5 dicas para otimizar o capital de giro da sua empresa

1371494054_PaperMoneyCapital de giro é aquele dinheiro disponível para a empresa rodar, pagando as despesas imediatas.

Caso você queira ver mais sobre sua definição e como calculá-lo, é só ver nosso artigo Como calcular o capital de giro para sua empresa.

Agora como você sabe tudo (ou já sabia) sobre o assunto, com certeza as dicas abaixo poderão fazer uma grande no seu dia-a-dia:

1- Dinheiro parado = dinheiro desvalorizando

Como o capital de giro é aquele dinheiro usado para os gastos imediatos no curto prazo, ele precisa ter liquidez (não pode estar preso num investimento de longo prazo ou ser parte de um imóvel, por exemplo).

Ao mesmo tempo, dinheiro parado na conta corrente, é dinheiro sendo desvalorizado pela inflação. Alguns bancos até pagam um mísero ganho pelo dinheiro na conta corrente, mas nada que realmente faça uma diferença.

Minha dica para aplicação é colocar num CDB com liquidez diária ou mesmo na poupança – estes são investimentos que conseguem trazer um retorno próximo à desvalorização inflacionária e ainda te dão a liquidez necessária para o dia-a-dia.

2- MUITO cuidado com o cheque especial

Apesar de não ser legal o dinheiro ficar parado na conta, um mal muito maior é utilizar o cheque especial da sua conta corrente. Os juros cobrados estão entre os mais altos disponíveis.

Por isso, pensando em termos de controle do capital de giro, fique sempre muito atento ao seu fluxo de caixa diário para saber se a sua conta tem fundos suficientes para não entrar no cheque especial, mesmo que seja por apenas um dia.

Uma das melhores aplicações hoje em dia é não pegar ‘dinheiro caro’ emprestado.

3- Não conte com dinheiro que não está na conta

Conforme sua empresa funciona, novas receitas passam a compor o seu capital de giro. Porém, um erro muito comum é contarmos com dinheiro que ainda não está garantido e assumi-lo assim para pagamentos no curto prazo.

Por aqui, nós assumimos como receita garantida aquela pela qual uma nota fiscal já foi emitida, com boleto e dia de pagamentos fechados e aceitos.

Antes disso, a receita nem entra em nosso fluxo de caixa projetado e, por isso, não compõe o capital de giro.

4- Negocie os melhores prazos possíveis

Como vida de empreendedor não é fácil, muitas vezes nos vemos naquela sinuca de bico: “não consigo pagar o fornecedor Z nesse dia, porque o cliente Y só vai me pagar 5 dias depois”.

Antes de você chegar no fatídico dia, você tem 3 opções:

  1. Conversar com o fornecedor Z para explicar a situação e atrasar o pagamento em 5 dias;
  2. Conversar com o cliente Y para negociar um pagamento adiantado (em troca de uma entrega maior, por exemplo)
  3. Conversar com qualquer outro cliente ou fornecedor para mudar os prazos com o objetivo de não ficar negativo durante nenhum dia.

A melhor escolha para resolver essa situação será a pessoa/empresa que você tem o melhor relacionamento, já que esse tipo de acordo é sempre um pouco delicado.

De qualquer forma, como você agora não tem desculpa para ver em cima da hora, a dica é sempre analisar o seu fluxo de caixa projetado antes de fechar qualquer data de pagamento ou recebimento. Assim, você estará bem informado para negociar as datas ideias para o seu capital de giro não acabar.

5- Parcelamento

Para compras de equipamentos mais caros ou mesmo para compras recorrentes (material de escritório, por exemplo), muitas vezes existe a opção de parcelamento.

Essa opção, se bem trabalhada, é sempre benéfica.

Por um lado, você pode criar um orçamento mensal para determinadas compras e, assim, tornar possível uma compra que à vista seria impossível.

Por outro lado, caso você consiga fazer a compra à vista, há opção de aplicar o dinheiro que seria utilizado – tanto numa renda fixa (tipo CDB) e sacá-lo mensalmente para pagar cada parcela, quanto como capital de giro para outros investimentos na empresa.

Luiz Piovesana  29 de outubro de 2013

Entenda como calcular sua margem de lucro

Pyme Finanças CorporativasSomente com a tabela de custos pronta e ciente das contas que consomem mais e menos recursos em seu processo produtivo, comercial ou de prestação do serviço, o empresário consegue, de forma consciente, definir a margem de lucro que deseja – o quanto vai acrescentar sobre o custo – determinando o preço final. É a partir desse controle que o empreendedor terá condições de saber o percentual do preço que irá cobrir os gastos, o quanto irá sobrar e qual será o seu lucro.
No entanto, ao determinar sua meta de lucro, surge outra variável importante a ser considerada: o volume de vendas. O empresário precisa estar atento a qual deve ser o total comercializado, àquele preço, para que seja atingido o lucro esperado. “É fundamental não dar um passo maior que a perna, pois tudo está relacionado. Se você espera um lucro muito alto, terá de vender mais para atingi-lo. Você terá essa capacidade de produção, de compra, no caso do comércio ou de prestar esse número de horas do serviço?”, questiona o consultor de finanças do Sebrae Luis Lobrigatti.

Rentabilidade x lucratividade

Ele destaca a diferença entre lucratividade e rentabilidade. A primeira corresponde à relação entre quanto a empresa lucra para cada R$ 1 vendido ou faturado. Determinado o custo de um produto, por exemplo, R$ 20, a lucratividade ou lucro líquido é o valor acrescido aos gastos para composição do preço, expresso em porcentagem. Se essa mercadoria for vendida a R$ 22, com lucro igual a R$ 2, a lucratividade equivale a 10%.

Já a rentabilidade é definida pela relação entre o lucro, anual, sobre o capital investido no negócio. Vamos supor que um empreendedor tenha investido R$ 30 mil para abrir as portas. Ao longo de um ano, ele faturou R$ 34,5 mil em vendas, com um lucro de 30%, ou R$ 10.350,00. A rentabilidade de sua empresa é quanto esse lucro representa, em termos percentuais, em relação ao investimento, ou 34,5%.

 

“Não existem fórmulas para se estabelecer a lucratividade e a rentabilidade. Em linhas gerais, observa-se que, nas empresas de pequeno porte, a primeira varia entre 5 a 10%. Já a segunda, gira entre 20 e 25%”, afirma o consultor.

 

Fonte: UOL