Universidades estimulam o empreendedorismo

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 Professor Eduardo Zancul com os alunos da Poli Jr.

Cris Olivette
Incentivar o empreendedorismo entre seus membros, enquanto prestam serviços de consultoria para pequenas e médias empresas, é o objetivo das empresas juniores instaladas nas universidades.

Em atividade há 25 anos, a FGV Jr. foi a primeira empresa júnior da América Latina. “Esse movimento começou na França, na década de 1960. Ele foi comandado por alunos que queriam colocar em prática o que aprendiam na universidade. A ideia foi trazida para o Brasil pelos alunos da Fundação Getúlio Vargas”, conta o diretor de marketing da FGV Jr., André Tayra.

Ele afirma que o objetivo do negócio é criar soluções estratégicas para pequenas e médias empresas que já estejam estruturadas no mercado, e tenham faturamento acima de R$ 2 milhões. “Como os alunos aprendem o que é gestão na prática, têm contato com clientes e fornecedores, e criam uma grande rede de contatos, muitos membros acabam empreendendo.”

Tayara afirma que passar pela empresa júnior serve de incentivo para empreender. “Estimulamos o espírito empreendedor, que não é necessariamente querer abrir um negócio, mas sim fazer algo diferente e resolver problemas da sociedade. Nossa forma de encorajar o empreendedorismo é ajudando outras empresas a crescer, impulsionando a economia do País.”

O Mackenzie também tem uma empresa júnior que presta consultoria em diversas áreas. Mas lá, o incentivo ao empreendedorismo ganhou um projeto específico há quatro anos, dividido em três eixos. “O primeiro visa criar uma cultura interna de incentivo ao desenvolvimento de competências empreendedoras”, diz o responsável pelo Núcleo de Inovação e Tecnologia, Alexandre Nabil Ghobril.

Entre as ações estão palestras mensais com empresários bem sucedidos, concurso anual de empreendedorismo e a feira de projetos Mack Midi. “O segundo eixo é a incubadora, que oferece dois estágios. Um para a pré incubação, quando a ideia está sendo aprimorada. Se for bem sucedido, o projeto segue para a incubadora. Hoje, apoiamos 25 projetos. Já o terceiro eixo, trata da propriedade intelectual”, conclui.

“Incentivar o empreendedorismo está no cerne da instituição”, afirma o reitor do Instituto Mauá de Tecnologia, José Carlos de Souza Junior. Segundo ele, além de manter a Mauá Jr., onde alunos oferecem consultoria em engenharia, tecnologia da informação e design de produto, a Mauá realiza a feira anual Eureka, na qual os projetos de conclusão de curso são apresentados durante três dias. “Todos os anos, 480 alunos concluem os cursos e produzem cerca de 150 projetos.”

“Recentemente, criamos com o International Entrepreneurship Center (IEC), o Projeto de Educação Empreendedora – Eureka 2014. Agora, oferecemos um mentor para acompanhar cada projeto, com a missão de incentivar os alunos tratar as ideias como oportunidade de negócio.”

O reitor afirma que os criadores dos dez projetos mais empreendedores da Eureka 2014, poderão indicar um representante para passar por uma imersão em empreendedorismo por uma semana no Boston College (EUA), e apresentar os projetos a investidores americanos.

Inaugurado em 2013, o laboratório InovaLab está instalado nas dependências da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), mas é voltado aos estudantes de toda a universidade. “É um espaço aberto, com horário estendido e equipado com softwares, impressora 3D, oficina mecânica, furadeiras, ferramentas manuais e máquinas avançadas”, diz o vice- coordenador do InovaLab, Eduardo Zancul.

Ele afirma que em um estágio preliminar de criação de uma empresa, os alunos podem usar o InovaLab para desenvolver o produto e fazer reuniões. Zancul afirma que a Poli também oferece a disciplina optativa Empreendedorismo aos sábados de manhã, que atrai uma quantidade enorme de pessoas. “Em três anos, já passaram por ela mais de 400 alunos.”

Já o diretor de mercado da Poli Jr. , Thiago Audi Casseb, afirma que muitos pequenos e médios empresários recorrem a empresa para solicitar projetos. “Oferecemos qualidade semelhante a de mercado, por um preço menor.”

Casseb conta que o ambiente de criação e inovação da empresa faz com que muitos ex-membros sigam o caminho do empreendedorismo. “Até por esse motivo, criamos a competição de modelos de negócios Ser Empreendedor, aberta para todos os alunos da USP. No ano passado, recebemos inscrição de 36 equipes”, conclui.

A coordenadora do Centro de Empreendedorismo e Inovação (Cempi) do  Insper, Cynthia Serva, afirma que a meta da instituição é desenvolver nos alunos a capacidade de transformar ideias em realidade, gerando oportunidades tanto para si como para a comunidade. “A leitura que fazemos de formação empreendedora é inovação e ação. Queremos que nossos alunos tenham a capacidade de fazer as coisas acontecerem, seja para o seu negócio ou para sua carreira executiva.”

Cynthia diz que esse enfoque vale tanto para alunos de graduação quanto de pós-graduação. “Queremos formar alunos inovadores, que percebam oportunidades e consigam fazer um mapeamento do mercado. Por isso, realizamos competições de planos de negócios e de geração de ideias, além de promover networking e encontros com empreendedores.”

Ela conta que a partir de 2015 o Insper terá cursos de engenharia mecânica, mecatrônica e da computação. “Queremos que a turma de engenharia atue em conjunto com alunos da escola de negócios. Com essa sinergia, eles poderão desenvolver produtos em parceria.”

O que rola:

Fundação Getúlio Vargas
A FGV Jr. existe há 25 e tem por objetivo oferecer soluções estratégicas para pequenas e médias empresas já estruturadas

Mackenzie
Além da empresa júnior, instituição criou projeto de educação empreendedora, dividido em três eixos, incluindo incubadora

Mauá
No instituto de tecnologia estudantes contam com feira Eureka para apresentar projetos que conta agora com apoio do International Entrepreneurship Center

Poli – USP
Universidade criou o laboratório InovaLab, repleto de equipamentos, com horário estendido, onde alunos transitam com liberdade

Insper
Instituto quer formar aluno inovador. A partir de 2015 terá cursos de engenharia e criará sinergia com alunos de negócios

Fiap
Faculdade trocou a exigência do trabalho de conclusão de curso, pela obrigatoriedade de criar uma startup. Isso vale para alunos de graduação e de MBA.

 

Fonte: Estadão

Como declarar compra, venda e posse de carros no IR 2014

Veja como informar a compra, a venda ou simplesmente a posse de veículos, bem como eventual ocorrência de sinistro com o seu carro, no IR 2014

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São Paulo – Se você vendeu, comprou ou simplesmente possuía um carro em 2013, essas informações devem constar na sua Declaração de Imposto de Renda de 2014.

Os carros, assim como motos e caminhões, devem ser declarados na ficha “Bens e Direitos” do programa de declaração, no código “21 – Veículo automotor terrestre: caminhão, automóvel, moto, etc.”.

No campo “Discriminação” devem ser informados os dados do veículo (como seu modelo, ano e placa) e do vendedor (CPF ou CNPJ) e a forma de pagamento.

Por exemplo: “O automóvel Fiat Palio, ano 2013, de placa AAA-0000, foi comprado da concessionária Autos, de CNPJ ””””x””””, pelo valor de R$ 30 mil reais, com pagamento à vista”.

Se o veículo foi comprado em 2013, deixe o campo “Situação em 31/12/2012” em branco e informe o valor pago pelo veículo apenas no quadro “Situação em 31/12/2013”.

Caso o carro tenha sido comprado em um ano anterior, basta repetir as informações da declaração passada. O valor do carro informado é sempre o do seu custo de aquisição, portanto não deve ser alterado de um ano para outro.

O programa do Imposto de Renda 2014 oferece inclusive a opção de selecionar o botão “repetir”, que copia automaticamente as informações de um ano para outro.

Como para a Receita Federal o que interessa é o ganho de capital (lucro) que pode ser obtido com a venda do carro, se o valor de aquisição já foi informado, não é preciso atualizá-lo. Afinal, o ganho de capital é calculado pelo preço de venda menos o preço de compra do bem.

O valor do carro só deve ser alterado se o proprietário fizer benfeitorias que o valorizem, como uma blindagem. Ao incorporar essas despesas ao custo de aquisição do bem, caso o carro seja vendido com lucro no futuro, como poderia ocorrer com um carro “tunado”, o ganho de capital será menor, resultando em menor imposto a pagar.

Caso os gastos com o veículo não representem benfeitorias, não é preciso informá-los, uma vez que essas despesas não são dedutíveis.

Venda

Se o carro for vendido por valor superior a 35 mil reais – limite de isenção para alienação de bens ou direitos -, ele está sujeito à incidência de IR, em caso de ganho de capital com sua venda.

Nesse caso, é preciso acessar o programa GCAP 2013, lançar os dados da negociação e importá-los para a declaração, acessando a aba “Ganhos de Capital”.

Como os carros sofrem desvalorização na maioria esmagadora dos casos, é mais provável que não haja ganho de capital na hora da venda, portanto a Receita não tributará o antigo proprietário. De qualquer forma, a Receita precisa saber que ele se desfez do bem – da mesma forma que precisa saber sobre quem o adquiriu.

Ainda que o carro seja vendido por menos de 35 mil reais, o contribuinte precisa declarar que o bem não faz mais parte do seu patrimônio. Para isso, basta deixar o item “Situação em 31/12/2013” em branco e informar a venda no campo “Discriminação”, especificando o CNPJ ou CPF do comprador.

Se o carro for financiado, ele também deve ser informado na declaração de “Bens e Direitos”. Mas em vez de declarar o preço total de compra, o contribuinte deve declarar apenas o valor efetivamente desembolsado por ele com as prestações do financiamento até o dia 31/12/2013.

Na coluna “Situação em 31/12/2012”, portanto, devem ser descritos os valores pagos até então (entre parcelas e entrada), ainda que o contribuinte esteja declarando pela primeira vez. Assim, se o financiamento tiver começado em 2013, essa coluna ficará em branco.

Já na coluna “Situação em 31/12/2013”, deve-se somar ao valor de 31/12/2012 a quantia despendida ao longo de 2013.

No campo “Discriminação” é preciso declarar que o veículo foi financiado, informando o modelo, o ano, o valor total do carro, o CNPJ ou CPF do vendedor, o valor da entrada (se tiver sido paga em 2013), a quantidade total de parcelas e o número de prestações pagas até 31/12/2013.

Não é preciso informar nenhum valor na ficha “Dívidas e Ônus Reais”.

Filhos que já tinham carro e declaram pela primeira vez

O veículo que está em nome de um jovem que era declarado como dependente na declaração de um dos pais – e que passa a declarar por conta própria no IR 2014 – deverá aparecer na declaração do jovem da mesma forma que aparecia na declaração de seu antigo titular. O valor do veículo deve ser repetido na coluna de 2012 e 2013, com os eventuais acréscimos a título de financiamento ou melhorias, se for o caso.

Se apenas o campo “Situação em 31/12/2013” for preenchido, a Receita pode entender que o carro foi comprado no ano passado, e a aquisição pode não se sustentar, considerando a situação financeira do contribuinte. Isso pode levá-lo à malha fina.

Os pais que declaravam os filhos como dependentes devem deixar a coluna de 2013 em branco, informando no campo “Discriminação” que o bem passou a ser declarado pelos filhos.

Os contribuintes que tiverem dependentes que possuírem veículos em nome deles também devem informar esses bens na declaração de IR, seguindo as mesmas regras já mencionadas, mas especificando no campo “Discriminação” que o carro pertence ao dependente. Afinal, os bens dos dependentes também devem constar na declaração de IR do titular.

Veículo que teve perda total ou foi roubado

em 31/12/2013” da declaração de “Bens e Direitos” em branco, informando o incidente no campo “Discriminação”, bem como o valor de seguro recebido da seguradora, se for o caso.

“Se houver indenização, o contribuinte deve informar na Discriminação, dizendo, por exemplo, que: O automóvel Volkswagen Gol, ano 2011, placa AAA-0000, adquirido em 20/02/2011, teve perda total, sendo pago pela seguradora ””””x””””, CNPJ ””””x””””, o valor ””””x”””” a título de restituição”, explica Rodrigo Paixão, coordenador de Imposto de Renda de Pessoa Física na H&R Block Brasil.

Segundo ele, como as indenizações dos seguros de carros não costumam ser superiores ao valor de compra do automóvel, o valor não representa um novo rendimento, portanto não deve ser declarado na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.

“A indenização nesse caso não é um rendimento, é apenas uma restituição do seu dinheiro. Se o contribuinte tinha um carro de 10 mil reais que foi roubado e recebeu uma indenização de 10 mil reais, ele não tem agora 20 mil reais, tem os mesmos 10 mil reais de patrimônio”, diz Paixão.

Apenas em casos muito específicos, nos quais a indenização é maior do que o valor do bem declarado, é que a diferença entre a indenização recebida e o valor de compra do carro deve ser informada na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, linha 2 “Capital das apólices de seguro […]”.

Caso um novo veículo seja comprado com o valor do seguro, basta informá-lo como um novo bem, adquirido em 2013, na ficha “Bens e Direitos”, sob o código 21. No campo “Discriminação”, o contribuinte pode informar que o dinheiro foi recebido da seguradora.

Fonte: Exame

 

Deseja criar uma startup? Confira as dicas

Para ajudar o futuro empreendedor a dar o primeiro passo, o vice-presidente de Negócios e Relacionamento do Angels Club, Junior Borneli, listou 10 dicas para iniciar sua startup com o pé direito

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Caso não conheça o termpo startup, clique aqui

Startup já virou sinônimo de negócio lucrativo. Entretanto, ingressar neste modelo de empreendimento requer mais do que ter uma ideia brilhante na cabeça. Para levar o projeto adiante é importante ter afinidade com a inovação, persistência e muito conhecimento técnico acerca da atividade que se pretende desenvolver e do setor em que se deseja atuar. Além disso, fazer contato com investidores também é outro passo fundamental. Afinal, acreditar na própria ideia é fácil, o desafio é convencer outra pessoa de que seu negócio é algo realmente significativo, com poder de transformar a vida das pessoas.

Para quem deseja criar uma startup de sucesso, o vice-presidente de Negócios e Relacionamento do Angels Club, Junior Borneli, reúne 10 dicas fundamentais. Confira abaixo:

1. Antes de tirar o negócio do papel verifique se a ideia original se encaixa nas premissas de uma startup. Esteja aberto a ouvir opiniões, pesquisar o mercado e suas necessidades, identificar o público em potencial e a concorrência. Conversar com quem conhece o mercado e extrair o máximo de informações é fundamental para identificar a oportunidade real do seu negócio.

2. Estude, pesquise, investigue. Adquirir conhecimento sobre administração, finanças, marketing e demais assuntos pertinentes ao mundo do empreendedorismo é essencial para a abertura e gestão do negócio. Além disso, trocar vivência com outros empreendedores, fazer cursos ou buscar informações nas redes sociais é mais uma forma de ganhar conhecimento e ampliar o seu negócio.

3. Invista em networking. Se você está seguro que sua rede de contatos criará ambientes de geração de negócios e ajudará a ativar sua startup, vá em frente e aposte no negócio.

4. Fique atento aos principais cuidados jurídicos básicos, entre eles, a abertura formal da empresa, o registro da marca, dos produtos e dos serviços que serão oferecidos pela startup. É importante ressaltar que qualquer alteração contratual na empresa deve ser informada e atualizada junto às autoridades competentes.

5. Mantenha-se antenado e com foco na inovação. Em um ambiente tão competitivo como o mundo dos negócios, ter diferencial e criatividade são fatores que podem definir quão longe sua empresa pode chegar.

6. Gere conteúdo para sua startup. Faça-a aparecer. Crie um blog, compartilhe o conteúdo gerado no blog em sua fan page, faça parceria com sites e demais redes sociais.

7. Pense globalmente. Ideias globais são sempre mais interessantes. Se a startup criada tem uma solução universal, isso atrai a atenção de investidores, sempre em busca de novas oportunidades.

8. Nem sempre os empreendedores dispõem de recurso financeiro próprio, suficiente para investir no negócio. Nesses casos, contar com a ajuda de um ou mais investidores é a melhor alternativa para fazer a empresa crescer. Eles são profissionais experientes, capitalizados e dispostos a participar da criação da startup.

9. Determine regras claras de organização, sobretudo, quando se tratar de funcionários. A contratação informal, por exemplo, pode acarretar em sérios problemas trabalhistas futuros.

10. Nunca desista. Não ache que sua ideia não possui concorrentes e que existe uma fórmula mágica para que seu negócio dê certo. A concorrência fortalece e estimula a evolução e qualificação constantes. Saiba lidar com críticas negativas e até possíveis mudanças no projeto sem se deixar abater. Os segredos do jogo são perseverança e resiliência.

Fonte: Administradores

E não se esqueça: uma startup, como qualquer empresa, precisa de um bom sistema de gestão. Por que não ter toda essa facilidade on-line?

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O que é uma startup?

Nem toda nova empresa é uma startup. Saiba quais são as características que definem este tipo peculiar de empreendimento

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Afinal, o que é uma startup?
Respondido por Yuri Gitahy, especialista em startups

São Paulo – Tudo começou durante a época que chamamos de bolha da Internet, entre 1996 e 2001. Apesar de usado nos EUA há várias décadas, só na bolha ponto-com o termo “startup” começou a ser usado por aqui. Significava um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro. Além disso, “startup” sempre foi sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento.

O que os investidores chamam de startup?

Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. Mas há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores: uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.

Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:

– Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo – ou ao menos se provarem sustentáveis.

– O modelo de negócios é como a startup gera valor – ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro. Por exemplo, um dos modelos de negócios do Google é cobrar por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de busca – e esse modelo também é usado pelo Buscapé.com. Um outro exemplo seria o modelo de negócio de franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de sucesso com suporte do franqueador – e por isso aumenta suas chances de gerar lucro.

– Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente. Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma analogia simples para isso seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesmo unidade de DVD várias vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view – o mesmo filme é distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na disponibilidade do produto ou no aumento significativo do custo por cópia vendida.

– Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos crescendo bem mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza.

Os passos seguintes

É justamente por esse ambiente de incerteza (até que o modelo seja encontrado) que tanto se fala em investimento para startups – sem capital de risco, é muito difícil persistir na busca pelo modelo de negócios enquanto não existe receita. Após a comprovação de que ele existe e a receita começar a crescer, provavelmente será necessária uma nova leva de investimento para essa startup se tornar uma empresa sustentável. Quando se torna escalável, a startup deixa de existir e dá lugar a uma empresa altamente lucrativa. Caso contrário, ela precisa se reinventar – ou enfrenta a ameaça de morrer prematuramente.

Startups são somente empresas de internet? Não necessariamente. Elas só são mais frequentes na Internet porque é bem mais barato criar uma empresa de software do que uma de agronegócio ou biotecnologia, por exemplo, e a web torna a expansão do negócio bem mais fácil, rápida e barata – além da venda ser repetível. Mesmo assim, um grupo de pesquisadores com uma patente inovadora pode também ser uma startup – desde que ela comprove um negócio repetível e escalável.

 

Fonte: Exame

 

Mercado mundial de energia solar deve crescer 20% em 2014

A alta vem acompanhada de uma mudança entre as potência solares — a China agora lidera as instalações e a Alemanha vê seu apetite solar reduzir.

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São Paulo – O mercado de energia solar poderá viver um bom momento em 2014. Segundo previsões da Bloomberg New Energy Finance (Bnef), o setor deve crescer 20% em todo o mundo. A expectativa é que mais 46 gigawatts (GW) sejam adicionados.

A alta acompanha uma mudança entre as potência solares. Depois de dominar a indústria por mais de seis anos, a Alemanha deverá instalar meros 3,3 GW este ano, destaca a PV Magazine, publicação especializada no setor, que teve acesso à previsão.

A principal potência solar da Europa está ficando à sombra do dragão chinês, cada vez mais faminto por energia limpa. Em 2013, a China bateu recorde mundial de instalação de projetos fotovoltaicos, que somaram 12 GW.

Isso é quase a capacidade solar total instalada dos Estados Unidos. Para 2014, o país planeja instalar mais 14 GW.

O Japão é agora o segundo país com maior instalação solar do mundo e pode chegar a 10,5 GW em 2014. Já os EUA devem instalar de 5 a 6 GW, o que o torna o terceiro na lista.

Fonte: Exame

 

Brasil pode cair para 9ª posição entre maiores economias

Com baixo crescimento e desvalorização do real, Brasil pode cair da sétima para a nona posição entre as maiores economias mundiais, de acordo com EIU.

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São Paulo – Até o final de 2014, o Brasil pode cair da sétima para a nona posição entre as maiores economias do mundo em termos nominais.

A estimativa é da Economist Intelligence Unit (EIU), braço de inteligência da revista The Economist.

Se o Brasil crescer 1,7% este ano e o dólar ficar em uma média de R$ 2,44, como prevê o governo no Orçamento, o PIB do país vai cair de US$ 2,2 trilhões para US$ 2,1 trilhões (usando um deflator de 5,9%).

Isso colocaria o Brasil atrás da Índia (US$ 2,15 trilhões) e da Rússia (US$ 2,24 trilhões), que devem crescer 6% e 2,8% este ano, respectivamente, de acordo com as projeções atuais.

“O Brasil chegou a flertar com a sexta posição depois do pibão de 2010, mas isso não se sustentou. O crescimento do quarto trimestre surpreendeu, mas mesmo assim o crescimento dificilmente chegará a 2% este ano e 1,7% nos parece o cenário mais plausível”, diz Robert Wood, analista da EIU com foco em Brasil.

Da mesma forma que o câmbio sobrevalorizado inflava a posição do país no passado, o câmbio mais fraco agora derruba a posição do país em dólar.

Com base no conceito de paridade de poder de compra, que estima o valor da moeda com base em uma determinada cesta de produtos, o Brasil já é a nona maior economia do mundo, de acordo com os últimos dados consolidados do Banco Mundial.

Fonte: Exame