Novas perspectivas para geração de receitas

Veja como a tecnologia de grafos pode ajudar a sua empresa a ser mais eficiente e rentável

Daniel Lázaro

Seria possível passear por toda uma cidade cruzando cada uma de suas pontes apenas uma vez? A teoria dos grafos remonta a 1735, quando Leonard Euler resolveu o problema das Sete Pontes de Königsberg através de um desenho composto por nós e relacionamentos, respondendo então à ilustre pergunta.

Essa teoria, acreditem, vem sendo aplicada para armazenamento e gestão de dados, pois se trata de uma maneira muito intuitiva para representar as relações entre dados. As tecnologias tradicionais são adequadas para se trabalhar dados “tabulares”. Mas, surpreendentemente – ou talvez nem tanto – boa parte do mundo real não é uma tabela. As situações podem ficar realmente complexas ao se transformar, por exemplo, um sistema biológico, uma rede social ou a web em um arranjo de tabelas. Um relacionamento entre amigos que compram alguns artigos em uma loja de departamentos, pode ser descrito por grafos.

Alguns dos mais conhecidos usos de grafos incluem o Knowledge Graph do Google, Social Graph do Facebook e o Interest Graph do Twitter. Vale ressaltar que essas ferramentas não são apenas para os pesquisadores ou grandes empresas de Internet, seu uso comercial vem despontando, como:

• Gestão de Rede e de Nuvem: Empresas de telefonia utilizam bancos de dados de grafos para modelar suas redes, o que oferece suporte às atividades de otimização de rede e conduz análises “what if” de falhas em elementos de rede, melhorando a qualidade do serviço e reduzindo custos de operação:

• Segurança e Controle de Acesso: O Creative Cloud da Adobe utiliza um banco de dados de grafos para gerenciar o acesso ao conteúdo e as relações entre os usuários, grupos, ativos e coleções.

• Descoberta Social: Criamos conexões no Facebook por diversos motivos, contudo, raramente fazemos amizade com pessoas estranhas sendo motivados por um interesse comum em produtos e serviços.

o A empresa Passo 2 está mudando e melhorando a experiência de compras enquanto promove a descoberta social: permite que os usuários sigam individualmente os produtos e categorias de produtos e receba atualizações diretamente em seus feeds de notícias. Melhor ainda, a ferramenta “seguir um revisor” permite que as pessoas se inscrevam para revisões de produtos avaliados por indivíduos com preferências similares.

o Existe um componente social, e tudo é opt in, sendo também uma oportunidade de marketing com potencial de aumentar diretamente a receita. Esta empresa utiliza os grafos de interesse para fazer recomendações aos usuários, que por sua vez, estão se conectando de forma autêntica, baseada em interesses reais.

• Personalização: Desde que o Facebook lançou o Open Graph , as marcas e os varejistas passaram a ter oportunidades únicas de aprender sobre os interesses de seus clientes e usar essa informação para entregar experiências mais atraentes e personalizadas.

o A Amazon.com é um dos melhores exemplos de empresas que atualmente utilizam a personalização baseada em grafos. Quando um cliente se autentica, seus dados são carregados pelo sistema, que passa a sugerir produtos de acordo com o perfil de compras.

o Comparando este processo à moda antiga – porém já inovadora de recomendações, quando a Amazon sugeria produtos com base no seu perfil de compras: caso um cliente tivesse comprado um livro sobre golfe para seu irmão e um perfume para sua esposa? As recomendações com base nessas informações não seriam muito relevantes.

o Todos esses pontos são aperfeiçoados com a abordagem de grafos. A Amazon pode garantir que a primeira coisa que os usuários verão são opções profundamente conectadas com suas preferências pessoais. É uma sacada inteligente para manter os usuários no site, aumentar a probabilidade de compra e gerar mais receita de curto e longo prazo.

As complexidades e as dinâmicas do mundo real demandam novas abordagens. Isto é verdadeiro já que o mundo está se movendo na velocidade da web e todos estão correndo para chegar à frente dos concorrentes.

Processos complexos e intrincados como o comportamento humano, bem como sistemas dinâmicos interligados, tais como aqueles encontrados na natureza e na web, tendem a ser menos estáticos e previsíveis, tornando-se candidatos ideais para tecnologias de grafos, lembrando que as maiores oportunidades de geração de receita com esta tecnologia ainda não foram sequer inventadas.

Os cinco estágios da trajetória de crescimento de uma empresa

5Podemos fazer uma analogia das etapas que uma empresa necessita para crescer e se firmar no mercado ao processo de lançamento de um foguete espacial. O foguete é projetado e construído de forma a passar por vários estágios, dependendo da distância que pretende atingir. Na empresa não é diferente.

Concepção – O foguete nasce para cumprir um objetivo. Do mesmo modo, existe uma razão para uma empresa nascer, um objetivo a cumprir. Uma empresa geralmente não nasce de um planejamento estratégico, mas do sonho de seu fundador. O plano de vôo de uma empresa inicial está na mente do empreendedor, na sua idéia e na sua vontade de fazer atingir o objetivo: levantar, cair, levantar, cair, levantar, continuar, continuar… Esse é o DNA do empreendedor.

Lançamento – Para tirar o foguete do chão, muito pesado devido ao combustível que carrega, é necessário fugir da força da gravidade que o puxa para baixo, o que exige muita potência nos motores. O empreendedor é o executor das tarefas operacionais nessa fase. É o motor principal para impulsionar a empresa para o alto. Necessita fazer muita força para fazer a empresa sair do chão.

Especialização – Uma fase muito difícil e crítica antes de atingir a maioridade empresarial. Da mesma forma que o foguete que abandona os motores e os tanques de combustíveis porque não são mais necessários, o empreendedor precisa abandonar as tarefas operacionais e delegar tarefas. Isso exige uma mudança de postura interior. Trabalhar com mais pessoas, direcionar as pessoas para o mesmo objetivo. Novos departamentos, novas funções, o que leva a  ter que compartilhar tarefas, delegar poderes.  É a transformação de empreendedor para administrador.

Maioridade – Já não é necessário empregar sua força fisica, mas buscar sabedoria. Ser mais estrategista do que empreendedor, aprender a lidar com os novos termos como planejamento estratégico, plano de negócios, etc. O obstáculo a superar neste estágio  é muitas vezes mais difícil de transpor do que as dificuldades enfrentadas nos estágios anteriores. Para o foguete é aquela fase onde fica estacionado, em órbita por vários anos e chega o momento de decidir se continua sua missão ou não. Se quiser continuar necessita acionar novos motores.

Continuidade ou queda – Pode ser o último estágio, ou não. Muito provavelmente a empresa já não depende das decisões do empreendedor inicial. Pode ser o fim da linha com queda ou pode ficar vagando perdido pelo espaço por algum tempo pela força inercial ou continuar avançando… Parar ou seguir em frente depende unica e exclusivamente dos objetivos que se pretende atingir.

Precisamos entender que o empresário, assim como o foguete, precisa de um plano de vôo. O foguete é construído para agir de forma adequada a cada estágio: no lançamento com muita força e da especialização em diante com forças direcionais específicas. Um dos erros que vejo é que as pessoas em geral não percebem as novas habilidades que são exigidas de acordo com cada estágio de crescimento. Isto vale para os proprietários e para os funcionários.

As pessoas são os componentes principais de uma empresa e elas precisam crescer individualmente para poder continuar sendo parte do negócio. Vejo com tristeza que as pessoas que iniciaram a empresa comigo, e que hoje deveriam estar juntos colhendo os frutos do crescimento, não estão mais aqui porque não se prepararam para exercer novas funções que surgiram com o decorrer do tempo.

O crescimento individual das pessoas é o que faz a empresa crescer. Os empreendedores e os seus funcionários precisam caminhar um passo a frente do estágio atual da empresa para poder eleva-lá sempre um degrau acima. O aumento do capital intelectual e do conhecimento são os investimentos fundamentais para o crescimento empresarial. Só assim é possível cumprir sua missão, assim como um foguete.

Orlando Norio19 de agosto de 2013

IFRS INTEGRA ÁREA CONTÁBIL AO NEGÓCIO.

banco_pyme_finançasA integração entre as áreas de finanças e as divisões operacionais das empresas foi uma das principais vantagens da adoção do padrão internacional de contabilidade (IFRS, na sigla em inglês), avalia o diretor de controle financeiro do Itaú Unibanco e professor da Universidade de São Paulo (USP), Alexsandro Broedel.

“O IFRS faz com que as diversas áreas da empresa pensem de forma mais integrada. O objetivo do padrão obviamente não é esse, mas é um benefício muito grande para a própria empresa e para o investidor”, ressaltou ele, durante sua fala na Conferência IFRS, realizada ontem em São Paulo.

De acordo com o executivo, que deixou a diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no fim de 2011, o conceito de avaliação dos ativos e operações pelo seu valor justo e não pelo custo histórico trazido pelo novo padrão faz com que a área de contabilidade tenha que se aproximar muito mais das divisões operacionais da companhia. “Não tem como o contador avaliar a valor justo um instrumento financeiro ou um ativo biológico sem entender do negócio”, afirmou ele.

Em uma mesa redonda coordenada por Amaro Gomes, único brasileiro com assento no órgão máximo do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), Broedel disse que é inegável o avanço de qualidade das demonstrações financeiras após a adoção do IFRS. “Ao se comparar um balanço de 2007, último ano do modelo antigo completo, com as demonstrações financeiras referente a 2012, é impossível dizer que não houve uma melhora radical.”

Para Thomas de Mello e Souza, sócio da gestora Gávea Investimentos, o maior benefício com o novo padrão se deve à possibilidade de comparação das empresas brasileiras com as de outros países. “Do ponto de vista da avaliação do valor de mercado da empresa, poder comparar é muito importante”, disse ele.

Como desafio ainda presente da implementação do novo padrão, Broedel alerta sobre a escassez de profissionais no mercado preparados para o maior nível de especialização e multidisciplinaridade que passaram a ser requeridos. “O IFRS exige todo um arcabouço institucional. É onde o abismo entre a norma e o profissional que as universidades brasileiras vêm formando se mostra mais gritante”, afirmou. Segundo ele, a solução encontrada pelas empresas é promover treinamentos permanentes.

Fonte: Valor Econômico

TETO DO LUCRO PRESUMIDO SERÁ DE R$ 72 MILHÕES EM 2014.

Dinheiro_Pyme_FinançasA partir do próximo ano, o teto de Faturamento das empresas tributadas pelo Lucro Presumido aumentará, passando de R$ 48 milhões para R$ 72 milhões. O aumento vale a partir de 1º de janeiro de 2014. A Medida Provisória 612/2013 foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) no começo de abril.

O presidente do Sescon-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, comemorou a iniciativa. Ele explica que o congelamento do teto mais de dez anos foi prejudicando gradualmente o setor empresarial. “Na última década, as empresas acompanharam o crescimento da Economia nacional. No entanto, a Estagnação do limite ou as expulsaram do regime, aumentando sua carga tributária, ou inibiram medidas de estímulo ao seu crescimento.”

Com a medida, ele acredita que haverá mais competitividade às empresas o que aquecerá a geração de empregos. Outro ponto positivo que ele destaca é o número de empresas que poderão ser inseridas no programa.

Medida devem aumentar a competitividade das empresas

Não é ideal

Apesar de considerar extremamente positivo o descongelamento do limite depois de tanto tempo, Approbato Machado Jr. lembra ainda que o valorem R$ 72 milhões ainda não é o ideal. “A correção do teto ainda é inferior ao índice inflacionário do período”, argumenta o líder empresarial, citando como base os números do IPCA, que mostram aumento de mais de 60% nos últimos dez anos.

Fonte: InfoMoney

Região Sudeste responde por metade das novas empresas

Pyme Finanças Corporativas - Região Sudeste.

Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) confirma que a falta de logística, alta carga tributária e a dependência do cenário internacional podem prejudicar não só as grandes empresas, como também as pequenas, além de que essas situações fazem com que o empreendedorismo no País se concentre mais nos estados do sul e sudeste.

A pesquisa chamada Censo das Empresas e Entidades Públicas e Privadas Brasileiras – Empresômetro, que avalia a geração de novos negócios, considerando-se apenas as grandes, médias, pequenas, microempresas e entidades e órgãos públicos brasileiros, mostrou que São Paulo ainda está em primeiro lugar entre 2010 e 2012.

Apesar de o número ter recuado 12,33% de 2011 para o ano passado, a criação de empresas nesse estado representou 31,8% (ou 210.575 de novas companhias) do resultado total em 2012: 662.395, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEI). Em segundo lugar aparece Minas Gerais, com 62.007 criações, o que representou 9,4% do total.

Ambos os estados mantiveram suas posições entre 2010 e 2012. Porém, Rio Grande do Sul, que nos dois anos anteriores estava na quinta colocação, subiu para a terceira no ano passado, ao gerar 48.497 novas empresas, o que corresponde a 7,3% do total.

Diferentemente, outro estado sulista, o Paraná, que havia alcançado a terceira posição em 2011, voltou a ocupar o quarto lugar no ano passado, conforme foi registrado em 2010. Em 2012, esse estado observou a geração de 47.202 companhias (7,1% do total). Em seguida, vem outro estado do Sudeste: o Rio de Janeiro, com 45.226 empresas criadas, o que equivale a 6,8% do total.

Entre os entes da Região Nordeste, o que mais se destacou foi a Bahia, com a geração 32.172 novos empreendimentos em 2012 (4,9% do Total). Depois somente Pernambuco aparece entre os dez estados que apontaram o maior número de criação de empresas (19.489 geradas).
O presidente do IBPT, João Eloi Olenike, comenta que essa concentração na geração de empresas no sul e sudeste é devido, principalmente, à infraestrutura existente nestes estados, que não são encontrados em lugares menores. “Para abrir uma empresa tem que ver se há porto próximo, para exportar ou importar, se há boas estradas, entre outros fatores. Ou seja, é questão de logística”, justifica.

Ao ser questionado pelo DCI, se há um motivo para que Rio Grande do Sul tenha apresentado uma melhora no ranking, Olenike afirma que isso depende das ações que cada estado faz para a geração de novos negócios. “Na briga entre os estados, aparentemente, quem implanta políticas de incentivo, são destaques”, diz.

No entanto, ele ressalta que apesar de avanços ao avaliar cada estado, todos eles apresentaram queda na criação de empresas de 2011 a 2012. “Para poder melhorar essa situação e que o empreendedorismo deixe de se concentrar no sul e sudeste, é preciso que o governo dê condições a isso, como oferecer subsídios para que as empresas invistam na infraestrutura local, além de diminuir a carga tributária”, entende.

Com relação à crise internacional, ele comenta que as pequenas podem até conseguir resolver suas situações em cenário ruim, diferentemente das grandes. “Mas a solução encontrada por elas acabam sendo cair no mercado paralelo, na informalidade. Por isso, cabe ao governo observar esses cenários”, aponta.

Microempresário
De acordo com o Empresômetro, ao excluir o MEI do cálculo, a criação de empresas no País apresentou uma queda “abrupta” de 12,68% no ano passado, em relação ao acumulado de 2011. Porém, ao acrescentar o empreendedor individual, o número de novos empreendimentos formais bateu recorde ao alcançar 1.745.243 de empresas geradas. Este montante representa, ainda, um aumento de 4,4% ante 2011.

Mas, o presidente do IBPT, ressalta que esse resultado incluindo o MEI não mostra o cenário real do empreendedorismo no País. “Esses empresários, algumas vezes, abrem seu próprio negócio para ter direito à previdência social”, diz Olenike, ao explicar que essa situação não significa geração de emprego.

Fonte: DCI