curso Marketing estratégico, do iPED (Instituto Politécnico de Ensino a Distância), é possível aprender sobre os principais conceitos e objetivos do marketing.

 

O indicador financeiro que você não pode ignorar

accounting_graphQuais são os indicadores financeiros que você não pode ignorar?
Respondido por Rodrigo Zeidan, especialista em finanças

Qual o objetivo de uma empresa? O lucro, claro! Contudo, o lucro não importa tanto, e este é um erro comum em muitos empresários – o de se preocupar somente com a linha final de um demonstrativo de resultado, o lucro líquido.

Na verdade, existem milhões de definições diferentes sobre o lucro: operacional, líquido, bruto, EBITDA, EBIT, NOPLAT etc. O que importa, mesmo, é o fluxo de caixa do acionista. Como dizem os anglo-saxões: Cash is king! Nothing beats cold, hard cash (O caixa é o rei! Nada é mais importante que o caixa).

O lucro líquido, por exemplo, esconde o fato de que o empresário vai ter que fazer reinvestimentos, ou pode ser afetado por depreciação ou provisões, que, por outro lado, não afetam o caixa.

São várias as formas de definir o Fluxo de Caixa do Acionista. Uma delas é tomar o lucro operacional sem ajustes contábeis, e abater resultados financeiros, investimentos necessários para fazer a empresa crescer e os impostos sobre o resultado. É o que sobra para os acionistas.

Parece complicado? O mundo financeiro é razoavelmente simples. Uma vez incorporados, esses conceitos permanecem com o empreendedor para sempre. Vale a pena se capacitar para conhecer melhor como é determinado o fluxo de caixa real que os acionistas podem retirar da empresa sem perda de oportunidades de investimento. É o tipo de conhecimento sempre útil e perene.

Rodrigo Zeidan

5 dicas para otimizar o capital de giro da sua empresa

1371494054_PaperMoneyCapital de giro é aquele dinheiro disponível para a empresa rodar, pagando as despesas imediatas.

Caso você queira ver mais sobre sua definição e como calculá-lo, é só ver nosso artigo Como calcular o capital de giro para sua empresa.

Agora como você sabe tudo (ou já sabia) sobre o assunto, com certeza as dicas abaixo poderão fazer uma grande no seu dia-a-dia:

1- Dinheiro parado = dinheiro desvalorizando

Como o capital de giro é aquele dinheiro usado para os gastos imediatos no curto prazo, ele precisa ter liquidez (não pode estar preso num investimento de longo prazo ou ser parte de um imóvel, por exemplo).

Ao mesmo tempo, dinheiro parado na conta corrente, é dinheiro sendo desvalorizado pela inflação. Alguns bancos até pagam um mísero ganho pelo dinheiro na conta corrente, mas nada que realmente faça uma diferença.

Minha dica para aplicação é colocar num CDB com liquidez diária ou mesmo na poupança – estes são investimentos que conseguem trazer um retorno próximo à desvalorização inflacionária e ainda te dão a liquidez necessária para o dia-a-dia.

2- MUITO cuidado com o cheque especial

Apesar de não ser legal o dinheiro ficar parado na conta, um mal muito maior é utilizar o cheque especial da sua conta corrente. Os juros cobrados estão entre os mais altos disponíveis.

Por isso, pensando em termos de controle do capital de giro, fique sempre muito atento ao seu fluxo de caixa diário para saber se a sua conta tem fundos suficientes para não entrar no cheque especial, mesmo que seja por apenas um dia.

Uma das melhores aplicações hoje em dia é não pegar ‘dinheiro caro’ emprestado.

3- Não conte com dinheiro que não está na conta

Conforme sua empresa funciona, novas receitas passam a compor o seu capital de giro. Porém, um erro muito comum é contarmos com dinheiro que ainda não está garantido e assumi-lo assim para pagamentos no curto prazo.

Por aqui, nós assumimos como receita garantida aquela pela qual uma nota fiscal já foi emitida, com boleto e dia de pagamentos fechados e aceitos.

Antes disso, a receita nem entra em nosso fluxo de caixa projetado e, por isso, não compõe o capital de giro.

4- Negocie os melhores prazos possíveis

Como vida de empreendedor não é fácil, muitas vezes nos vemos naquela sinuca de bico: “não consigo pagar o fornecedor Z nesse dia, porque o cliente Y só vai me pagar 5 dias depois”.

Antes de você chegar no fatídico dia, você tem 3 opções:

  1. Conversar com o fornecedor Z para explicar a situação e atrasar o pagamento em 5 dias;
  2. Conversar com o cliente Y para negociar um pagamento adiantado (em troca de uma entrega maior, por exemplo)
  3. Conversar com qualquer outro cliente ou fornecedor para mudar os prazos com o objetivo de não ficar negativo durante nenhum dia.

A melhor escolha para resolver essa situação será a pessoa/empresa que você tem o melhor relacionamento, já que esse tipo de acordo é sempre um pouco delicado.

De qualquer forma, como você agora não tem desculpa para ver em cima da hora, a dica é sempre analisar o seu fluxo de caixa projetado antes de fechar qualquer data de pagamento ou recebimento. Assim, você estará bem informado para negociar as datas ideias para o seu capital de giro não acabar.

5- Parcelamento

Para compras de equipamentos mais caros ou mesmo para compras recorrentes (material de escritório, por exemplo), muitas vezes existe a opção de parcelamento.

Essa opção, se bem trabalhada, é sempre benéfica.

Por um lado, você pode criar um orçamento mensal para determinadas compras e, assim, tornar possível uma compra que à vista seria impossível.

Por outro lado, caso você consiga fazer a compra à vista, há opção de aplicar o dinheiro que seria utilizado – tanto numa renda fixa (tipo CDB) e sacá-lo mensalmente para pagar cada parcela, quanto como capital de giro para outros investimentos na empresa.

Luiz Piovesana  29 de outubro de 2013

O que fazer na hora que o bicho pega na sua empresa

 

Em um mundo ideal, em que: conseguimos aplicar todas as teorias na prática, estamos protegidos de todos os imprevistos e o bacon não engorda; as coisas sempre saem de acordo com o planejado e conseguimos alcançar nossos objetivos com certa facilidade, só dependendo de nós mesmos.

Porém, sabemos que no mundo real (aquele em que o bacon precisa ser consumido com moderação), as coisas não são bem assim. Assim Forrest Gump ouvia da sua mamãe: a vida é como uma caixa de bombons, você nunca sabe o que vai encontrar.

No mundo empreendedor, que é ainda mais emocionante, existe uma série de situações que podem ser consideradas como “o bicho pegou”. Desde um sócio que pede para sair do dia pra noite até uma pane elétrica que te faz perder aquele arquivo importante, imprevistos acontecem e podem gerar uma bela dor de cabeça.

Se você está passando por alguma situação parecida, espero que consiga te ajudar a sair dessa. Se sua situação está tranquila, recomendo imprimir esse artigo e deixar em local de fácil acesso para o momento em que o bicho pegar, já que com certeza ele vai.

Ah se vai!

Passo nº 1: “Desmonstrifique” o problema
No geral, a primeira reação do cérebro ao ver que o bicho pegou é ficar travado por um tempo e liberar adrenalina no corpo para te ajudar a lutar ou sair correndo.

Porém, a não ser que o seu problema seja um avestruz raivoso que invadiu o escritório, dificilmente essa carga de adrenalina será muito útil.

Na prática, quando falamos sobre problemas corporativos, a melhor opção é se comportar como James Bond.

Repare que mesmo quando tudo parece perdido, ele está sempre tranquilo, pensando em como sair daquela situação que pode ir desde um jogo de poker até um tubarão com laser na cabeça nadando ferozmente em sua direção.

Para manter a tranquilidade nesses casos (problemas corporativos, não tubarões com lasers), o melhor a fazer é visualizar, da forma mais clara possível, a pior consequência que aquele problema pode trazer. Normalmente o medo do problema é muito pior do que a consequência em si.

Por exemplo, alguma vez você teve que falar em público e sua performance foi simplesmente ridícula? Aposto que sim. E ainda digo mais, aposto que seu frio na barriga antes da performance ridícula foi muito pior do que as reais consequências de ter se embananado na frente de todo mundo.

Na medida em que tiramos o problema do pedestal e vemos que a pior consequência possível não irá acabar com nossa vida pra sempre, aí sim estamos prontos para lutar com o problema, mas de forma organizada, não apenas por causa de uma descarga de adrenalina.

Passo nº 2: Quebre a solução do problema em etapas bem definidas
Além de colocar os problemas no pedestal, as pessoas também costumam fazer o mesmo com as respectivas soluções. O problema disso é que na hora de começar a pensar em como resolver aquele pepino imaginamos uma solução mega complicada, que só de pensarmos nela, já bate uma leseira…

A melhor forma de resolver esse problema é investir um tempinho avaliando quais são as etapas que fazem parte da solução de problema. Quanto mais “mastigáveis” forem as etapas, mais fácil se motivar para começar a atuar em cima disso.

Para se aprofundar, recomendo o artigo 4 dicas para meros mortais encararem grandes desafios.

Passo nº 3: Avalie os pré-requisitos e crie um plano de como consegui-los
Na hora de pensar numa solução, tudo vai muito bem até o momento em que percebemos que será necessário algum recurso que não temos. Alguns exemplos são: arquivos, senhas, permissão de alguém, orçamento, conhecimento técnico etc.

Numa situação normal, esse é o momento em que as desculpinhas começar a aparecer. Porém, para você, o novo 007 da resolução de pepinos, é simplesmente uma questão de criar planos específicos de como conseguir esses pré-requisitos.

Moral da história: transforme esses pré-requisitos em tarefas, integre-os no seu plano original e siga em frente.

Passo nº 4: Saia do lugar!
Finalmente, chegou a hora de parar de planejar e colocar a mão na massa. Afinal, esse pepino não irá se resolver sozinho.

Nessa etapa, não tem muito segredo, é simplesmente uma questão de arregaçar as mangas e colocar em prática o seu plano, até que outro imprevisto apareça e você tenha que recomeçar o ciclo.

Conclusão: O que não te mata, te fortalece
Por mais que Ikki de Fênix seja o cavaleiro do zodíaco mais maneiro, você não precisa ser uma ave mitológica para ficar mais forte a cada desafio vencido.

Lógico que na hora que o bicho está pegando ninguém fica feliz pensando “Caramba, que ótima oportunidade de aprendizado que esse problema vai me gerar!”. Mas depois que a porca destorce o rabo, vale muito a pena fazer uma avaliação de como evitar que esse problema aconteça de novo.

Quanto mais experiente, mais você saberá lidar com novas situações e ganhará mais jogo de cintura para se prevenir de novos pepinos.

Em muitos casos de imprevistos corporativos, um bom seguro pode ajudar a minimizar bem o impacto do problema quando ele acontece.

Abraços,
Millor Machado (frio como o gelo, flexível como a água e morrendo de saudades daquele vapor que sai quando preparamos um apetitoso pedaço de  bacon)

Obs.: Esse artigo foi patrocinado pela Porto Seguro. Isso significa que os recomendamos como referência, mas não há influência em nossa linha editorial nem nossa opinião.

Confira como trabalhamos com artigos patrocinados no post Conteúdo útil para empreendedores em primeiro lugar.

Empreendedorismo em ação

1376938002_industryDesde o ano 2000 participo do Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE), uma das diretorias do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP). O grupo tem por objetivo identificar, aglutinar e desenvolver lideranças institucionais e empresariais, bem como promover a capacitação profissional e pessoal, incentivando e difundindo ações empreendedoras nos diversos setores da economia brasileira.

A atuação do NJE dá-se mediante a realização de palestras, cursos, reuniões de networking, visitas técnicas empresariais, ações sociais, entre outros eventos, com destaque para um congresso anual realizado de forma itinerante em polos econômicos do Estado. Em 2013, este evento acontecerá em Santos, nos dias 5 e 6 de setembro.

Através do Congresso, buscamos o debate propositivo de temas relacionados a boas práticas de gestão, além de apresentar cases de sucesso. A programação deste ano conta com a presença de Paulo Skaf (presidente do CIESP/FIESP), Ozires Silva (fundador da Embraer), Fábio Barbosa (presidente executivo do Grupo Abril), além de renomados conferencistas. Serão 18 palestras, além de um espetáculo teatral corporativo e a participação do Coral Cênico do SESI. A agenda completa está disponível em www.nje.com.br.

O evento é aberto ao público e totalmente gratuito, pois é nosso propósito maior compartilhar o conhecimento. E embora beneficiados com a generosidade de todos os palestrantes, que participam em sistema pro bono, a realização envolve custos diversos. Por isso, organizar um evento deste porte é uma autêntica ação empreendedora, na qual as seguintes competências são exercitadas:

1. Planejamento. Começamos a organizar este congresso no dia seguinte ao término do realizado ano passado. Foi quando definimos a cidade-sede, iniciamos a busca pelo auditório, formulamos os primeiros convites aos palestrantes e principiamos a formatação de um projeto para captação de patrocínios com a finalidade de tornar a iniciativa autossustentável. Esta anterioridade foi o que nos permitiu conseguir espaço na agenda da maioria dos conferencistas.

2. Ousadia. Pela primeira vez em dez anos, o congresso será realizado em dois dias e com uma feira de exposição paralela. É dever de todo empreendedor tomar iniciativas e correr riscos calculados, porém com responsabilidade.

3. Negociação. Com recursos escassos, barganhar torna-se imperativo. Assim, conseguimos reduzir custos, propor permutas, buscar apoios diversos.

4. Resiliência. A famigerada expressão “o ‘não’ nós já temos” é constantemente lançada. No decorrer do processo, acostumamo-nos a ouvir negativas: de palestrantes, de fornecedores, de patrocinadores potenciais.  E não desistimos.

5. Administração do tempo. Mesmo trabalhando com um ano de antecedência, o tempo conspira contra nós continuamente, em especial quando consideramos que os integrantes do NJE/CIESP são todos voluntários. É um exercício constante conciliar as demandas pessoais, corporativas e também institucionais.

6. Pensamento estratégico. Todas as ações são engendradas pensando não apenas no evento em curso, mas nos próximos, em especial o que será realizado em 2014, no município de Santo André. Por isso, um conferencista sem agenda ou um patrocinador sem verba neste ano, são automaticamente nomeados prospects potenciais.

7. Networking. A força das redes de contato e dos relacionamentos mostra-se essencial para possibilitar a construção de uma programação tão valiosa. E as mídias sociais assumem seu protagonismo na divulgação do evento.

8. Trabalho em equipe. O êxito perseguido é fruto da dedicação de diversas pessoas. Assim, há os que se envolvem em comunicação visual, na elaboração de manuais e releases, nas tratativas com os conferencistas, nas negociações com os fornecedores, em aspectos jurídicos e contratuais. Cada qual em sua expertise.

9. Liderança. No momento, estou como diretor estadual deste grupo. Notem: estou, e não sou, pois toda liderança é transitória, ainda mais quando em uma entidade ou associação. Assim, o dever do líder é supervisionar, subsidiar, apoiar, empoderar e incentivar sua equipe. E seu maior desafio é preparar quem o substituirá.

10. Marketing. É o fator essencial que referendará o sucesso do evento. Sem uma comunicação adequada, atraente, envolvente e ampla, todo o esforço será em vão.

Por fim, é importante fazer dois registros. Primeiro, que a força da marca CIESP, cuja credibilidade foi construída no decorrer dos últimos 85 anos, abre portas, o que enseja enorme responsabilidade ao representar a entidade.

Tom Coelho.

Por que este é o momento ideal para empreender?

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Ótimo cenário para as PMEs aliado ao comércio eletrônico aquecido torna o sonho de ter o próprio negócio cada vez mais próximo dos brasileiros.

 

Os números estão a favor dos pequenos e médios empresários: de acordo com o IBGE, as PMEs crescem em torno de 10% nos últimos anos, contra 4% do total das empresas, e já representam 20% do Produto Interno Bruto do Brasil. São também as que mais geram empregos no país, 60% do total.

Nesta conta se soma uma atenção especial aos pequenos: expansão do crédito, incentivo a startups, desoneração nas folhas de pagamento e redução da tarifa de energia, entre outros. Tudo isso se reflete na confiança dos empreendedores, que recuperaram o otimismo. Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN) apresentou crescimento de 7,4%.

Outro fator favorece o pequeno empresário: a expansão das vendas no comércio eletrônico e a ampliação do seu acesso, com tecnologias que tornam possível o sonho de empreender pela internet investindo pouco. Ter sua própria loja virtual, sem precisar de conhecimento em programação e a custo zero já é uma realidade no Brasil e fomenta ainda mais o crescimento das micro e pequenas empresas. Em 2013, serão mais de 50 milhões de consumidores online, com crescimento de 24% nas vendas. As oportunidades são enormes.

O lançamento da plataforma de e-commerce Loja Integrada mostra a importância deste mercado e seu potencial. Em apenas quatro meses de operação, sendo apenas duas semanas de lançamento oficial, mais de 5 mil empresários já ingressaram no comércio online, muitos pela primeira vez. Outro ponto interessante é o faturamento de algumas lojas, que em apenas 3 meses de operação já movimentam R$ 40 mil por mês.

Ajudar o micro e pequeno empreendedor neste caminho desconhecido com uma solução completa e gratuita é o que explica o sucesso da plataforma. A Loja Integrada foi desenvolvida para que qualquer pessoa crie sua loja com facilidade, tendo recursos para promover e controlar as vendas e o estoque. Na versão grátis, também há facilidades até então distantes: endereço próprio, integração com diversas ferramentas e a possibilidade de incluir vários produtos, tudo isso com suporte tecnológico.

Somos um dos povos mais conectados do mundo, com mais horas online e grande participação e engajamento nas redes sociais. Nossa paixão pela internet é evidente. Com tecnologia acessível de e-commerce aliada a um bom cenário para as pequenas empresas, esta é a hora de você tirar sua ideia do papel e colocá-la na tela do computador.

*Adriano Caetano – Diretor da Loja Integrada