Vale-Transporte em dinheiro – é ou não permitido?

O Vale-Transporte (VT) é utilizável em todas as formas de transporte coletivo público urbano ou, ainda, intermunicipal e interestadual com características semelhantes ao urbano, operado diretamente pelo poder público ou mediante delegação, em linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente.

O vale-transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa. Trata-se de uma obrigação do empregador, salvo se este proporcionar, por meios próprios ou contratados, o transporte do empregado.

Muitos questionamentos giram em torno da obrigação em fornecer o benefício em razão da distância em que o empregado reside da empresa, mas como a legislação não se manifesta sobre esta questão, uma vez comprovado a necessidade e tendo o empregado feito a opção em receber o VT, deve ser concedido.

Nestes casos, cabe ao empregador, exercendo seu direito de poder fiscalizador, identificar os empregados que, por meio de declarações falsas, se beneficiam do VT e o utiliza para fins diversos que não o previsto em lei, fato este que pode ensejar a justa causa para demissão do empregado.

Lei 7.418/85 dispõe que o empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico, ou seja, o valor máximo de VT a ser descontado do empregado é de 6% do salário, ficando a diferença a cargo do empregador.

 

Quanto a diferença entre o custo total do VT e o valor máximo a ser descontado do empregado, a legislação trabalhista estabelece que:

 

  1. a) Não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos;
  2. b) Não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou de FGTS;
  3. c) Não se configura como rendimento tributável do trabalhador.

 

Fornecimento em Dinheiro – É Possível?

A MP 280/2006 permitia, a partir de 01.02.2006, o pagamento do benefício em pecúnia (dinheiro). No entanto, a referida MP foi convertida na Lei 11.311/2006, a qual vetou a alteração do art. 4º da Lei 7.418/85, mantendo a proibição da concessão do VT em dinheiro.

Embora a legislação estabeleça que o fornecimento do VT não nem natureza salarial e nem constitui remuneração para base de cálculo de INSS, FGTS ou IRF, é vedado ao empregador substituir o vale-transporte por antecipação em dinheiro ou qualquer outra forma de pagamento, salvo se houver falta ou insuficiência de estoque de vale-transporte (dos fornecedores) necessário ao atendimento da demanda e ao funcionamento do sistema.

 

Portanto, só caberá o pagamento em dinheiro se o empregado tiver efetuado, por conta própria e por insuficiência de estoque do fornecedor, a despesa para seu deslocamento, situação esta em que o empregado poderá  ser ressarcido pelo empregador, na folha de pagamento imediata, da parcela correspondente.

 

Não obstante, a Jurisprudência entende que, por força do art. artigo 7º, inciso XXVI da Constituição Federal (reconhecimento dos acordos e convenções coletivas), uma vez estipulado na convenção coletiva da categoria, respeitado os limites determinados por lei e a não vinculação ao salário, o vale-transporte pode ser pago em dinheiro.

 

No entanto, não havendo previsão em acordo ou convenção coletiva, o pagamento habitual do vale-transporte em dinheiro e não por meio de vales, tem natureza salarial e o seu valor deve ser incluído no salário de contribuição para efeito de cálculo de INSS, FGTS e IRF, bem como fazer base para cálculo de férias e 13º salário.

MP 664: Auxílio-Doença NÃO sofrerá Mudanças

Na noite de 13 de maio o Sistema Fenacon (Sescap-Sescon) alcançou uma importante conquista em prol das empresas brasileiras: a manutenção do pagamento do auxílio-doença de 15 dias por parte das empresas.

Nos últimos dias, a Fenacon fez um grande esforço para sensibilizar parlamentares quanto a necessidade de não mudar a proposta. De acordo com a MP, a responsabilidade de pagamento do salário do empregado segurado quando for afastado de suas atividades por motivo de doença ou acidente de trabalho passaria de 15 para 30 dias consecutivos por parte do empregador.

Semana passada, o diretor político parlamentar da Fenacon, Valdir Pietrobon, esteve reunido com o presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, deputado Jorginho Mello (PR/SC). No encontro Pietrobon entregou ao deputado ofício solicitando que as micro e pequenas empresas continuem responsáveis pelo pagamento do auxílio-doença conforme regime atual e não como sugere a Medida Provisória 664. Além disso, Pietrobon destacou o empenho do deputado Laercio Oliveira em atender a solicitação da Fenacon.

“Alcançamos mais uma vitória. Essa medida iria onerar significativamente as empresas em geral e principalmente microempresas e empresas de pequeno porte, uma vez que essas jamais conseguiriam absorver mais esse custo. Ainda bem que os deputados ficaram sensibilizados e mantiveram a legislação atual, inclusive para todas as empresas. Só temos a agradecer o empenho deles em não onerar ainda mais as empresas brasileiras”, disse Pietrobon.

“Queremos agradecer aos parlamentares que votaram a favor do destaque apresentado e o agradecimento em especial ao deputado Laercio Oliveira (SDD-SE) que desde o início apoiou incondicionalmente a este tão importante pleito”, finalizou.

Fonte: Fenacon Notícias.

4 vantagens da Nota Fiscal Eletrônica

A tecnologia vem beneficiando a regularização de negócios e empresas, principalmente quando o assunto é o Fisco. Há 5 ou 6 anos atrás a sonegação de notas fiscais era algo comum e, obviamente o governo perdia muito em arrecadação com isso.

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Via Portal Siscontábil

A solução encontrada foi usar a tecnologia à favor da regulamentação. Isso é fato, uma vez que as ferramentas tecnológicas irão cada vez mais fazer parte de nossas finanças, gerando maior transparência e claro, não deixa de ter uma enorme vantagem ambiental.

Em breve, segundo a SPED (Sistema Público de Escritura Digital), nenhuma empresa poderá aceitar uma nota que não seja a própria NFe. A mudança é inevitável e deve ser vista como uma oportunidade para uma nova adequação da gestão financeira.

Hoje estamos muito próximos dessa situação, já que e-commerce e empresas prestadoras de serviços já utilizam, obrigatoriamente a nota fiscal eletrônica.

Por isso, separamos a seguir alguns pontos importantes da NFe que talvez você ainda não saiba.

1. O custo de papel e a necessidade de espaço físico

A nota fiscal eletrônica elimina o custo de papel que deve produzido em gráficas especializadas e da necessidade de um espaço físico adequado para o armazenamento das notas. Além disso, elimina um custo de impressão dessas notas, uma vez que o custo de informatização é muito menor.

Essa logística (inclusive a redução do tempo de parada em postos fiscais) é evitada pois o acesso é feito de forma rápida, precisa e segura.

O envio da Danfe (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) que acompanha a mercadoria, no caso de venda de mercadoria, facilita todo o processo de consulta da nota fiscal eletrônica.

No caso de serviços, a nota pode ser automaticamente enviada via e-mail, uma vez que o cadastro da sua empresa na prefeitura já emite um alerta em seu e-mail toda vez que alguma empresa emitir alguma nota em seu nome.

2. Melhoria da gestão financeira

A até então a burocracia tão exigida na área financeira, é simplificada e, para funcionar perfeitamente deve contar apenas com o engajamento por parte dos envolvidos no processo para que todos os passos sejam feitos de forma segura.

Isso gera um grande conforto além de otimizar todos os processos de armazenagem e gerenciamento de dados, o que traz uma facilidade incrível no intercâmbio de informações.

Além disso, é possível controlar de maneira fácil a sua escrituração contábil, com base nas notas fiscais enviadas e recebidas, guardando os Danfes por e-mail e enviando sua cópia diretamente para a contabilidade.

3. Cidadania

A NFe traz consigo a oportunidade de uma maior fiscalização na área tributária, o Estado e os cidadãos ganham com isso.

O maior exemplo disso é o caso da especificação do CPF na nota fiscal em São Paulo envolvendo o então ICMS. A nota também traz planejamentos mais detalhados e maior engajamento por parte das empresas e dos contadores.

Isso facilita a fiscalização, uma vez que o controle de mercadoria e prestação de serviços ficam amarrados às notas emitidas por fornecedores e, seu cruzamento com as informações da Super Receita, cruzam a veracidade do valor declarado com o valor recebido.

4. Elimina possíveis erros

A NFe evita erros de digitação e possui uma transparência que é de extrema importância para erros comuns em notas fiscais em papel (principalmente, na área de escrituração).

O acesso a esses documentos é feito de forma ágil e rápida já que é necessário apenas um computador com acesso à internet e umcertificado digital que pode ser adquirido em agências dos Correios a um valor acessível, e muito menor aos custos de impressão de notas, no final das contas.

A Secretária da Fazenda extrai todas as informações necessárias trazendo eficiência no processo, já que as notas ficam armazenadas no próprio sistema.

A sua empresa está preparada para a NFe?

Vale ressaltar que a nota fiscal eletrônica não é nenhuma novidade na vida das empresas e, que provavelmente ela já faça parte da rotina da sua empresa.

Por outro lado, é importante ressaltar seus benefícios pois muitas empresas ainda estão em fase de migração e, ainda se preocupam com a eficiência do sistema de NFe.

Por isso, é importante ressaltar que as empresas devem estar preparadas para essa nova realidade que traz diversos benefícios tanto para quem emite, quanto para os compradores e toda a área contábil.

A finalidade da NFe é nos levar à uma nova era de modernização tributária, em que as empresas devem estar alinhadas e engajadas para que todos os processos necessários sejam feitos de forma eficiente.

Blog da Intoo

Lei favorece participação dos pequenos negócios em licitação

Compras públicas de até R$80 mil têm de ser destinadas às microempresa

Via Portal Terra.

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Ano passado, o mercado de compras governamentais foi de R$430 bilhões, de acordo com o Ministério do Planejamento

Micro e pequenas empresas podem participar de licitações exclusivas de até R$80mil. O direito é graças a nova lei federal, aprovada em 7 de agosto, que aprimorou a lei complementar 123, em vigor desde 2006. Ela garante a participação exclusiva desses negócios em compras públicas.

“No texto anterior, por uma interpretação equivocada, ficava a critério dos municípios acatarem ou não a participação das micro e pequenas em licitações públicas, mas agora, com as alterações na redação, União, Estado e Municípios estão obrigados e precisam privilegiar essas companhias”, explica Julio Durante, consultor do Sebrae-SP.

De acordo com o especialista, as mudanças na legislação incentivam a formalização e medidas como essas são benéficas para o próprio munícipio, já que os comércios locais são priorizados e os pagamentos de tributos ficam ali mesmo.

Quanto às aquisições por dispensa de licitação ou inexigibilidade, não houve qualquer alteração no processo de compra, apenas fica a recomendação para que essas sejam realizadas de empreendimentos de pequeno porte.

Ano passado, o mercado de compras governamentais foi de R$430 bilhões, de acordo com o Ministério do Planejamento. Os empresários podem se animar, mas devem ficar atentos aos editais e as exigências da lei. A legislação determina que, se o preço de uma microempresa for 10% superior que de uma grande empresa, a prefeitura pode, mas não está obrigada a comprar da micro e pequena empresa. Nesse caso, ela pode comprar de uma grande, caso o valor oferecido seja mais baixo.

O mapa completo para sair do inferno das dívidas

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Atualmente, as pequenas e médias empresas correspondem a 91% do total de inadimplentes, segundo a Serasa Experian

Conteúdo original dos 10 passos Por Antonio Santomauro no Portal da Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios
Revisão e passo 11 por Felipe Ribeiro.

O número de empresas inadimplentes bateu recorde em julho deste ano, segundo levantamento da Serasa Experian. O estudo aponta que 3,57 milhões de empresas têm dívidas em atraso e, por isso, tiveram o nome incluído na lista de inadimplentes. Esse número é maior do que o verificado em julho de 2013, quando foram registrados 3,28 milhões. O segmento de pequenas e médias empresas é o mais afetado, respondendo por 91% do total das inadimplentes.

Resolver as pendências financeiras requer planejamento e determinação. As práticas apresentadas a seguir não servem apenas para quem está com acorda no pescoço. Usadas regularmente, podem garantir a saúde financeira do negócio.

1. Separe os canais
Misturar as contas do negócio com as pessoais é um dos erros mais comuns dos pequenos e médios empreendedores. Há quem pague fornecedores com seus próprios cheques, ou use o dinheiro da empresa para saldar a escola do filho. A confusão entre os números impede que o empreendedor saiba se o seu negócio é ou não rentável. Além disso, quem mistura contas corre o risco de pagar mais por empréstimos, já que os bancos costumam cobrar juros mais altos para pessoas físicas do que para clientes corporativos.

2. Cuide dos controles gerenciais
Elabore planilhas que ajudem a organizar os números do negócio: contas a pagar, contas a receber, comissões sobre vendas, controle de estoque, fluxo de caixa. Controlar o capital de giro é fundamental. É preciso saber tudo o que entra e o que sai, para poder prever como serão os custos e gastos nos próximos meses — e de quanto você pode dispor para pagar as obrigações devidas.

3. Contabilize os débitos
Liste todas as dívidas da empresa, separando-as por categoria: bancária, trabalhista, tributária, fornecedores, prestadores de serviços etc. As pendências bancárias também devem ser agrupadas por formato — cartão de crédito corporativo, cheque especial, empréstimo para capital de giro etc. Essa primeira organização permite analisar se determinado tipo de gasto pode ser substituído por outro mais barato. Por fim, priorize as despesas de acordo com a sua importância: o não pagamento do financiamento de um equipamento, por exemplo, pode levar a empresa a paralisar suas atividades. Em seguida, é preciso somar os valores a serem pagos mensalmente, considerando juros, taxas e multas. Compare esse valor com a previsão do fluxo de caixa, para saber se terá condições de pagar o total, ou somente uma parte deste.Nesse cálculo, não se esqueça de levar em conta os gastos habituais do negócio. Faça simulações com diversas possibilidades de pagamento. De posse do valor que melhor se adequará a seu fluxo de caixa, agende reuniões com os credores e prepare-se para as negociações.

4. Procure os fornecedores
O processo deve priorizar os itens com impacto mais imediato na operação do negócio — dívidas com concessionárias de energia elétrica ou telefonia, por exemplo. Seja claro com os credores, apresentando a situação atual e mostrando qual é o seu plano para equilibrar as contas. Dessa maneira, poderá conquistar a confiança da outra parte, que tem interesse em ver os débitos saldados. “Pelos relatos que ouço dos empreendedores, oito entre dez fornecedores aceitam renegociar para manter o cliente”, diz João Carlos Natal, consultor do Sebrae-SP. Não se esqueça de fazer uma pesquisa no mercado, verificando os valores praticados por fornecedores concorrentes.Com esses dados na mão, fica mais fácil conseguir uma redução nos preços.

5. Converse com os bancos
Aqui também vale a regra da transparência: exponha o cenário e a presente um planejamento viável para resolver o problema. Considerando as necessidades do negócio, diga de maneira clara quanto pode pagar e em quanto tempo. A partir daí, tente negociar parcelas menores e taxas mais baixas. “É fundamental levar dados confiáveis para a mesa de negociação. Os bancos consideram a falta de informações um dos principais entraves para o financiamento de pequenas e médias”, diz Dariane Castanheira, professora e consultora do ProCed-FIA (Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento daFundação Instituto de Administração). Dependendo da sua situação, pode valer a pena concentrar todas as dívidas em uma única instituição.

6. Busque uma conciliação
Uma alternativa para quem procura uma solução capaz de atender as duas partes é buscar um mecanismo de conciliação como o Pace (Posto Avançado de Conciliação Extraprocessual). Resultado de uma parceria entre o Sebrae e a CACB (Confederação das Associações Comerciais do Brasil), os Paces instalados em seis estados brasileiros atuam para estabelecer acordos entre credores e devedores, gratuitamente e sem a obrigatoriedade de advogados. Embora tenham sido pensados originalmente para empresas menores, eles podem ser acionados por negócios de qualquer porte.As audiências Contam com a presença de um conciliador capacita do pelo Tribunal de Justiça de São Paulo — os acordos têm força de sentença judicial.

7. Elimine o desperdício
Controlar custos deve ser uma preocupação constante em qualquer empresa. No caso daquelas com dívidas, é uma questão de vida ou morte. Em um primeiro momento, foque nos desperdícios, como equipamentos utilizados indevidamente ou pacotes de serviços com preços desatualizados. Depois parta para reduções nos gastos com materiais, eletricidade e contas telefônicas. Por fim, avalie a possibilidade de fazer demissões — sempre levando em conta que a medida pode provocar queda de produtividade. Uma alternativa para diminuir as despesas é abrir mão da sede própria e se instalarem um imóvel alugado. Com isso, além da entrada de capital, serão reduzidos os custos com manutenção e tributos. Se o aluguel ainda for uma opção cara, pode-se pensar em escritórios virtuais ou espaços de coworking.

8. Associe-se aos concorrentes
Considere parcerias, seja para a terceirização de etapas produtivas ou processos operacionais, seja para logística e distribuição. Também é possível fazer compras conjuntas de insumos, matérias-primas e serviços, e dessa maneira ganhar poder de barganha na hora de negociar preços e prazos. Outras associações podem ocorrer nas áreas de treinamento, pesquisa e ações de marketing.

9. Aumente a receita
É um bom momento para reavaliar o plano de negócio se discutir maneiras de incrementar o faturamento. Pode ser o caso de diversificar a produção, lançando artigos, ou então buscar novos mercados para os seus produtos e serviços. Em determinados casos, pode ser interessante vender um bem próprio (carro, apartamento na praia) para investir na empresa. Se houver necessidade de recursos adicionais, uma opção são as linhas de crédito que operam com recursos públicos, como o Proger e o Cartão BNDES.

10. Limpe seu nome
Após solucionar as pendências com os credores, solicite a documentação referente a esse acerto das contas. Caso tenham ocorrido protestos de títulos ou devolução de cheques por insuficiência de recursos, será necessário requerer que cartórios e bancos excluam de seus cadastros informações referentes aos débitos já solucionados. Muitas vezes, essas informações são colocadas também em bancos de dados referentes a crédito, como o da Serasa Experian. Cabe aos cartórios, bancos e instituições credoras solicitar a sua exclusão depois da confirmação do pagamento da dívida. A retirada do nome da lista leva cerca de cinco dias.

11. Procure Ajuda Técnica Especializada
Se você é uma pequena ou média empresa e  além da gestão também precisa dar atenção ao processo interno de seu produto ou serviço, talvez o tempo dedicado para cumprir as etapas descritas possa levar mais tempo, o que pode acarretar em custos que podem ser evitados se houver assessoria de um especialista em finanças. Consultoria, seja para acompanhamento de indicadores financeiros ou na área técnica da prestação de serviço ou de melhorias nos processos de produção facilitam e aceleram a evolução do negócio, pois dedicam profissionais com know-how para sugerir tomadas de decisão assertivas e baseadas em metodologia. É recomendado que ela acompanhe toda a vida da empresa: não apenas nos momentos de crise, mas para fechar o ciclo de melhoria contínua e  orientar a gestão para o empreendedor.

O perfil das micro e pequenas empresas brasileiras

Planejamento

As mudanças que temos vivenciado no país, no contexto das políticas em favor dos pequenos negócios, têm proporcionado uma verdadeira revolução no ambiente desses microempreendimentos, e entre as ações que vêm impactando positivamente o pequeno negócio podemos citar a criação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em 2006, a implantação do MEI (Microempreendedor Individual), em 2009, e a ampliação dos limites de faturamento do Simples Nacional, em 2012.

Por Rosival Fagundes, via Portal Administradores

No Brasil, nos últimos anos, temos visto um forte aumento na criação de novas empresas e de optantes pelo Simples Nacional, regime fiscal diferenciado e favorável aos pequenos negócios. Em dezembro de 2012, havia 7,1 milhões de empresas registradas nesse regime. Este número ficou 26% acima do verificado em dezembro do ano anterior. Em 2011, a expansão já havia sido de quase 30%. As mudanças que temos vivenciado no país, no contexto das políticas em favor dos pequenos negócios, têm proporcionado uma verdadeira revolução no ambiente desses microempreendimentos, e entre as ações que vêm impactando positivamente o pequeno negócio podemos citar a criação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em 2006, a implantação do MEI (Microempreendedor Individual), em 2009, e a ampliação dos limites de faturamento do Simples Nacional, em 2012.

A micro e pequena empresa no Brasil é conceituada com base nos critérios da legislação vigente, a Lei Geral da Pequena Empresa, que estabelece limites de faturamento bruto anual: I – no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que fature, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II – no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que fature, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) (http://www.sebrae.com.br).

Segundo estudos do Sebrae (2011), a criação anual de negócios formais no Brasil é de mais de 1,2 milhões de novos empreendimentos formais, e a maioria absoluta são pequenos negócios. A criação de novas empresas vem ganhando impulso em todo o território nacional, e com isso amplia-se também a responsabilidade dos órgãos de apoio, do acesso ao crédito e serviços financeiros, no sentido de viabilizar sua sustentabilidade ao longo prazo.

Características dos empreendedores no Brasil: GEM-2012 Desde o ano 2000 o Brasil participa da Pesquisa GEM – Global Entrepreneurship Monitor , pesquisa de âmbito mundial, iniciada em 1999 por duas instituições: Babson College e London Business School. No Brasil, a pesquisa é conduzida pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), e conta com a parceria técnica e financeira do Sebrae.

Em 2011 o GEM passou a contar com o apoio técnico do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas, e, em 2012, o GEM Brasil entrou em uma nova etapa, com o aumento significativo da amostra pesquisada, de forma a não só melhorar as estimativas no nível nacional como também permitir análises regionais. No ano de 2012, a pesquisa do GEM contou com a participação de 69 países nas duas principais etapas da pesquisa: o levantamento de dados junto à população com idade entre 18 e 64 anos, e a obtenção de opiniões de especialistas sobre as condições existentes nos países para o desenvolvimento de novos negócios. No Brasil, foram entrevistados 10.000 indivíduos entre 18 e 64 anos, representativos da população brasileira nessa faixa etária e residentes nas cinco regiões do país (2.000 entrevistados em cada uma das regiões).

Adicionalmente, foram entrevistados 87 especialistas de diversos segmentos da sociedade brasileira. Entende-se como empreendedorismo qualquer tentativa de criação de um novo empreendimento, uma atividade autônoma, uma nova empresa ou a expansão de um empreendimento existente (GEM 2012).

A pesquisa citada analisou uma série de informações que permitem caracterizar os empreendimentos, como novidade dos produtos ou serviços, concorrência, orientação internacional, expectativa de criação de ocupações para os próximos cinco anos e idade da tecnologia/processos. Tais informações podem ser utilizadas para avaliar o grau de inovação dos negócios, pois, de certa forma, quanto mais os empreendimentos oferecem produtos e serviços que são considerados novos, possuem poucos concorrentes, têm orientação internacional, esperam criar muitas ocupações e utilizam tecnologias mais novas, maior é a probabilidade de serem empreendimentos mais inovadores.

Para os empreendimentos iniciais, os resultados são bastantes conservadores: a grande maioria dos negócios (98,9%) lida com conhecimento que ninguém considera novo; a orientação internacional é baixíssima (0,8% possui consumidores no exterior); e todos os entrevistados afirmaram que a idade da tecnologia ou processos é superior a cinco anos. Além disso, 43,2% dos microempreendedores não esperam criar ocupações nos próximos cinco anos. Para os empreendedores estabelecidos, a situação ainda é menos favorável, se comparados com os empreendedores iniciais. A

s características do dinamismo recente da economia brasileira, centrado, em parte, no aumento do consumo de massa, com redução dos níveis de pobreza, melhor distribuição de renda e expansão das bases dos mercados, contribuíram para o aumento desse tipo de empreendimento pouco inovador, com baixa inserção internacional e tecnologias ou processos superiores a cinco anos.

De acordo com José Carlos Assis Dornelas (2008), o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Dornelas (2008) aborda ainda os seguintes aspectos encontrados na figura do empreendedor: o indivíduo tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz; utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformado o ambiente social e econômico onde vive; aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.

Na metodologia do GEM existe uma tipologia de empreendedores: o empreendedor de oportunidade, o indivíduo que é motivado a empreender, pela percepção de uma oportunidade ou um nicho de mercado pouco explorado; e o empreendedor de necessidade, o indivíduo que é motivado a empreender quando não tem alternativa razoável de ocupação e renda. Na pesquisa (GEM 2012), os principais pontos destacados foram: a proporção de empreendedores por oportunidade é maior entre os empreendedores homens (73,9%) do que entre as mulheres empreendedoras (64,5%); a proporção de empreendedores por oportunidade é maior entre os empreendedores mais jovens. Como era de se esperar, quanto maior o grau de escolaridade, maior é a proporção de empreendedores por oportunidade. Os maiores percentuais de empreendedores por oportunidade encontram-se nas menores faixas de renda.

Sobre essa constatação, que inicialmente gera certa surpresa, podemos levantar a hipótese de que, dadas as condições recentes de dinamismo do mercado interno da economia brasileira, a taxa de empreendedorismo por oportunidade é elevada, mesmo em faixas de renda relativamente baixas. Além disso, devemos observar que o limite superior da faixa de até 3 salários mínimos e a faixa de 3 a 6 salários mínimos significam rendimentos que não são tão pequenos, quando comparados com a renda média dos ocupados no Brasil.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2011 o rendimento médio do trabalho principal das pessoas de 16 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência e em trabalhos formais e informais, foi de R$ 1.311,56 (IBGE. Síntese dos Indicadores Sociais 2012).

12 cursos online gratuitos para empreendedores

E-learning

Camila Lam, via portal Exame.com

Por mais que tenha uma rotina repleta de tarefas, donos de pequenas empresas ou startups não podem deixar de se capacitar. Buscar conhecimento e manter-se atualizado são atitudes essenciais para quem tem um negócio.

Veja a seguir uma seleção de aulas na internet que os empreendedores podem fazer de graça. Os assuntos vão desde gestão de pessoas até desenvolvimento de aplicativos.

1. Introdução ao private equity e venture capital para empreendedores

O curso tem 40 horas de duração e o conteúdo está estruturado em oito módulos. Características gerais da indústria e aspectos da captação de recursos, perfil dos negócios em private equity e venture capital e gestão e monitoramento contínuo são alguns temas tratados. A inscrição pode ser feita no site da FGV Online e o início do curso é imediato.

2. Como iniciar o seu próprio negócio

Esse curso é indicado para quem deseja aprender sobre nichos de mercado e as oportunidades de negócio. As aulas do iPED (Instituto Politécnico de Ensino a Distância) falam sobre plano de negócios, a busca por um investidor, administração financeira, entre outros assuntos.

3. Desenvolvimento de aplicativos web

O curso é oferecido pela Universidade do Novo México, por meio do Coursera, e ensina a como construir e programar um aplicativo. As aulas são em inglês e a próxima turma começa em agosto. É essencial que o aluno tenha conhecimentos de programação e seja proficiente em alguma linguagem como Java ou Python.

4. Mantendo o estoque em dia

curso é oferecido pelo Sebrae-SP e é voltado para quem já tem uma micro ou pequena empresa. Trata da importância de administrar o estoque da empresa e como o bom gerenciamento pode ajudar a reduzir gastos. O aluno terá que realizar atividades práticas e a carga horária é de três horas. Para ter acesso ao conteúdo, é preciso ter o CNPJ da empresa cadastrado.

5. Recursos humanos

O curso é voltado para a análise de programas de treinamento e desenvolvimento de pessoal. Com carga horária de 15 horas, o objetivo do curso é analisar esses programas e tratar de liderança e avaliação de resultados. O início é imediato e a inscrição pode ser feita no site da FGV Online.

6. Contabilidade para micro e pequenos empresários

Receitas, despesas e custos, lançamentos contábeis e balanço patrimonial são alguns assuntos tratados no curso. Os alunos aprendem também sobre a importância da contabilidade na gestão de uma micro ou pequena empresa.

7. Gestão da Inovação: inovar para competir

Tipos de inovação, práticas de estímulo à inovação e adoção dos instrumentos de apoio rumo à empresa inovadora são alguns temas que serão tratados no curso oferecido pelo Sebrae. A carga horária é de 15 horas e foi desenvolvido para donos de empresas de pequeno porte.

8. Sustentabilidade aplicada aos negócios: orientações para gestores

A carga horária é de 10 horas e o objetivo do curso é apresentar os principais conceitos relacionados à sustentabilidade. Dessa maneira, o empreendedor poderá conhecer as possibilidades de mudança na gestão do seu negócio. Não há pré-requisito e o início do curso é imediato. Mais informações no site da FGV Online.

9. Pequenas empresas nas redes sociais

O objetivo desse curso é capacitar empreendedores para aproveitar as oportunidades e minimizar os riscos da presença da empresa nas redes sociais. Com carga horária de três horas, o aluno aprenderá a utilizar ferramentas de comunicação e interação. Mais informações no site do Sebrae-SP.

10. Inspirando a liderança através da inteligência emocional

Quem compreende inglês pode aproveitar esse curso oferecido pela Universidade Case Western University, dos Estados Unidos. O aluno poderá aprender sobre a relação da emoção e liderança e a lidar com o estresse crônico. O curso é disponibilizado pelo site Coursera e a próxima turma começa em agosto.

11. Técnicas de vendas

Como aprimorar os serviços de vendas da sua empresa? Como vender mais e melhor? O curso faz parte do Programa Varejo Fácil, do Sebrae, e tem carga horária de 15 horas. O objetivo das aulas é de capacitar o pequeno empresário com estratégias para melhorar as vendas do negócio.

12. Marketing estratégico

A gestão da marca de uma empresa é essencial para quem deseja alcançar o sucesso e ter um bom relacionamento com o seu consumidor. No curso Marketing estratégico, do iPED (Instituto Politécnico de Ensino a Distância), é possível aprender sobre os principais conceitos e objetivos do marketing.

 

Como ser um bom vendedor

Ter disciplina e metas são alguns dos pontos que os bons vendedores dominam, confira os demais

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Se pararmos e observarmos bem, é o processo de comprar e vender que move o mundo. Do filho que quer convencer o pai a deixá-lo ir a uma festinha com os amigos à multinacional que abre capital na bolsa, todos vendem, seja um produto, um serviço, uma ideia ou, simplesmente, um argumento.

Da mesma maneira, há sempre alguém disposto a comprar (parafraseando Steve Jobs, talvez alguns apenas não saibam que querem comprar). E aí a diferença entre os que vendem e os que mantêm seus produtos, serviços, ideias ou argumentos encalhados no estoque está na habilidade que cada um tem para convencer o comprador potencial a levar para casa o que está na vitrine.

Surge, então, a grande questão: como ser um bom vendedor? Reunimos aqui conselhos de alguns especialistas na área que podem ajudar você. Confira:

Escute antes de falar

Que vendedores adoram uma boa conversa, não é segredo para ninguém, e isso é até bom, às vezes ajuda a quebrar o gelo na relação com o cliente. Mas tudo demais é veneno. Vendedores que falam muito podem se passar por chatos, inconvenientes ou até mesmo pouco confiáveis. Mas isso não é o pior. Se o vendedor fala muito, ele escuta pouco. E se escuta pouco, como vai saber o que o cliente quer?

“Se você só falar, não vai ter a oportunidade de ouvir o que o seu cliente tem a dizer. E é justamente isso que vai definir o sucesso da venda. Deixe o cliente à vontade para dizer o que ele precisa, o que procura, qual é a sua necessidade. Só com essas informações você poderá dizer a ele exatamente como seu produto ou serviço poderá solucionar o problema que ele tem – e vender, claro”, afirma Claudio Diogo, especialista em vendas, marketing, varejo e consumo.

Metas, metas, metas

Quando se tem um destino aonde chegar, você tem mais motivação para a caminhada, mesmo que ela seja longa. Quando se anda a esmo, qualquer paisagem no meio do caminho pode ser um convite a parar e relaxar. Com as vendas não é diferente. Com metas claras (e realistas, é bom que isso fique claro!), suas chances de vender cada vez mais são grandes.

“É necessário ter uma obsessão por metas. E essas metas precisam ser claras para que o profissional as persiga e conquiste seus objetivos”, afirma Gustavo Coelho, diretor Comercial da Sascar.

Seja disciplinado

“Reserve momentos no mês e na semana para se planejar. Tente fazer pelo menos duas paradas no decorrer do dia para avaliar se está investindo a sua energia em um trabalho que gerará retorno. Mesmo após inúmeros nãos, é preciso manter o foco nas ações diárias e no que realmente é importante para alcançar a meta”, afirma Carlos Cruz, do Instituto Brasileiro de Vendas.

Saiba sempre para quem você vende

“Um ótimo vendedor precisa identificar quem é o cliente e quais são as suas necessidades. A venda só terá sucesso se o produto ou serviço atender às necessidades do cliente e esse esforço precisa ser direcionado para quem decide sobre a compra”, afirma Gustavo Coelho.

Deixe o desconto para o fim

Se antes de falar do produto você já direcionar sua comunicação para o desconto, você cria dois riscos: fazer o cliente achar que o produto não é tão bom e perder um argumento forte para um momento mais tenso da negociação.

“Foque a negociação não nos benefícios do que você vende, mas sim nos benefícios que seu produto ou serviço trarão para ele, e deixe que o cliente decida se é caro ou barato”, afirma Claudio Diogo.

Fonte: administradores.com 

10 pensamentos errados sobre o cliente

Todo o profissional de venda deve ter o entendimento básico de que o cliente é a pessoa mais importante do seu negócio. O cliente compra, indica e até vende o seu produto, pois tem uma experiência positiva e faz questão de compartilhar com pessoas do seu ciclo de amizades

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O problema é que muita gente que está na função de vendas tem algum tipo de pensamento errado sobre a figura do cliente em seu negócio. Vamos avaliar alguns deles.

1 O cliente não volta. Se ele for comprar, ele compra logo e pronto. Saiu para pesquisar, não volta. Lembre-se: ele tem o direito de pesquisar e ver alternativas, porém um bom atendimento, uma boa pesquisa para entender a sua real necessidade, entender a objeção momentânea, pode fazer até com que ele nem saia da loja e feche o pedido.

2 Ele não sabe nada e podemos “empurrar” algo fácil nele. Para quem pensa assim, aqui vai um conselho: Pode se preparar, pois o cliente está cada vez mais informado, exigente e menos fiel ao vendedor e à marca, então dê um show na hora do seu atendimento.

3 O cliente é um caroço. Ainda hoje se escuta essa expressão principalmente no varejo. Muitas vezes, o caroço é o próprio atendente que não sabe nada sobre o produto, não sabe negociar e nem receber um cliente em sua loja. Lembre-se: Caroço = semente, dentro de uma semente pode ter uma árvore de 60 metros. Depende da forma que você está regando.

4 Cliente gosta do mais barato. Esse é um pensamento de vendedor desmotivado, pois se ele mesmo analisar, na casa dele tem produtos com marcas de valor mais agregado, e ele acha que o cliente quer o mais barato. Falta argumento, conhecimento do produto e saber negociar a melhor condição. Ninguém merece o mais barato e todo benefício gera custo.

5 O cliente não tem condições. Avaliar o cliente pela sua roupa, pela forma que ele se comunica, pelo carro ou relógio, é um grande erro e ainda vejo instrutores vendendo esse peixe. O importante é oferecer o seu melhor produto, pois nosso cliente merece o melhor é ele quem vai dar o sinal se o produto está dentro do que ele pretende investir ou do seu orçamento. Não temos visão de raios X para saber quanto ele tem no bolso ou na conta.

6 O cliente é bonzinho. “Posso prometer algo para ele que eu nem tenho para entregar e muito menos no prazo combinado.” Quem tem esse pensamento está fadado ao fracasso como vendedor, pois o maior erro é prometer algo que não pode cumprir. Isso pode gerar um prejuízo sem proporções para a empresa.

7 O cliente é paciente, ele espera. Paciência tem limite, atendimentos sem conteúdo e demorados, problemas que nunca são solucionados, ligações telefônicas sem foco na solução, entregas que não acontecem, prazos tratados e não cumpridos. Cuidado! Hoje todos estão numa “correria” tremenda e uma hora pode parecer um dia.

8 O cliente gosta de ser enganado. Parece forte isso, mas é muito mais comum do que se imagina ouvir isso nas empresas. Criam negociações astronômicas, conversas sobre a bandeira do cartão, jogam para cima e depois puxam para baixo, para demonstrar que estão fazendo um descontão especial. Se em algum momento o cliente entender que tem algo errado, pode levantar da mesa e buscar os seus direitos. Negociação não é extorsão.

9 Meu cliente só compra comigo. Não se iluda, as coisas mudam. A forma de consumo também. Hoje, se for mais cômodo comprar mais perto de casa, assim será. Então se ele for a sua loja ou departamento, dê o seu show, pois ele precisa ser encantado a cada visita e surpreendido por você.

10 O cliente não está preocupado com o atendimento, essas dicas não valem de nada. Tudo bem você que está lendo esse artigo pode até pensar assim como muitos pensam e continuam perdendo vendas e clientes. Entenda que um atendimento telefônico, um atendimento na recepção de um hotel, um atendimento em uma loja de departamento, ou seja, lá onde for, vale ouro. A primeira coisa que ele compra é você, e são apenas os primeiros 22 segundos que vão fazer com que ele decida se esse atendimento vai para frente ou não.

Lembre-se o cliente de hoje não é o mesmo de dez anos, cinco anos atrás. O formato de consumo muda diariamente, então mexa-se. Não acredite em verdades prontas e pré-concebidas, coloque a mão na massa. Sucesso e muitas vendas!

Adaptado de administradores.com

Motivação de vendedores não é autoajuda

Entenda que o verdadeiro incentivo da força de vendas da sua empresa acontece na boa prática comercial do dia a dia.

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Acreditar que palestras motivacionais, do tipo altas doses de conceitos de autoajuda, tapinhas nas costas e convenções festivas, é uma panaceia que custa caro – uma espécie de autoengano inerente a quase todas as empresas há muito tempo. Se cada um na retaguarda cuidasse com eficiência e de bom grado dos assuntos da sua área relacionadas às vendas, e quase todos o são, não haveria necessidade de se falar tanto em campanhas motivacionais.

Vendedores precisam de apoio. Não é à toa que os gregos diziam sobre suas tropas: “Quem dá a missão supre os meios”. Se uma empresa pede para alguém vender seus produtos ou serviços tem que lhe dar suporte e este pode ser realizado sob várias formas, vamos aos principais:

· Ajude seus vendedores nos momentos das negociações mais difíceis dando-lhes todo o apoio necessário, quer nos aspectos técnicos, quer no financeiro.

· Exija dos seus funcionários internos mais agilidade e rapidez na apresentação das propostas comerciais e no atendimento dos pedidos já colocados. Idem para as respostas provenientes do campo.

· Estude com os departamentos financeiro, técnico e comercial a possibilidade de criação de formatos comerciais diferenciados, quando necessários, a fim de atender a um cliente e não perder a venda.

· Torne os processos comerciais mais simples, claros e sem burocracia. Vendedores odeiam fazer relatórios, a maioria desnecessários, complicados e até em duplicidade. Lugar de vendedor é na rua ou na casa do cliente vendendo e não estacionado no escritório fazendo relatórios.

· Crie um sistema ágil para fornecer informações sobre os históricos de compras dos clientes, da região, da concorrência e do próprio vendedor. Indicadores e critérios de desempenho devem ser fornecidos antes do fechamento da temporada, quando ainda dá tempo de se recuperar vendas perdidas.

· Se necessário ajude seus vendedores no preparo das visitas e, sempre que possível, faça alguém do alto escalão da empresa ir à região para fazer visitas de cortesia a alguns clientes importantes. Isto fortalece os laços comerciais e valoriza o vendedor perante os compradores.

· Faça com que sua equipe trate seus vendedores com respeito profissional, como pessoas de confiança, parceiras e aliadas às causas da empresa, verdadeiros consultores qualificados.

· São eles que sabem o que está acontecendo no mercado e o que vai acontecer, por isso peça-lhes informações e sugestões para a melhoria dos produtos, do atendimento e das vendas.

· Quem está no campo não é obrigado a saber o que se passa na matriz, por isso, exija da sua equipe mantê-los informados sobre todas as mudanças de produtos, serviços e sistemas. Um dos piores momentos na vida de um vendedor é saber das mudanças da empresa que representa pela boca dos seus clientes.

· Envolva e estimule todos os funcionários para que se sintam responsáveis pelas vendas. Permita que seus vendedores tenham acesso fácil a todos os departamentos. Vender é mais difícil do que fazer.

· Campanhas de incentivo e premiação devem ser justas, preparadas a tempo, com metas e objetivos bem claros. Se possível ao preparar tais campanhas chame alguns dos seus vendedores para dar opiniões.

· Seja generoso no fornecimento de material promocional: amostras, folders, vídeos, folhetos e portfólios.

· Treine-os à exaustão sobre seus produtos, processos e sistemas. Quanto mais os seus homens de vendas souberem sobre a empresa, mais motivados.

· Atualmente algumas empresas estão oferecendo aos seus vendedores cursos sobre administração de tempo, de projetos, de redes sociais e até sobre planejamento financeiro pessoal.

As ações práticas, do dia a dia, quando bem realizadas criam a verdadeira motivação, o senso de pertencimento à empresa e significado ao trabalho. E não deixe de pagar as comissões em dia e nem mate a ambição daqueles que vendem para você.

Eloi Zanetti é especialista em marketing, comunicação e vendas, escritor e palestrante. – eloi@eloizanetti.com.br

Fonte: Endeavor