Receita deve liberar segunda-feira consulta ao 4º lote de restituições do IR

1377300031_BusinessA Receita Federal deve liberar na próxima segunda-feira (9) a consulta ao quarto lote de restituições do Imposto de Renda (IR) Pessoa Física 2013. O dinheiro será depositado no banco no próximo dia 16. A data exata para a liberação da consulta ainda está em análise, mas nada impede que seja antecipada, já que todas as declarações foram processadas, conforme informou a Receita.

Até agora, segundo o Fisco, 4.145.252 contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Física 2013 tiveram a declaração liberada. O volume total de recursos ultrapassou R$ 5,321 bilhões.

Todos os anos são liberados sete lotes regulares. O último está previsto para 16 de dezembro. O calendário de restituição está no Ato Declaratório 3 da Receita Federal. Quem não receber a restituição deve procurar o extrato no site da Receita para verificar por que está na malha fina.

Quem identificou algum erro deve enviar uma declaração retificadora. O extrato da declaração é disponibilizado no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) no qual se encontram outras informações relativas ao IR.

Para utilizar o e-CAC é necessário o código de acesso gerado na própria página da Receita ou o certificado digital emitido por autoridade habilitada. Para gerar o código, o contribuinte precisará informar o número do recibo de entrega das declarações de Imposto de Renda dos dois últimos exercícios. Com o código, o contribuinte pode fazer a autorregularização caso encontre algum erro. O tamanho dos lotes depende das disponibilidades do Tesouro Nacional.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone 146. A Receita disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smarthphones que usam os sistemas operacionais Android e iOS, que facilitam a consulta.

A Receita lembra que a restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Declaração IRPF.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá procurar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (atendimento exclusivo para deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Carga tributária para quem sai do Simples chega a dobrar.

1375124334_coinsDados da arrecadação de impostos da Receita Federal mostram que na comparação entre os integrantes do Simples Nacional (com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões) e dos optantes pelo Lucro Presumido (com limite de receita bruta de R$ 48 milhões no ano anterior), no primeiro caso, o desempenho neste ano é melhor. Contudo, o valor do recolhimento do segundo regime é muito mais expressivo. Segundo especialistas, se a empresa optar por sair do Simples ou tiver que deixar o regime, a carga tributária chega a dobrar em alguns casos.

Com relação aos principais impostos por eles recolhidos, entre janeiro a julho deste ano, a arrecadação federal no Simples – exceto Imposto sobre Serviços (ISS) e Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços (ICMS) – cresceu 16,56%, ao passar de R$ 19,567 bilhões para R$ 22,809 bilhões, enquanto que no lucro presumido, somente do recolhimento de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) o avanço foi de 2,95%, ao passar de R$ 27,910 bilhões para R$ 28,736 bilhões.

Por outro lado, se levar em conta que o total de arrecadação do Simples nos primeiros sete meses de 2013 (R$ 29,964 bilhões )é quase o mesmo que o recolhido de IRPJ e CSLL no presumido, sendo que os optantes por esse regime ainda recolhem para o Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Procurada há uma semana, a Receita Federal não informou a arrecadação total dos integrantes do lucro presumido em 2013 até julho. Segundo a assessoria de imprensa do fisco, a apuração é complexa porque é feita com base no CNPJ das empresas e provém de cruzamento de informações, das bases de contribuinte com as de arrecadação.

De acordo com a Receita Federal, o lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real, sendo que o imposto de renda é devido trimestralmente. Podem optar pelo regime, além daqueles que tenha limite de receita bruta de R$ 48 milhões no ano-calendário anterior, os setores que não podem entrar no Simples Nacional.

A advogada Vania Yoshio Miki, tributarista do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados, explica que a carga tributária pesa mais para quem tem faturamento baixo. “Para uma empresa de serviços de instalação, por exemplo, que fatura R$ 100 mil por ano, a carga tributária é de R$ 5.760 se estiver no Simples, e de R$ 11.330 mil se estiver no presumido. Mas se essa mesma empresa faturar no ano anterior R$ 3,6 milhões, o peso é de R$ 578 mil no Simples, e R$ 517 mil, no Presumido”, diz.

Desta forma, a advogada entende que optar pelo Simples ou pelo presumido depende de um planejamento tributário. Mas, segundo ela, quem não pode optar pelo Simples tem uma carga maior, mesmo sendo pequeno. Por isso, entidades, como o Sebrae, tentam ampliar os setores que podem optar pelo regime simplificado de tributação.

Já o administrador de empresas e sócio da VSW Soluções Empresariais, Vagner Miranda Rocha, calcula que empresas do setor de comércio – que representam cerca de 10% do PIB, segundo o IBGE – as quais tiveram que sair do Simples e optaram pelo presumido, a carga tributária pode chegar a dobrar, por conta do aumento de alíquotas, “o que não ocorre nos setores da indústria de serviços”. “Por isso, o ideal é fazer simulações ante do final do ano para não ter uma surpresa de aumento de imposto”, sugere.

 

Sugestões

Para ambos os entrevistados pelo DCI, seria “bom” o governo federal criar formas de amenizar a passagem do Simples para o presumido, como a criação de um regime intermediário, mas a melhor solução ainda é um planejamento tributário.

Em abril, o governo informou que a partir de janeiro de 2014 sobe de R$ 48 milhões para R$ 78 milhões, o teto para as empresas optarem pela tributação pelo lucro presumido. Esse valor refere-se à receita bruta total auferida no ano de 2013, se a opção ocorrer em 2014.

Retificações do IR em 2013 crescem mais do que o número de contribuintes

1377300031_BusinessPelo menos 1,78 milhão de contribuintes entregaram a declaração retificadora do Imposto de Renda 2013 (ano-calendário 2012) até a última terça-feira (20), segundo informou ao iG o coordenador nacional do Imposto de Renda (IR) na Receita Federal, Joaquim Adir. O documento corrige informações e complementa o que faltou na declaração anterior.

O número dos que retificaram este ano até 30 de abril (1,06 milhão) – data final da entrega ao Fisco –, foi 5% maior que no ano passado, e 19% superior a 2011. O crescimento das retificações até o prazo estipulado pela Receita foi até maior que o aumento no número de contribuintes este ano: subiu 3% em relação a 2012, de 25,2 milhões para 26,03 milhões.

Já o total de retificações feitas em 2012 (2,65 milhões) cresceu 20% ante o ano anterior (2,20 milhões). O recurso é bastante empregado por quem deixou para a última hora a entrega do documento. Até as 23h59 de 30 de abril, foi possível enviar a declaração incompleta, com erros ou até em branco, para fugir da multa de R$ 165,74, valor aplicado para quem entrega a declaração com atraso.

Ano Retificações até o prazo Retificações após o prazo Total
2010 932 mil 1,161 milhão 2,093 milhões
2011 892 mil 1,313 milhão 2,205 milhões
2012 1,007 milhão 1,649 milhão 2,656 milhões
2013* 1,063 milhão 719 mil 1,782 milhão

* Até 20/08/2013

Fonte: Receita Federal

Carga tributária e burocracia têm maior peso no Custo Brasil

1377299956_priceO chamado Custo Brasil — cesta de encargos, burocracias e falta infra-estrutura que tiram a competitividade da indústria — encarece a manufatura nacional em 25,4% segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao qual o Brasil Econômico obteve acesso. Segundo a entidade, esse número já foi maior, mas devido às desonerações e à redução do custo de energia elétrica ele vem caindo paulatinamente. Se adicionado o efeito do câmbio, que à época do estudo estava a R$ 2,10, a Fiesp indica que o custo seria ainda maior: o produto nacional ficaria 34,2% mais caro que o de países competitivos.

A pesquisa compara o custo de produção no Brasil com o de outros 15 países— entre eles Alemanha, Argentina, Chile, China e Estados Unidos— em setores divididos por intensidade tecnológica. Para a Fiesp, carga tributária e burocracia ainda são os maiores vilões da produção. Somente estes quesitos encarecem os produtos em 15,5% no geral. Em setores de média intensidade tecnológica, que tiveram a folha de pagamentos desonerada e redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), o peso desses quesitos ainda chega a 17,9%. “O governo já fez muita coisa para reduzir esse custo, mas o principal caminha devagar. Enquanto atrasam as concessões de infraestrutura, a arrecadação cresce. Não há um horizonte favorável no curto prazo”, lamenta José Ricardo Roriz, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp. Ele assume, contudo, que a dinâmica cambial recente deve ajudar a indústria nacional. Mas reitera que muitos dos países que serviram de comparação também sofreram uma desvalorização recente, o que diminui o ganho competitivo causado pela alta do dólar.

Na última segunda-feira, a Fundação Getúlio Vargas publicou uma carta sobre a taxa de equilíbrio do câmbio. Segundo o Centro de Macroeconômica Aplicada, esta taxa está muito próxima da atual. O patamar de R$ 2,40, inclusive, estaria até abaixo do equilíbrio, indicando que o real está desvalorizado. Desde 2009 isso não acontecia, de acordo com o economista Emerson Marçal. “Isso ajuda a recuperar a força de competição de muitos setores, mas acende uma luz amarela frente à deterioração das contas externas”, avalia. Roriz concorda que o câmbio está em um bom patamar para a indústria. Porém, é preciso aguardar a estabilização da moeda. Até lá, as incertezas mais atrapalham do que ajudam. Além disso, políticas contracionistas, implementadas em decorrência da desvalorização cambial, não são favoráveis à indústria. “Para segurar a inflação, o governo está subindo os juros. Se o dólar sobe e nos ajuda, a Selic também sobe e minimiza esse efeito. É preciso atacar com maior velocidade esta distância que separa o Brasil do mundo competitivo”, prega Roriz.

Roberto Ticoulat, presidente do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex), afirma que o país corre contra o tempo para garantir seu lugar ao sol em um mundo cada vez mais globalizado. O câmbio, em sua visão, é parte preponderante para que o país ganhe mercado no exterior e consiga reduzir o avanço de importados no mercado doméstico a longo prazo. “Até o fim do ano, esse câmbio mais alto não muda nada. Se mantiver este patamar, será convertido em ganho de competitividade. Mas ninguém sabe o que acontecerá mês que vem, quiçá 2014”, diz. Por fim, a Fiesp faz uma projeção catastrófica. Caso o cenário atual permaneça, ela prevê uma participação cada vez menor da indústria no Produto Interno Bruto. Em 2012, o setor respondeu por 13,3% do PIB.Na projeção da entidade, em 2029, ela seria responsável por 9,3% de tudo o que o país produz de bens e serviços.

Fonte: Brasil Econômico

8 Dicas para fiscalizar seu contador – Simples Nacional

1375728626_security_policiesQualquer empresário já teve ou vai ter, em algum momento, problema com seu contador. Seja atraso de impostos, pagamento indevido de algum imposto etc. Porém, o que muitos não sabem é que tem como você se prevenir contra esses males.

Na realidade isso é bem simples, pois você precisa apenas de pequenas informações para fazer essa “fiscalização”, como por exemplo: sobre qual valor se calcula os impostos, qual o percentual correto, qual o prazo para pagamento etc.

Toda empresa possui um “perfil tributário”, ou seja, uma forma de pagar impostos. As formas mais comuns são Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

Cada um desses perfis traz consigo algumas ações e responsabilidades específicas. O foco deste post é o Simples Nacional.

Visão Geral: Simples nacional

É um imposto calculado sobre o receita bruta da empresa, ou seja, você aplica um percentual (que pode variar de 4 a 17,42%, dependendo da atividade) sobre o valor de venda bruta (o valor que sai na nota fiscal) – simples assim.

Como fiscalizar seu contador se você se encaixa no Simples Nacional:

1- Vencimento
Todo dia 20 do mês seguinte ao faturamento. Geralmente, se cair em final de semana ou feriado, ele é prorrogado para o próximo dia útil;

2- Alíquotas (% sobre a receita)
O percentual cobrado sobre sua receita bruta varia de acordo com sua atividade, ou seja, se você tem um empresa comercial, industrial e prestadora de serviço pagará um percentual diferente sobre cada tipo de receita. Um erro comum é pagar um único percentual sobre qualquer atividade, isso faz com que você acabe pagando mais do que de deve.

Além disso, as alíquotas variam conforme o valor dos últimos 12 meses de faturamento, assim, quanto mais você fatura, mais pagará de imposto. Ou seja, o percentual do Simples varia de acordo com 2 fatores: faixa de faturamento e atividade exercida.

3- Abatimentos
Vendas canceladas ou devolvidas podem ser abatidas da sua receita – não “coma bola” nesse ponto;

4- Retenção
Empresa optante pelo Simples Nacional não deve ter retenção de imposto na fonte (são aqueles destacados na nota fiscal), com exceção do ISS, que pode ser retido em atividades como limpeza, portaria, cessão de mão-de-obra etc.

Nesses casos, o valor retido não é perdido, pois você poderá descontá-lo no cálculo do Simples Nacional, afinal, trata-se apenas de um adiantamento parcial do valor que será pago no dia 20 do mês seguinte.
Fique atento para não calcular o imposto novamente sobre o mesmo valor;

5- Atividades
Não escolha termos ou atividades impeditivas ao Simples Nacional apenas porque “soam melhor”, tais como Consultoria, Gestão ou qualquer outro termo que remeta a atividades profissionais (administração, engenheira, economia, gestão etc), pois elas estão excluídas desse regime.

Um nome bonito às vezes saio caro

6- Declaração de Imposto de Renda
Empresas do Simples Nacional não entregam declaração de imposto de renda, porém entregam uma declaração muita parecida (a DASN). Esteja atento, pois nela devem ir informações do seu faturamento, despesas, distribuição de lucro etc. E, o pior, a falta de entrega implica em multa no valor minimo de R$ 200,00;

7- Declaração de Serviços Prestados
Caso sua empresa seja prestadora de serviço, além do DASN (citado acima) todo município, ou pelo menos a maioria deles, exige uma declaração mensal (geralmente, em meio eletrônico)  sobre os serviços prestados no mês, constando os dados de notas emitidas, os clientes, etc. O valor de multa por entrega em atraso varia de cidade para cidade, é bom se informar.

8- Contabilidade
Qualquer empresa no Brasil deve ter contabilidade, mesmo que de forma simplificada. Por exemplo, você já viu o Balancete de Verificação da sua empresa? Pode ser um nome inédito para muitos, porém, com uma conversa rápida com seu contador, você entenderá que se trata de um relatório mensal com o valor das vendas, serviços e despesas da sua empresa.

Para fazê-lo o contador precisa das informações de pagamento, recebimento, faturamento, extrato bancário etc. Se ele não estiver pedindo isso, tome cuidado e verifique logo se e como o Balancete tem sido feito.

Esses são os pontos mínimos para a parte contábil de qualquer empresa, já que caso você tenha funcionários, exporte, importe, fabrique produtos, venda ou compre de outros estados, existem vários outras coisas que devem ser feitas em conjunto com o seu contador. Então não perca tempo e marque logo uma reunião com ele para não ser surpreendido mais pra frente,  !

 

Publicado em 21 de janeiro de 2013 por Cristiano Freitas

9 dicas para gerenciar o stress financeiro

1-semana-de-agostoCaro leitor, às vezes a vida é cruel com os empreendedores.

Na realidade não basta sambar conforme a música diante do rolo compressor da burocracia regulamentar e nem mesmo encarar pontualmente a massacrante tributação.

Sim, é preciso lidar com tudo isso e ainda ser economicamente viável.
Neste contexto, honrar compromissos e crescer com solidez sem se tornar uma fábrica de contingenciamentos não é tarefa para qualquer um, mas é indispensável para quem quer valorizar a empresa ao longo de sua existência.

Contudo, em meio a essa trajetória, situações mais ou menos agudas irão se revezar testando implacavelmente a capacidade de gestão do empresário.

E diante desse revezamento, quando o bastão estiver sob o signo do stress financeiro, algumas medidas objetivas podem ajudar. Vamos lá:

  1. Dedique foco especial para as negociações e oportunidades que podem trazer resultado no curtíssimo prazo. Não se trata de abandonar planejamentos de médio e longo prazo, mas em cenários adversos, fazer dinheiro rápido é essencial;
  2. Ajuste com rigor o seu planejamento, com uma modulação dedicada ao curto prazo, evitando que ao correr atrás de resultados imediatos, novas e mais sérias complicações venham a surgir;
  3. Afine o modelo de gestão e o processo decisório, nessa hora velocidade é fundamental e o modelo vertical (sem abdicar do bom senso) passa a ser o mais recomendável;
  4. Negocie de forma planejada com fornecedores e ao menos tente encurtar o prazo de recebimento;
  5. Ajuste os custos, doa  aquém doer (demita, se necessário for, mas não sem alguma orientação de um advogado trabalhista). Corte tudo aquilo que pode ser dispensável;
  6. Ajuste os processos para obter melhor economia de escala;
  7. Esteja disposto a dar cambalhotas para fugir do cheque especial ou da conta garantida (o chamado capital de giro oneroso), essas modalidades constroem covas mais rápido do que uma escavadeira;
  8. Envolva toda a equipe no processo de recuperação;
  9. Atue com máxima disciplina.

É muito provável que ao final da turbulência, consiga não apenas evitar um contexto pré-falimentar, mas voltar a tona com uma empresa mais forte e melhor preparada para uma boa e consistente fase de crescimento.

Por: Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial

Afif: desoneração de microempresas é ”questão de lógica”

1375124334_coinsO ministro da Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, Guilherme Afif Domingos, afirmou na sexta-feira (19 acreditar que o Congresso irá pedir por desonerações para as micro e pequenas empresas. “É uma questão lógica, não é desoneração, é você dar um tratamento equânime, um tratamento justo”, afirmou.

Segundo Afif, mesmo com a afirmação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo não concederá mais desonerações, isso não se encaixaria à realidade das micro e pequenas empresas. “As desonerações que foram feitas sempre foram para as empresas de grande porte e agora nós queremos gerar emprego, gerar desenvolvimento, então tem que tirar carga das costas dos pequenos”, afirmou.

O ministro ponderou que a questão da carga tributária para os micro e pequenos empresários é um problema equacionado em função do Simples. “O que precisamos é simplificar o Simples. E eu advogo a ideia de que o tratamento tem que ser pelo porte da empresa e não pelo ramo que ela está. É um ponto fundamental que atinge não só a parte fiscal, mas também a burocrática.” Afif afirmou que a pasta estuda formas de permitir que uma empresa S/A entre no regime simplificado de tributos. “Hoje a empresa S/A não pode entrar no Simples, mas já existe a ideia de criar a S/A Simplificada que poderia entrar”, afirmou.

O ministro rechaçou a ideia de que a elevação da taxa Selic possa prejudicar mais os micro e pequenos empresários. Segundo ele, não houve alta dos juros e sim “uma correção da inflação”. “A taxa de juro real continua bastante baixa no Brasil. Só que nós tivemos um ciclo inflacionário que foi repassado à taxa de juros e será retirado à medida que a inflação mostrar decréscimo como está acontecendo agora”, disse. Segundo ele, a grande dificuldade do setor para ter acesso a recursos é a burocracia e necessidade de garantia. “Não acredito que seja a taxa (de juros)”, afirmou.

Afif disse ainda que a pasta trabalha para tentar adequar a situação das empresas que ultrapassam o teto do Simples de R$ 3,6 milhões e acabam prejudicadas por mudanças tributárias. “É um dos pontos que nós estamos debruçados, mas não encontramos ainda a solução adequada”, afirmou, ressaltando que os dados estatísticos mostram que são poucas as empresas nesse limite.

Ele afirmou ainda que substituição tributária é um dos pontos que mais tem preocupado os micro e pequenos empresários. “Os governos estaduais foram na indústria antecipar a arrecadação com a alíquota cheia e desrespeitaram a alíquota das micro e pequenas, tirando o seu poder de competitividade”, avaliou. Segundo Afif, esse é um ponto que a pasta vai “mexer pesado”. “Vai criar uma grande grita, mas nós vamos enfrentar”, avisou.

Ag. Estado

O mito da consultoria para empresas que estão mal das pernas

arteUm dos principais mitos diz que somente as empresas com a área financeira prejudicada contratam consultorias

O Brasil é um país com um grande número de empreendedores e, exatamente por este motivo, é necessário que alguns mitos corporativos sejam esclarecidos para não induzir o empreendedor iniciante ou um empresário sem experiência ao erro. Um dos principais mitos diz que somente as empresas com a área financeira prejudicada contratam consultorias. No entanto, se a empresa está mal das pernas deveria ter procurado a consultoria empresarial antes.

O principal motivo que leva uma organização a buscar este tipo de serviço é, sobretudo, o ganho de eficiência em sua atividade. De maneira menos abrangente, podemos dizer que o intuito é aumentar as vendas e a lucratividade, reduzir custos e aperfeiçoar os processos. Além disso, também é recomendada em casos de expansão, quando uma nova unidade é aberta ou na elaboração de um novo plano estratégico. Ou seja, esse serviço é contratado por aquelas que têm mais visão de mercado e querem crescer, não pelas que estão falindo.

Além do mais, essas empresas estão assim exatamente por não terem recorrido à consultoria. Muitos têm preconceito e entendem esse serviço como despesa e não como investimento. Hoje, a maioria dos que passaram por uma consultoria estão bem financeiramente e 90% deles já estavam quando procuraram orientação. Isso mostra que o empresário que procura o serviço é justamente aquele que tem mais visão de mercado e consegue tocar minimamente seu negócio.

Uma dúvida comum é saber identificar qual o momento ideal para uma consultoria. A estagnação é o indicativo principal, ou seja, quando a empresa deixou de crescer ou tem seu faturamento aumentado de maneira insignificante. O trabalho do consultor ou da equipe de consultores depende da disponibilidade do cliente e do seu objetivo, mas geralmente pode variar entre três e seis meses.

O período é diferente porque cada um dos casos é analisado de forma individual, levando em consideração as particularidades do negócio. Não existe uma ação padrão que resolva os problemas de todas as empresas da mesma maneira. A área de atuação da consultoria também é fator determinante no tempo de trabalho. Isso porque ela pode ser realizada em apenas um dos setores. Obviamente que uma consultoria completa, que vai desde o planejamento estratégico até a estrutura dos processos de operação, é muito mais eficaz. Contudo, é totalmente possível realizar o serviço por etapas.

Talvez a fase mais difícil para consolidar as mudanças planejadas seja a que depende do engajamento dos colaboradores. Por isso, é necessário que o empresário seja transparente com os gestores e apresente o consultor como alguém que veio propor melhorias para o crescimento, e não como uma pessoa que irá propor corte de empregos. Afinal, se as mudanças acontecerem e a empresa crescer, ela vai precisar de mais e não menos funcionários.

Para finalizar, é importante ressaltar que não se pode sentir vergonha de procurar ajuda. Se a empresa realmente estiver mal das pernas, o consultor atuará como um médico, fazendo com que ela se recupere e volte a andar sozinha. Caso ela esteja bem, o profissional agirá como um treinador de maratonista, fazendo com que a instituição corra mais rápido e conquiste posição de destaque no pódio.

Leonardo Zamariola é economista e consultor empresarial do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Educação Corporativa (IBDEC)

5 mitos sobre dinheiro que os empreendedores ainda seguem

arte

Sem formação adequada, muitas pequenas empresas erram na hora de cuidar do dinheiro

São Paulo – Hoje, três em cada dez pequenas empresas brasileiras não sobrevivem aos dois primeiros anos do negócio, segundo dados recentes do Sebrae. Em parte, a falta de capacidade de gestão é responsável pelo fim de muitos negócios.

Cuidar bem das finanças é essencial para pequenas empresas. Muitas vezes sem uma equipe, o próprio empreendedor assume o papel de gerir e administrar todo o negócio. O problema é que empresas de pequeno porte podem não ter capacitação adequada e os erros recorrentes levam o negócio à falência. Com amadorismo, os empreendedores ainda acreditam em mitos sobre finanças que podem ser fatais ao negócio.

1. Vender mais dará mais lucro

É verdade que aumentar as vendas pode também aumentar os lucros, mas nem sempre isso é verdade. Segundo Maurício Galhardo, da Práxis Business, o lucro acontece quando há controle financeiro e dos gastos. “Se não tem uma margem boa, vender mais significa jogar a empresa no buraco”, diz Galhardo.

2. Falta de lucro é o fim do negócio

O professor de finanças do Insper Angelo Corsetti diz que muitos empresários acreditam que o lucro é o indicador mais importante da saúde do negócio. Mas nem sempre funciona assim. “Uma empresa quebra não é por falta de lucro, é por falta de caixa. Às vezes, o sujeito que é amador imagina que uma empresa não vai quebrar por que tem lucro. Mas quem determinará isso é o fluxo de caixa”, explica Corsetti.

3. Dono deve ter uma retirada mensal

Muitos chamam de pró-labore, outros de participação nos lucros. O importante para muitos empreendedores é fazer uma retirada mensal de dinheiro da empresa.

“Ele tem o direito de tirar o dinheiro todo mês, mas uma pequena empresa nem sempre dá essa condição. Ela pode ter sazonalidade e não fechar no azul. Se o dono não tiver esse controle, ele tira dinheiro e afunda ainda mais o negócio”, afirma Galhardo.

O ideal, segundo ele, é ter um planejamento para saber em quais meses é possível fazer a retirada sem prejudicar o negócio. “Há meses que ele pode tirar duas vezes e outros não. Ele precisa entender o fluxo de caixa da empresa e o pessoal”, diz o consultor.

4. Não há diferença entre contas pessoais e jurídicas

Muitas pessoas ainda acreditam que não há problema em misturar finanças de empresa e pessoais. “Como saber se o negócio está indo bem ou não se tem contas pessoais ali no meio”, questiona Galhardo. Se usar o dinheiro do negócio nas contas pessoais, é preciso registrar o valor, para saber como está o resultado real da empresa.

5. Planejamento é perda de tempo

Um planejamento financeiro bem feito pode exigir tempo e informações do empresário. Por falta de um ou outro, muitos não fazem um planejamento adequado e acabam instalando uma gestão amadora na empresa. A margem de lucratividade, o giro de ativos e a geração operacional de caixa devem ser dados conhecidos do empreendedor que quer expandir. “A empresa precisa crescer, mas tem que crescer de maneira sustentável e lucrativa”, diz Corsetti.

Intenção de consumo das famílias é mais baixa desde 2010

1374278537_agt_familySÃO PAULO – A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 4% em julho deste ano, em relação ao mês anterior, chegando a 124,9 pontos. Trata-se do menor nível já registrado desde início da série em 2010.
Segundo a CNC, a baixa pode ser explicada pelo maior comprometimento da renda devido ao alto endividamento, além dos impactos das manifestações ocorridas nas últimas semanas e menor otimismo quanto ao emprego e a renda.
Na comparação entre julho do ano passado, o ICF recuou 7,7%. “A sustentação de um nível mais elevado de endividamento e inadimplência fez com que a disposição ao consumo se situasse em um patamar inferior ao de junho de 2012”, explica o estudo.
Regiões e renda
Entre as regiões, o Sudeste e Centro-Oeste foram as que apresentaram as maiores quedas na comparação anual, de 12,6% e 0,3%, respectivamente. No confronto mensal, a baixa foi de 6,9% e 1,8%, cada um.
Já o Nordeste recuou 3% no confronto anual e cresceu 0,2% no mensal, enquanto o Sul cresceu 1,3% no ano e recuou 3,7% no mês, enquanto o Norte recuou 0,3% no indicador anual e 2,1% no mensal.
Por corte de renda, as famílias com renda até dez salários mínimos registraram queda mensal no quesito Momento para Duráveis, com variação de -9,0%, enquanto aquelas com renda acima de dez salários mínimos retraíram-se em 9,9%.