4 dicas para quem deseja criar um negócio de alto impacto

Descubra as 4 dicas essenciais para você empreendedor que quer abrir um negócio de alto impacto.

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Costumamos usar a máxima: “o empreendedor ganha da concorrência, mas o mercado ganha do empreendedor”. Isso acontece porque mesmo que o empreendedor inove e execute muito bem; ele está limitado ao universo de pessoas ou organizações dispostas a comprar o seu produto ou serviço.

Dificilmente ele terá uma empresa grande se o potencial de mercado for de 100 milhões de reais, por exemplo. Isso, partindo do pressuposto de que se quer construir uma grande empresa. Veja algumas dicas para criar um negócio de alto impacto.

1. Avalie o tamanho do mercado

Geralmente, o empreendedor já “sentiu na pele” o problema que quer resolver ou viu alguém/alguma empresa sofrendo. O importante é, antes de investir tempo e recursos, se perguntar: quantas outras pessoas ou organizações sofrem com esse mesmo problema? Quão relevante é esse problema? Quanto mais relevante o problema e maior o número de pessoas ou organizações, melhor.

2. Pesquise sobre o mercado

Outra forma de compreender o tamanho do mercado é descobrir se já existem empresas que oferecem alguma solução para esse mesmo problema. Essa análise é mais fácil em mercados maduros, o de cosméticos, por exemplo, no qual é possível saber o tamanho do mercado pelo tamanho das empresas que atuam nele.

Entre elas, gigantes como a Natura, o Grupo Boticário e a Avon. Esse é um bom indicador de tamanho de mercado, mas também significa que, mesmo antes de começar, você já terá concorrentes fortes. No entanto, se você tiver um bom diferencial e executar bem, existe a oportunidade de abocanhar uma fatia desse mercado.

3. Invista no momento certo

Tirando alguma grande inovação, é difícil uma empresa sozinha aumentar o potencial de mercado em que ela está. Vamos tomar como exemplo uma empresa que produz jogos para celular.

Há 20 anos, pouquíssimas pessoas tinham aparelhos celulares e o mercado de jogos para celular era um nicho ou até inexistente. Apesar da tendência forte que esse mercado tinha de crescimento, naquela época, se alguém tivesse iniciado um negócio nesse ramo, dificilmente decolaria. Tudo tem a ver com o momento em que você “pega a onda”.

Jorge Paulo Lemann, conselheiro da Endeavor, fez essa analogia uma vez, e nós a usamos até hoje. Se você tenta “pegar a onda” muito no início, você vai remar, remar e, quando chegar o momento certo, você não terá mais a energia que precisa. Se você entrar muito tarde, a “onda” passará por cima de você.

O mesmo se aplica aos negócios. Quem vislumbra um mercado emergente e entra muito cedo, provavelmente vai investir os recursos antes do tempo e não ter retorno. Quem entra muito tarde, deixa de aproveitar todo o potencial da oportunidade.

4. Converse com potenciais clientes

Um bom caso de empreendedores que observaram um grande mercado e decidiram empreender é o do Fabio e do Alencar, fundadores da Gera. Eles trabalhavam na Natura e perceberam que havia um desafio na gestão de consultoras de vendas porta-a-porta. Logo, eles se deram conta de que o problema era comum a todas as empresas que têm uma força de vendas semelhante.

Decidiram sair de seus empregos para criar uma solução para esse problema: um software online para gestão de vendas diretas. Na época, para tentar estimar o tamanho do mercado eles fizeram as seguintes perguntas: quantas empresas atuam com venda direta? Dentro delas, existem quantos vendedores? Quanto a ineficiência dessa gestão custa para essas empresas? Quanto é possível cobrar por um serviço que faça a gestão desses vendedores?

O melhor jeito para começar a busca por essas respostas é conversar com potenciais clientes, pessoas que conheçam muito o mercado e estudar dados e pesquisas já feitas e, muitas vezes, disponíveis na internet. O importante é ter, pelo menos, uma estimativa para saber se vale a pena investir o seu tempo e dinheiro naquele mercado ou não. E se o mercado tiver potencial, é botar pra fazer! Boa sorte.

Arthur Valadão é gerente de Busca e Seleção de Empreendedores da Endeavor Brasil.

Fonte: Exame

O empreendedor brasileiro “pensa pequeno”?

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Há atualmente no Brasil um determinado posicionamento que frequentemente se manifesta no seguinte conjunto de afirmações: o empreendedor brasileiro “pensa pequeno” e isso prejudica a inovação no país; o empresariado brasileiro não investe em inovação, e isto contribui para o nosso atraso econômico relativo; não existem recursos para a inovação; é difícil inovar no país, e por aí vai.  Até que ponto essas afirmações têm fundamento?

O argumento que queremos defender neste artigo é de que essas afirmações são sintomas de um país que tem uma economia ainda muito fechada ao comércio exterior. Ou seja, nossa relação do fluxo do comércio (exportações mais importações) em relação ao PIB – Produto Interno Bruto – (o denominado coeficiente de comércio) tem permanecido numa média de 22% ao longo dos últimos anos, que é muito baixo quando se compara com as taxas de alguns países, como: China (53,1%), Índia (48,1%), Rússia (51,4%), África do Sul (56,4%), Chile (69,4%), entre outros.

Num país voltado principalmente para sua economia doméstica, com significativas barreiras ao comércio internacional e poucos incentivos efetivos à inovação, é natural se observar uma postura acomodatícia por parte dos empreendedores e empresários.  E tudo isso tem a ver com o entendimento do real sentido do ato de inovar.

Inovação não é um ato voluntarista como geralmente se pensa. Inovação é um processo de resposta a incentivos, principalmente econômicos. No passado se acreditava que a inovação devia declinar com a competição, à medida que mais competição reduzia as rendas de monopólio que premiavam os inovadores de sucesso. Hoje se percebe que os incentivos à inovação dependem não somente das inovações a posteriori per se, mas muito mais das diferenças entre as rendas pós e pré-inovações. Logo, a competição pode estimular inovações e crescimento econômico, já que pode reduzir as rendas pré-inovações das empresas bem mais do que reduzir suas rendas pós-inovação. Em outras palavras, a competição pode aumentar os lucros incrementais de inovar, e, portanto, encorajar investimento voltado a “escapar da competição”.

Como o Brasil tem uma economia ainda muito fechada ao comércio internacional, isto significa que existe um ambiente pouco favorável à competição estrangeira.  Se não há competição, os empresários se sentem pouco estimulados a inovar para “escapar da competição”.  Ou seja, a questão não é que o empreendedor brasileiro “pensa pequeno”; simplesmente, apesar de o brasileiro ser muito criativo, o ambiente econômico do país não incentiva plenamente a inovação, nem tampouco o estimula a pensar sobre as oportunidades do mercado internacional!

Mas existem recursos para investimento em inovação no país? Há hoje em dia um conjunto bastante diverso de fontes de investimento à inovação no país. A questão central é, de um lado, que o acesso a este conjunto de fontes de investimento é restrito àquelas empresas que têm equipes capacitadas para a elaboração de bons projetos de inovação.  Por outro lado, as metodologias nas quais estes projetos são analisados não são tão transparentes quanto deveriam, tampouco são transparentes os requisitos de capacitação de quem avalia tais projetos (entender de ciência e tecnologia é um requisito necessário, mas inovação é para quem entende de negócios). Ademais, há uma questão do timing: nem sempre os prazos de preparo, julgamento e liberação dos recursos para a inovação são adequados ao timing daquela inovação em que se pretende investir.

E qual seria uma estratégia para superação destes obstáculos? O Brasil precisa urgentemente abrir sua economia ao comércio internacional; voltar-se apenas à sua economia doméstica é um erro fatal. Precisamos reconquistar os elos que já tivemos com algumas Cadeias Globais de Valor – CGVS (ver http://bit.ly/1fHPGHN), manter e fortalecer os elos com aquelas pouquíssimas empresas com acesso a algumas CGVs, e conquistar o acesso a CGVS novas e emergentes. O exemplo do sucesso recente das economias asiáticas é bem emblemático deste caminho.

José Carlos Cavalcanti é PhD em economia pela Universidade de Manchester e sócio-diretor da Creativante.

Fonte: Endeavor

8 mitos e verdades sobre o empreendedorismo no Brasil

Abrir uma empresa é difícil? E pagar impostos? Falta dinheiro para empreender? O brasileiro é muito empreendedor? Alguns dados ajudam a responder essas e outras perguntas

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Quinze anos atrás, a palavra empreendedorismo não estava nem no dicionário. Hoje, deixou de ser uma novidade, com a mídia, universidades e até o governo se posicionando sobre o assunto. Mas ainda há diversas dúvidas e muita coisa para melhorar no ambiente de negócios brasileiro! Por isso, selecionamos alguns mitos e verdades para você entender mais sobre o empreendedorismo no país:

1. O brasileiro sonha em empreender, mas isso não é tudo.

Verdade! A Endeavor perguntou aos brasileiros se prefeririam ser empreendedores ou funcionários: 76% deles sonham em ser donos do próprio negocio, a segunda maior taxa do mundo – atrás da Turquia (82%) e muito à frente dos Estados Unidos (51%) e União Europeia (37%), por exemplo. Mas vontade não é tudo, e na falta de ação o brasileiro perde muito do seu potencial, com só 19% dizendo que pretendem empreender nos próximos cinco anos, atrás dos Estados Unidos, com 20%.

2. Abrir uma empresa em qualquer cidade do Brasil é demorado demais.

Mito! De fato, em muitas cidades se demora muito para abrir uma empresa, às vezes passando dos 100 dias para obter o registro completo, como em São Paulo. Mas há, sim, lugares onde se pode abrir uma empresa em menos de uma semana, como Brasília, Belo Horizonte e São José dos Campos. Como nada acontece por acaso, essas cidades criaram grandes projetos para melhorar a vida das startups locais; curioso? Saiba mais sobre essa história aqui.

3. Falta dinheiro para as empresas e os empreendedores.

Mito! Em um ranking do Fórum Econômico Mundial com 148 países, o Brasil ficou na 30ª colocação quando o assunto é disponibilidade de capital para investir em empresas, bastante acima da média mundial. Mas muitos empreendedores reclamam que esse é o maior obstáculo, e eles não estão tão enganados: apesar de existir, o dinheiro de investimento muitas vezes é difícil de acessar: o país está na 64ª colocação do mesmo ranking internacional, muito abaixo na média. Ou seja, o problema não é a falta de dinheiro, mas o que os empreendedores precisam para acessá-lo, como apresentar muitas garantias e o pagar juros altos.

4. Pagar impostos é coisa para super-herói.

Verdade! Aqui, não estamos nem falando da carga tributária (que também é alta), mas da complexidade burocrática que o empreendedor precisa cumprir para estar com tudo em dia. De acordo com o Banco Mundial, são necessárias 2.600 horas para pagar impostos no Brasil, de longe a taxa mais alta do mundo. E a explicação é simples: de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) são mais de 11.500 normas tributárias por ano. Só um super-herói consegue ficar por dentro de tantas mudanças na lei!

5. O Simples poderia ser ainda mais simples.

Verdade! O Simples, um sistema de pagamento de impostos facilitado para micro e pequenas empresas, é um marco na história do empreendedorismo no Brasil, com muitas conquistas para comemorar. Mas podia ser ainda melhor! Hoje, nem todos os setores, especialmente os prestadores de serviços, podem ser incluídos no sistema. Além disso, mesmo que o Simples reúna oito impostos em um único pagamento, ainda são necessárias obrigações assessórias individuais, aumentando a complexidade do sistema. A boa notícia é que o Governo Federal, em conjunto com esferas nacionais, já tem propostas de melhorias bem encaminhadas.

6. Poucas empresas brasileiras crescem de verdade.

Verdade! O Brasil tem mais de 4,5 milhões de empresas. Mas, dessas, apenas 34.000 (ou 0,7% do total) crescem mais de 20% ao ano, por pelo menos três anos. E elas têm um impacto gigante na economia: em 2011, foram responsáveis por gerar 48,5% dos novos empregos e mais de 10% do valor agregado ao PIB (fonte: Endeavor/IBGE). Imaginem o impacto se tivéssemos 100.000 empresas de alto crescimento no Brasil? Há muitas razões para ainda não alcançarmos esse número, como a falta de preparo dos brasileiros para empreender e a complexidade tributária que o crescimento traz (e que falamos com mais profundidade aqui).

7. As empresas brasileiras são muito inovadoras.

Mito! Apenas 11% dos empreendedores brasileiros iniciantes dizem que o produto ou serviço que oferecem é inovador, de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor (GEM). É uma das piores taxas do mundo, junto com Bangladesh e Trinidad e Tobago! Um dos problemas é o mercado brasileiro ter restrições às importações, o que deixam empreendedores “confortáveis” (mostramos mais neste artigo), mas eles também precisam ter sonhos maiores: só 10% dos empreendedores planejam contratar mais de cinco pessoas cinco anos depois de iniciar o negócio. Na Turquia, são 59%; no Chile, 36%; nos Estados Unidos, 30%.

8. O empreendedor brasileiro tem muitas opções para se capacitar.

Verdade! Três dos quatro maiores problemas do empreendedor brasileiro estão ligados à falta de conhecimento. Mas a falta de apoio para o empreendedor se capacitar não pode ser uma desculpa! Pode melhorar muito (especialmente a qualidade), é claro, mas organizações como Sebrae, Endeavor, aceleradoras e as próprias universidades têm diversos programas que incentivam empreendedores e potenciais empreendedores. Juliano Seabra, diretor-geral da Endeavor, falou mais sobre isso neste artigo para a Exame.com.

Fonte: Endeavor

Como fazer um bom planejamento de vendas

A previsão frequente das vendas baseadas no desenrolar das oportunidades do dia a dia é um instrumento poderoso para a gestão de vendas e planejamento de curto prazo

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As atividades envolvidas no planejamento de vendas ocorrem em dois momentos. O primeiro, e muito importante, acontece (normalmente) no início de cada ano, um pouco antes do chamado período de planejamento. Algumas empresas chamam essa fase de orçamento de vendas, ou budget, em inglês. Outros chamam de “plano de negócios” ou BP (Business Plan, em inglês) ou mesmo de previsão de vendas, do inglês, forecast. É preciso tomar um pouco de cuidado para não misturar nomenclaturas que correspondem a conceitos diferentes. Neste caso, estamos falando sobre orçamento de vendas, primeira fase no planejamento, e os principais alicerces são:

• Revisite o seu histórico: olhe para trás e veja como foi o seu desempenho e o de seus principais concorrentes nos últimos dois anos. Analise o mercado e o seu negócio, e avalie as perspectivas de crescimento. Mesmo em tempos de crise, seu negócio poderá crescer, se você planejar corretamente. Existe algum vetor de crescimento importante? O que faria seu mercado alvo ou potencial cliente comprar seu produto ou serviço? O futuro não se define somente pelo que ocorreu no passado, mas se entender sua história, saberá o que manter e onde mudar para melhorar o desempenho.

• Analise o comportamento de compra de seu cliente: o que o move, como ele compra, com que frequência, qual o tíquete médio? Veja o perfil de seus melhores clientes e busque como irá atingir mais potenciais clientes. Seu bom cliente compra preço? Qualidade? Encontre no mercado os bons clientes e planeje como irá atende-los! Com que produtos? Com que serviços? Se encontrar no mercado gente parecida com seus bons clientes, você aumentará a chance, e muito, de sucesso.

• Treine sua equipe e faça com que ela use sua metodologia no dia a dia: desenvolva métodos de venda compatíveis com seu tipo de negócio. Premissas adequadas ao seu negócio e práticas que, comprovadamente, são bem sucedidas, trarão os resultados desejados. Mas é preciso que seu vendedor use este método sempre. Não basta treiná-lo. Se possível, coloque a estratégia na mão de seu vendedor através de um aplicativo que implemente o método de vendas. Assim, você terá a certeza de que todos seus profissionais irão seguir um método de vendas que os levarão a bons resultados.

• Entenda o que é oportunidade de vendas para você e as mapeie: oportunidades de venda se constituem na matéria prima do vendedor. Levantar quais são estas oportunidades e o potencial de cada uma, assim como o que precisa ser feito para ser bem sucedido, é ponto fundamental do planejamento de vendas. O conceito de oportunidade poderá variar de negócio para negócio. Em alguns casos, é a chance de vender um produto para um determinado cliente. Em outros, é vender determinado volume em um canal específico. Entender como definir oportunidade em cada negócio é fator crítico de sucesso para um bom planejamento de vendas.

• Acompanhe o dia a dia de cada oportunidade e reveja seus planos periodicamente: tal como uma carteira de investimentos, onde papéis são mais rentáveis que outros ou possuem mais risco, a sua carteira planejada de oportunidades, na medida em que você evolui no trabalho de vendas, poderão ser mais ou menos possíveis de acontecer. Umas têm mais riscos de não se concretizar, outras, menos. Medir isso periodicamente – mensalmente, ou até semanalmente – é fundamental. Chama-se este processo de rolling forecast ou “previsão rotativa””””” ou simplesmente forecast, que nada mais é do que uma visão do planejamento de curto prazo. É quando o planejamento anual é revisitado e modificado em função da realidade do dia a dia. Não se trata de simplesmente avaliar orçado x realizado, mas de um mecanismo que permite, a partir da visão atual do negócio, rever as ações futuras.

Resumindo, uma empresa já consolidada tem duas grandes metas a cumprir: manter a sua base de clientes e ampliar esta base através de estratégias consistentes para a prospecção de novos clientes. A previsão frequente das vendas baseadas no desenrolar das oportunidades do dia a dia, ou forecast, é, antes de qualquer coisa, um instrumento poderoso para a gestão de vendas e planejamento de curto prazo.

Fonte: administradores.com

 

Programas de apoio a start-ups dão até R$ 200 mil para desenvolver negócio

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Empresas de tecnologia iniciantes que precisam de ajuda financeira e treinamento para desenvolverem seus negócios podem se inscrever em programas de aceleração como o Start-Up Brasil, do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), e o Start-Ed Lab, da Fundação Lemann, com foco em start-ups de educação.

As inscrições para o programa Start-Up Brasil, que apoia empresas nascentes de tecnologia com aceleração e recursos que podem chegar a R$ 200 mil, vão até 14 de julho. Para o Start-Ed Lab –que oferece R$ 20 mil, além de workshops e mentores– o prazo é 9 de junho.

Start-Up Brasil
Serão selecionadas cem empresas, em duas etapas. Em cada uma, serão contempladas 50 start-ups, sendo 75% das vagas destinadas a empresas brasileiras e 25% a internacionais. A segunda fase terá início no próximo semestre, em data a ser definida.

O programa Start-Up Brasil repassará até R$ 200 mil para cada start-up desenvolver os projetos apresentados. Esse valor pode ser complementado pelas aceleradoras, sem intermediação do MCTI.

Podem se inscrever no Start-Up Brasil empresas com até quatro anos de constituição (emissão de CNPJ). As inscrições serão realizadas até o dia 14 de julho pelo site do programa. Para ser selecionada, a empresa precisa desenvolver um produto ou serviço que seja viável financeiramente.

O público-alvo foi ampliado em relação ao edital lançado em 2013. “Pela primeira vez, empresas que adotam soluções inovadoras em hardware terão a possibilidade de participar do programa. Até então, apenas as soluções em software eram contempladas”, diz o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida.

Cada start-up deverá indicar seis aceleradoras de interesse, entre 12 opções disponíveis. Empresas que já receberam investimentos de uma das aceleradoras que compõem a iniciativa não podem participar.

Brasileiros residentes fora do país há mais de três anos podem apresentar seus projetos para avaliação, classificando-os como start-up internacional. Empresas estrangeiras não têm necessidade de apresentar o CNPJ para participar do programa.

Os projetos inscritos serão avaliados por uma banca composta por representantes de universidades, pesquisadores, integrantes do MCTI e representantes do setor privado.

Start-Ed Lab
O programa, financiado pela Fundação Lemann, do empresário Jorge Paulo Lemann, busca projetos inovadores que pretendem melhorar o sistema educacional brasileiro por meio de iniciativas tecnológicas. As inscrições são grátis e estão abertas no site do programa até 9 de junho.

Além do apoio financeiro de R$ 20 mil, serão oferecidos workshops sobre empreendedorismo e desenvolvimento de novos negócios, programa de mentores para validação do produto, visita a escolas e start-ups, participação em evento do setor e espaço para interação, troca de experiências e feedback junto aos especialistas.

Podem se inscrever pessoas com diferentes perfis empreendedores em educação, desde professores com um projeto inovador de ensino em sala de aula até soluções em tecnologia, com ideias para jogos e aplicativos de ensino e gestão escolar.

Não é necessário ter empresa aberta, mas os participantes precisam ter uma estratégia e um time formado para colocá-la em prática. Caso a ideia já tenha virado um produto, ele só pode estar no mercado há, no máximo, um ano e meio. Serão selecionados até dez projetos.

O Start-Ed Lab terá duração de seis meses, com seis encontros mensais de dois dias consecutivos de duração, de julho a dezembro deste ano.

Fonte: UOL

As 7 fontes de oportunidade para inovar

O primeiro passo para sistematizar o processo de inovação é identificar onde a oportunidade deve ser buscada. Descubra 7 fontes de oportunidades para tornar sua empresa mais inovadora

Por Andre Rezende

inova

Eu e muitos outros bem mais sábios do que eu, a começar pelo Jim Collins, consideramos Peter Drucker como o grande mestre da gestão de todos os tempos. Em 1985 ele escreveu e publicou um livro com o título traduzido para o português de “Inovação e Espírito Empreendedor”. Quase trinta anos depois provavelmente uma tradução melhor seria “Inovação e Empreendedorismo”. De fato, o mestre considerava a inovação como o instrumento específico dos empreendedores, o meio pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio, um produto ou um serviço diferente. A inovação deliberada e sistemática pode ser apresentada como uma disciplina, pode ser aprendida e praticada, não é um acidente de percurso ou resultado de um lampejo de genialidade. Os empreendedores precisam buscar ativamente as fontes de inovação, as mudanças que indicam oportunidades para uma inovação de sucesso.

São sete as Fontes de Oportunidade Inovadora, sendo as quatro primeiras visíveis dentro da instituição ou do seu setor de atuação:

1. O inesperado – o sucesso inesperado, o fracasso inesperado ou o evento externo inesperado. Tenho um exemplo na minha própria empresa para apresentar: a Prática fabrica equipamentos para cozinhas profissionais e, de certo tempo para cá, viemos percebendo uma venda cada vez maior para residências de alto padrão. Este fato foi identificado como oportunidade e agora cuidamos de adaptar produtos, serviços e canais de distribuição para este novo grupo de clientes alvo. O fracasso inesperado da instituição, ou de preferência do concorrente, é um motivador para ir ao mercado, escutar e buscar entender se há aí uma oportunidade escondida. O sucesso das megalivrarias no Brasil, considerado um país de poucos leitores, é um evento inesperado – será que estamos fazendo as suposições certas sobre o nosso mercado e nossos clientes?

2. A incongruência – entre a realidade como ela é de fato e a realidade como se presume ser ou como “deveria ser”. Exemplo: teoricamente o ensino médio profissionalizante deveria qualificar as pessoas para as atividades profissionais, tanto administrativas como técnicas. A realidade no Brasil não confirma esta suposição e isto criou a oportunidade para o surgimento dos cursos de tecnólogos, de curta duração e que complementam o ensino médio, qualificando o jovem para o mercado de trabalho.

3. A inovação baseada na necessidade do processo. Este é o tipo de inovação que frequentemente vem de quem está imerso nos processos, da própria instituição ou de seus clientes. A busca de ganhos de produtividade ou de processos mais capazes de atender as especificações dos clientes cria um número de oportunidades de pequenas ou grandes inovações. Um exemplo recente: as pessoas precisam apanhar táxis e os taxis precisam encontrar seus passageiros – usar a internet e os smartphones para promover este encontro é uma proposta de negócio já com milhões de usuários, conquistados rapidamente.

4. Mudanças na estrutura do setor industrial ou na estrutura do mercado. Exemplo: na época da inflação mais acelerada no Brasil, apresentou-se como preponderante a lógica de as famílias fazerem compras para o mês todo, criando o mercado para os hipermercados e para os freezers em cada residência. Com o declínio da inflação e maior dificuldade na mobilidade urbana ressurgiu a lógica das lojas de vizinhança, que se tornaram objeto de investimento mesmo para os grandes varejistas.

As fontes de oportunidades resultadas de mudanças fora da empresa ou do setor de atuação são as seguintes:

5. Mudanças demográficas ou populacionais. No Brasil existe um número de oportunidades (e também ameaças) ligadas às mudanças demográficas: envelhecimento da população, crescimento da classe média, aumento do número de pessoas com altíssimo poder aquisitivo, insegurança urbana, modificação no papel da mulher, diminuição das famílias, dificuldade na mobilidade urbana, adiamento do casamento e do primeiro filho, entre muitos outros.

6. Mudanças em percepção, disposição e significado. Exemplo: a mudança da percepção das pessoas em relação à própria saúde e aparência criou uma quantidade enorme de oportunidades de negócios que nem existiam anos atrás: Spas, academias, restaurantes de comida saudável, alimentos especiais. Em cada segmento de mercado podemos encontrar oportunidades. O que dá status, qual o valor dado à educação, como as pessoas se divertem, como garantem o seu futuro? Tudo isto tem mudado e estas mudanças trazem oportunidades.

7. Conhecimento novo, tanto científico como não científico. A inovação baseada em conhecimento é a mais difícil de controlar e imprevisível. É bem frequente que o criador da nova tecnologia não seja quem vai aproveitar a oportunidade de negócio. Os requisitos fundamentais para que um inovador em conhecimento atinja o sucesso são o conhecimento claro das condições de implementar a inovação como coisa negociável, o posicionamento estratégico da inovação e a prática da administração empreendedora, um conjunto de atividades que dá disciplina ao processo, evitando as múltiplas armadilhas.

Talvez tenha ficado claro para o leitor que não há fronteira clara entre as Fontes de Oportunidade Inovadora. Muitos exemplos podem ser incluídos em uma categoria ou outra, isto não é importante. O que é relevante é a noção de que o processo de inovação pode ser sistematizado e o primeiro passo para isto é identificar onde a oportunidade de inovação deve ser buscada.

Fonte: administradores.com

25 termos que todo empreendedor precisa conhecer

livro

Cada indústria tem sua lista de jargões. No mundo do empreendedorismo são vários os termos que você vai encontrar pela frente ao longo de sua jornada. Como empreendedor, é importante que você esteja familiarizado com eles. Conheça uma lista com 25 termos que todo empreendedor precisa saber:

Aceleradora

É o nome ””””moderno”””” para as incubadoras. Enquanto as incubadoras estão mais ligadas a universidades e a projetos governamentais, as aceleradoras são financiadas com capital privado e apoiam startups, empresas de alto potencial de crescimento. A aceleração pode incluir apoio financeiro, mas está baseada principalmente no suporte à criação e ao desenvolvimento do negócio, com sessões de coaching e mentoring durante um período.

Break-even

Em português, um ””””ponto de equilíbrio””””. É quando os custos da empresa são iguais às suas receitas. Como tudo que a empresa recebe paga somente as despesas, o lucro (ou resultado do período), acaba sendo 0, nesse caso.

Capital de giro

São os recursos financeiros utilizados para cobrir os custos do dia a dia da empresa e para sustentá-la entre o pagamento de despesas e o recebimento da receita de clientes.

Captação de recursos

Obter investimentos, o que pode ser feito por meio de empréstimos bancários, agências de fomento, fundos de investimentos ou investidores-anjos. Descubra como captar recursos no curso online da Endeavor de Acesso a Capital.

 Co-working

Espaço de trabalho compartilhado por diversas empresas, que passam a poder se relacionar e a trocar conhecimentos.

Crowdfunding

Obtenção de capital através de financiamento coletivo, em geral de pessoas físicas interessadas na iniciativa. Existem plataformas on-line especializadas nisso.

Crowdsourcing

Forma de conseguir serviços/ajuda de forma colaborativa para geração de conteúdos, solução de problemas, desenvolvimento de novas tecnologias, geração de fluxo de informação e afins.

Early stage

São consideradas empresas em early stage (estágio inicial) as que possuem até três anos de existência.

Elevator pitch

Apresentação da ideia do negócio em aproximadamente 30 segundos (o tempo que uma pessoa passaria no elevador).

Empreendedorismo corporativo ou intraempreendedorismo

Significa empreender dentro da organização na qual se trabalha. O intraempreendedor enxerga nos problemas do dia a dia oportunidades de crescimento para a empresa, sendo capaz de inovar sistêmica e constantemente. Descubra como implementar uma cultura intraempreendedora em sua empresa no curso online da Endeavor sobre Cultura.

Empreendedorismo social

O empreendedor social cria negócios com fins lucrativos, mas que propõem soluções inovadoras para problemas sociais ou ambientais, como lixo, educação e saúde. Ele está focado em mobilizar pessoas e trabalhar por uma causa para realizar verdadeiras transformações na sociedade.

Escalabilidade

Capacidade de replicar o produto/serviço com facilidade atendendo a um grande público ou abrangendo um grande mercado consumidor. Aprenda a escalar o seu negócio para se tornar um empreendedor de alto impacto no curso online da Endeavor sobre como Escalar e Inovar.

Incubadora

As incubadoras têm um perfil mais adequado para quem precisa de tempo e muito conhecimento para estruturar seu negócio. Depende de subsídios governamentais e provavelmente vai precisar de uma quantidade relativamente grande de investimentos para acontecer.

Investidor-anjo

Os angels são profissionais experientes que têm capital disponível para investir em novos empreendimentos. Em troca desse capital, esperam um percentual da empresa investida.

MEI

Sigla para ””””Micro Empreendedor Individual””””, é a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como empresário.

Mergers and Acquisitions (M&A)

Termo em inglês para ””””Fusões e Aquisições”””” (abreviado M&A), é tanto um aspecto da estratégia corporativa e finanças corporativas quanto compra, venda, divisão e combinação de diferentes empresas.

Networking

Ter ou estabelecer uma rede de contatos. ””””Fazer networking””””, como é empregado, costuma ser uma ótima forma de ampliar a qualidade de seus relacionamentos e transformá-los em benefício mútuo no meio profissional.

PME

É a sigla para pequenas e médias empresas. Uma pequena empresa possui de dez a 49 funcionários. Já uma empresa de médio porte possui entre 50 e 249 funcionários.

ROI

Sigla da tradução de ””””Retorno sobre Investimento””””, corresponde a um percentual da quantidade de dinheiro ganho em relação à quantidade de dinheiro investido.

Seed capital

Capital ””””semente””””, aquele capital que se capta quando o negócio está em sua fase inicial, para que ele possa dar seus primeiros passos no mercado.

Spin-off

Criação de uma nova empresa de produtos ou serviços inovadores, criados inicialmente a partir de um projeto em uma ””””empresa-mãe””””. Geralmente, os empreendedores do novo negócio trabalharam antes no desenvolvimento desse projeto na empresa-mãe, que gerou o spin-off.

Stakeholders

Stakeholders são todos os impactados pelo negócio, sejam eles sócios, acionistas, funcionários, clientes ou segmentos da sociedade.

Startups

Uma empresa projetada desde o início para ser grande! Eric Ries, autor do livro ””””Lean startup””””, define startup como ””””um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza””””. Descubra ferramentas para começar o seu negócio no curso online da Endeavor para Startups.

Validação

Ter alguém validando sua ideia, ou seja, se tornando um cliente, usuário, ou estando engajado de qualquer forma ativa em seu negócio, é o sinal verde de que ele pode dar certo. Mas a validação é um exercício constante, um processo que exige flexibilidade, agilidade e resiliência para recomeçar diversas vezes e não desistir.

VC (Venture Capital)

Traduzido como ””””capital de risco””””, os VCs apoiam empresas de pequeno e médio porte já estabelecidas e com potencial de crescimento. Com duração média de 5 a 7 anos, os recursos investidos financiam as primeiras expansões, levando o negócio a novos patamares no mercado.

Fonte: Administradores

 

Ser franqueado também é ser empreendedor

franqueado

Quando se fala em franquia, ainda existe um mito de que nada é permitido ao futuro franqueado, e que o seu principal papel é ser um mero seguidor de regras. Essas franquias estão em extinção, ou deveriam estar, pois cada vez mais, os franqueados são parte integrante do desenvolvimento e inovação de produtos e processos de um negócio.

Franqueadores buscam empreendedores que coloquem em prática as ações e orientações daquilo que já foi testado e deu certo. Um franqueado terá de saber liderar e motivar uma equipe, decidir sobre as atividades do dia a dia, colocar metas individuais, e acompanhar seus resultados e saber sempre onde ainda pode melhorar.

Mas nem todos terão perfil para ser um franqueado, ou por acharem que o franqueador terá a obrigação de fazer tudo por ele, ou até aqueles que em outro extremo querem fazer tudo absolutamente sozinhos. Ser franqueado é trabalhar em equipe o tempo todo e de forma muito sincronizada com o seu franqueador.

Muitas vezes, descobrir que você não tem o perfil para um determinado negócio é a melhor notícia que você, como investidor, pode receber de um franqueador (o dono da marca), pois é uma forma dele preservar seu investimento para que ele seja feito em negócios que aproveitem muito melhor sua capacidade e experiências anteriores.

Como as franqueadoras fazem para identificar, dentre todos os interessados, os melhores empreendedores para fazer parte de sua rede e representar sua marca?

Além da disponibilidade de capital para investimento, é fundamental que o futuro franqueado tenha tempo disponível em quantidade suficiente para se dedicar à operação do negócio. De maneira geral, quanto mais complexa a operação, maior a influência da dedicação do franqueado nos resultados da unidade.

Embora a maioria das franqueadoras não exija que seus franqueados tenham experiência anterior em seus segmentos de atuação, elas avaliam a maturidade profissional do candidato. Buscam saber quais suas realizações anteriores, o que agregaram e se foram peças importantes para o crescimento das empresas em que atuaram.

Essas informações trazem indícios do potencial que o candidato tem para desenvolver o seu negócio.

Outro ponto avaliado é se o perfil do candidato está alinhado com o modelo do negócio que ele pretende administrar. Um franqueado com perfil comercial e bom relacionamento, por exemplo, pode fazer toda a diferença em uma rede de serviços que atue no segmento B2B.

No caso de sociedades, é desejável que todos os sócios tenham perfis adequados ou, ao menos, complementares. O conhecimento da região em que se pretende atuar também é vital para muitos modelos de negócio e pode desequilibrar a balança caso o franqueador tenha que optar entre dois candidatos.

Por fim, as franqueadoras buscam franqueados que acreditem em seu modelo de negócio, que sejam bons parceiros e queiram crescer junto com ela, inclusive abrindo mais unidades. Por isso, só um empreendedor tem como objetivo continuar a crescer, e são estes perfis que os franqueadores mais buscam.

Fonte: UOL

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Universidades estimulam o empreendedorismo

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 Professor Eduardo Zancul com os alunos da Poli Jr.

Cris Olivette
Incentivar o empreendedorismo entre seus membros, enquanto prestam serviços de consultoria para pequenas e médias empresas, é o objetivo das empresas juniores instaladas nas universidades.

Em atividade há 25 anos, a FGV Jr. foi a primeira empresa júnior da América Latina. “Esse movimento começou na França, na década de 1960. Ele foi comandado por alunos que queriam colocar em prática o que aprendiam na universidade. A ideia foi trazida para o Brasil pelos alunos da Fundação Getúlio Vargas”, conta o diretor de marketing da FGV Jr., André Tayra.

Ele afirma que o objetivo do negócio é criar soluções estratégicas para pequenas e médias empresas que já estejam estruturadas no mercado, e tenham faturamento acima de R$ 2 milhões. “Como os alunos aprendem o que é gestão na prática, têm contato com clientes e fornecedores, e criam uma grande rede de contatos, muitos membros acabam empreendendo.”

Tayara afirma que passar pela empresa júnior serve de incentivo para empreender. “Estimulamos o espírito empreendedor, que não é necessariamente querer abrir um negócio, mas sim fazer algo diferente e resolver problemas da sociedade. Nossa forma de encorajar o empreendedorismo é ajudando outras empresas a crescer, impulsionando a economia do País.”

O Mackenzie também tem uma empresa júnior que presta consultoria em diversas áreas. Mas lá, o incentivo ao empreendedorismo ganhou um projeto específico há quatro anos, dividido em três eixos. “O primeiro visa criar uma cultura interna de incentivo ao desenvolvimento de competências empreendedoras”, diz o responsável pelo Núcleo de Inovação e Tecnologia, Alexandre Nabil Ghobril.

Entre as ações estão palestras mensais com empresários bem sucedidos, concurso anual de empreendedorismo e a feira de projetos Mack Midi. “O segundo eixo é a incubadora, que oferece dois estágios. Um para a pré incubação, quando a ideia está sendo aprimorada. Se for bem sucedido, o projeto segue para a incubadora. Hoje, apoiamos 25 projetos. Já o terceiro eixo, trata da propriedade intelectual”, conclui.

“Incentivar o empreendedorismo está no cerne da instituição”, afirma o reitor do Instituto Mauá de Tecnologia, José Carlos de Souza Junior. Segundo ele, além de manter a Mauá Jr., onde alunos oferecem consultoria em engenharia, tecnologia da informação e design de produto, a Mauá realiza a feira anual Eureka, na qual os projetos de conclusão de curso são apresentados durante três dias. “Todos os anos, 480 alunos concluem os cursos e produzem cerca de 150 projetos.”

“Recentemente, criamos com o International Entrepreneurship Center (IEC), o Projeto de Educação Empreendedora – Eureka 2014. Agora, oferecemos um mentor para acompanhar cada projeto, com a missão de incentivar os alunos tratar as ideias como oportunidade de negócio.”

O reitor afirma que os criadores dos dez projetos mais empreendedores da Eureka 2014, poderão indicar um representante para passar por uma imersão em empreendedorismo por uma semana no Boston College (EUA), e apresentar os projetos a investidores americanos.

Inaugurado em 2013, o laboratório InovaLab está instalado nas dependências da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), mas é voltado aos estudantes de toda a universidade. “É um espaço aberto, com horário estendido e equipado com softwares, impressora 3D, oficina mecânica, furadeiras, ferramentas manuais e máquinas avançadas”, diz o vice- coordenador do InovaLab, Eduardo Zancul.

Ele afirma que em um estágio preliminar de criação de uma empresa, os alunos podem usar o InovaLab para desenvolver o produto e fazer reuniões. Zancul afirma que a Poli também oferece a disciplina optativa Empreendedorismo aos sábados de manhã, que atrai uma quantidade enorme de pessoas. “Em três anos, já passaram por ela mais de 400 alunos.”

Já o diretor de mercado da Poli Jr. , Thiago Audi Casseb, afirma que muitos pequenos e médios empresários recorrem a empresa para solicitar projetos. “Oferecemos qualidade semelhante a de mercado, por um preço menor.”

Casseb conta que o ambiente de criação e inovação da empresa faz com que muitos ex-membros sigam o caminho do empreendedorismo. “Até por esse motivo, criamos a competição de modelos de negócios Ser Empreendedor, aberta para todos os alunos da USP. No ano passado, recebemos inscrição de 36 equipes”, conclui.

A coordenadora do Centro de Empreendedorismo e Inovação (Cempi) do  Insper, Cynthia Serva, afirma que a meta da instituição é desenvolver nos alunos a capacidade de transformar ideias em realidade, gerando oportunidades tanto para si como para a comunidade. “A leitura que fazemos de formação empreendedora é inovação e ação. Queremos que nossos alunos tenham a capacidade de fazer as coisas acontecerem, seja para o seu negócio ou para sua carreira executiva.”

Cynthia diz que esse enfoque vale tanto para alunos de graduação quanto de pós-graduação. “Queremos formar alunos inovadores, que percebam oportunidades e consigam fazer um mapeamento do mercado. Por isso, realizamos competições de planos de negócios e de geração de ideias, além de promover networking e encontros com empreendedores.”

Ela conta que a partir de 2015 o Insper terá cursos de engenharia mecânica, mecatrônica e da computação. “Queremos que a turma de engenharia atue em conjunto com alunos da escola de negócios. Com essa sinergia, eles poderão desenvolver produtos em parceria.”

O que rola:

Fundação Getúlio Vargas
A FGV Jr. existe há 25 e tem por objetivo oferecer soluções estratégicas para pequenas e médias empresas já estruturadas

Mackenzie
Além da empresa júnior, instituição criou projeto de educação empreendedora, dividido em três eixos, incluindo incubadora

Mauá
No instituto de tecnologia estudantes contam com feira Eureka para apresentar projetos que conta agora com apoio do International Entrepreneurship Center

Poli – USP
Universidade criou o laboratório InovaLab, repleto de equipamentos, com horário estendido, onde alunos transitam com liberdade

Insper
Instituto quer formar aluno inovador. A partir de 2015 terá cursos de engenharia e criará sinergia com alunos de negócios

Fiap
Faculdade trocou a exigência do trabalho de conclusão de curso, pela obrigatoriedade de criar uma startup. Isso vale para alunos de graduação e de MBA.

 

Fonte: Estadão