Por que o Facebook comprou o Whatsapp?

Entenda por que a maior rede social do mundo pagou US$16 bilhões pelo app de mensagens.

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O valor atual de mercado do Facebook é de US$173 bilhões. Isso significa que a compra do Whatsapp, confirmada nesta última quarta-feira, representa 11% do valor de mercado da rede social de Zuckerberg. Mas por que pagar um valor tão grande por um aplicativo de mensagens instantâneas?

Dispositivos móveis são a resposta para a pergunta. Smartphones e tablets já são os gadgets mais vendidos da atualidade, enquanto que o mercado corporativo de PCs vem sofrendo queda nas vendas nos últimos anos. Além disso, os dispositivos móveis já se tornaram uma tendência global e prometem se tornar a plataforma tecnológica mais utilizada ao redor do mundo. Isso explica a diferença de valores, por exemplo, entre a aquisição do Youtube por US$1,65 bilhões e a aquisição do Whatsapp por US$16 bilhões (US$12 bilhões em ações e US$4 bilhões em dinheiro).

O Facebook já vinha observando essa tendência de mobilidade. Tanto que iniciou algumas mudanças estratégicas no aplicativo Messenger para se adaptar aos smartphones e criar uma experiência móvel na rede social. No entanto, as mudanças não surtiram o efeito desejado, por isso Zuckerberg resolveu adquirir uma solução para capturar a audiência global de mensagens instantâneas em dispositivos móveis. O Whatsapp obteve um crescimento mais rápido do que o próprio Facebook, tendo alcançado mais de 400 milhões de usuários em cerca de 4 anos. Atualmente, o app é baixado 1 milhão de vezes por dia e possui um público jovem significativo, algo que a maior rede social do mundo também vem tentando reconquistar.

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A oportunidade de conquistar mercados de países emergentes também é um dos pontos importantes na compra do Whatsapp . O app é muito popular fora dos Estados Unidos, em lugares como América Latina e especialmente a Índia. As razões para essa popularização são o fato do app ser gratuito nos primeiros 12 meses e cobrar apenas US$1/ano a partir do segundo ano, e seu baixo consumo de dados para o envio de mensagens. Isso se torna muito atrativo em países onde os planos de telefonia são caros, algo comum nos países emergentes.

Mesmo assim, especialistas em tecnologia ao redor do mundo se impressionaram com o valor pago pelo Facebook na compra do aplicativo. Ainda que cada usuário pagasse 1 dólar ao ano como assinatura do aplicativo, ele renderia apenas US$ 450 milhões e não US$ 16 bilhões. Isso levanta um questionamento sobre como o app consegue ter retorno financeiro com seu modelo de negócios. A resposta pode estar no uso da tecnologia de Big Data. As mensagens, fotos, vídeos e áudio que são compartilhadas no Whatsapp são armazenadas pela companhia. Essas mensagens contém opiniões, preferências, vontades e uma série de outros dados pessoais muito importantes para as empresas que, quando corretamente analisados pelos profissionais de Big Data, ajudam a criar produtos e serviços que atendam às necessidades reais das pessoas.

A compra do Whatsapp mostra um movimento defensivo por parte do Facebook, que busca criar uma experiência móvel agradável para os usuários dentro da rede social. Adquirir o Whatsapp, no entanto, é muito mais do que uma estratégia móvel bem planejada. É a tentativa de obter dados de um novo público em um mundo onde informação é a moeda de troca mais valiosa.

 

Fonte: Comstor

Simples Nacional bem mais rápido para abrir uma empresa

Afif Domingos anuncia sistema que permitirá reduzir o processo de 150 para apenas 5 dias.

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O governo promete, para junho, a diminuição do prazo para abertura de empresa, da atual média de 150 dias, para apenas 5 dias. De acordo como ministro da secretaria da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, o feito se dará graças à implantação da Redesim – Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, que irá simplificar o processo de abertura e fechamento de empresas.

O assunto será tema da primeira reunião do Conselho Interministerial de Avaliação do Simples Nacional, a ser instalado amanhã pela presidenta Dilma Rousseff. “Quem presidirá as reuniões normalmente será o ministro da micro e pequena empresa. Mas, nesta primeira, a presidenta fez questão de comandar”, disse o ministro a empresários na reunião do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, realizada ontem na Confederação Nacional do Comércio (CNC).

De acordo com Domingos, até o dia 30 de junho estará no ar o portal Empresa Simples, que possibilitará a redução do prazo, porque vai unificar todas as etapas necessárias para a abertura da empresa, como a das licenças para o funcionamento, a do registro na Junta Comercial e a da inscrição do CNPJ na Receita Federal. “O portal permitirá que os dados trafeguem dentro de uma só ferramenta, sem que seja necessário o empresário viajar de um órgão para o outro”, disse o ministro.

Além de facilitar a abertura e o fechamento das empresas, o site será uma espécie de “portal de negócios”, informou o ministro. “Haverá espaço para a criação de um catálogo empresarial, onde as empresas poderão inserir os seus dados e falar dos seus produtos”, sinalizou o ministro. Também haverá mecanismo de procura e oferta de tecnologia.

Para a meta de redução no prazo ser alcançada, o ministro observa que governos estaduais e municipais, em conjunto com empresários, precisam aderir localmente à campanha de desburocratização. Para isso, Domingos está percorrendo o país naquilo que chama de “caravana da simplificação”. Segundo o ministro, o processo hoje é lento porque “cada um (estados e municípios) tem uma exigência, cada um tem uma regra. Agora haverá um balcão único, com registro único, e a nossa meta é diminuir o prazo de abertura e fechamento de empresas. Hoje, são aproximadamente 150 dias, vamos reduzir para cinco dias”.

Outro assunto na pauta da reunião de amanhã é a votação, no Congresso, das mudanças no Estatuto da Micro e Pequena Empresa. A matéria preconiza a universalização da entrada das Micro e Pequenas Empresas no Simples, independentemente de sua classificação, e a reformulação das regras de substituição tributária. O projeto foi aprovado por unanimidade na Comissão Especial que tratou do assunto na Câmara no final do ano passado e ainda precisa ser apreciado no Plenário da Casa e no Senado. O ministro afirmou que obteve do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB – RN), a garantia de que o projeto será votado ainda na primeira quinzena de março.

Mas o projeto encontra resistência, especialmente na bancada paulista e no Ministério da Fazenda, que tem em perdas de arrecadação. Um dos pontos polêmicos é que o altera o enquadramento no Supersimples, deixando de ser por categoria profissional. O único critério passaria a ser o faturamento. Estaria enquadrada qualquer empresa com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões. Outro ponto controverso é a mudança na forma de cobrança. O projeto propõe extinguir a substituição tributária que, no entender de Domingos, faz com que os pequenos paguem mais impostos. Para o ministro, esse modelo de tributação acaba por anular os benefícios do Simples, já que as micro e pequenas pagam o valor cheio do imposto, sema redução a que teriam direito pelo programa.

Fonte: Brasil Econômico

 

 

Qual a melhor solução quando o caixa está baixo?

Quando o empreendedor deseja reverter a falta de capital é preciso se atentar para algumas dicas antes de tomar qualquer decisão.

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Além da pesada carga tributária brasileira, a falta de capital pode ser considerada uma das principais dificuldades das empresas. No entanto, quando o empreendedor deseja reverter a situação e ressurgir, “alternativas para enfrentar o problema é o que não faltam”, revela Batista Gigliotti, presidente da Fran Systems, estratégia e desenvolvimento de negócios.

Saber qual das alternativas são mais rentáveis e seguras para o negócio, porém, são detalhes que muitas vezes, na euforia do momento, o empreendedor se esquece de avaliar com a devida atenção.

Gigliotti, que possui mais de 30 anos de experiência no segmento, revela algumas dicas para o empreendedor se atentar antes de assinar ou adquirir qualquer recurso extra:

Refletir: antes de levantar capital externo, é vital que o empreendedor avalie porque a empresa está nesta delicada situação. Para evitar desperdícios, produtividade aquém do planejado, falta de controle do fluxo de caixa, entre diversos itens, muitas vezes, é necessário muito mais que capital financeiro;

Planejamento: saber para onde caminhar após o aporte financeiro é muito importante. Traçar metas alcançáveis e promissoras de acordo com a realidade do mercado (e da empresa), contar com um plano de negócios alinhado, além de auxilio externo de algum profissional pode render importantes conquistas a médio e longo prazo;

Financiamentos: ao contrário do senso comum, na grande maioria das vezes, recorrer à primeira instituição bancária que oferece auxílio pode sacramentar o fracasso da recuperação econômica da empresa. Como as taxas variam muito, é importante checar as melhores alternativas dos muitos tipos de investimentos no mercado;

Reinventar seu negócio: durante o processo de recuperação financeira, é estratégico para o empreendedor pensar em como reinventar sua empresa. Produtos e serviços novos, conceitos diferentes do mercado, serviço de pós-venda. Sempre há espaço para aperfeiçoar e melhorar o negócio.

 

Fonte: administradores.com.br

 

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Burocracia tributária cria nova divergência

1380568048_JudgeO setor privado brasileiro a Receita Federal  e o Congresso Nacional jogam, um para outro, a responsabilidade sobre a complexa legislação tributária e o excesso de burocracia. Enquanto os empresários culpam o fisco pela confusão no entendimento das regras, este culpa o Congresso por não ser mais claro em suas decisões, que por sua vez atribui a responsabilidade à Receita. “Também detestamos a burocracia. Nossa função é de administrar as regras tributárias que o Congresso decide”, disse ontem o coordenador-geral e subsecretário de Fiscalização Substituto da Receita, Iágaro Jung Martins, durante seminário sobre burocracia tributária na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Contudo, o deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), ao defender a casa, afirmou que o Congresso, “na verdade, melhora o que a Receita envia” de novas normas.

Do lado das empresas, além de enfrentar problemas com a complexidade das regras, há também um custo crescente para lidar com a legislação. Segundo a gerente de planejamento e contencioso tributário da Siemens, Sandra Juliana de Oliveira, a resistência dos estados em mudar o ICMS impossibilita uma reforma tributária. Mas o tributo não é o único problema. “O manual do PIS e da Cofins no site da Receita tem 1.334 páginas, sendo 24 páginas só de índice, e isso é só para dois impostos”, criticou. “Na Alemanha precisam de apenas quatro pessoas para fazer a mesma coisa que 40 fazem no Brasil”, diz.
Segundo o Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, em média, a indústria de transformação gastou 1,16% do faturamento em 2012 para pagar impostos. “Proporcionalmente, as que mais gastaram foram as pequenas, com R$ 6 bilhões de despesas em 2012, o que pesa mais do que os R$ 13,57 bilhões das grandes”, disse o diretor do departamento, José Roriz Coelho.
Divergência entre Receita e Congresso afeta setor privado

Há uma grave divergência entre setor privado brasileiro, Receita Federal e o Congresso Nacional no que diz respeito à legislação e à burocracia tributárias. Enquanto os empresários culpam o fisco pela confusão no entendimento das regras, este culpa o Congresso por não ser mais claro em suas decisões, que por sua vez coloca a responsabilidade na Receita.
Essa situação foi exposta ontem durante seminário sobre o tema realizado pela Federal das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp). Após reclamações de especialistas de tributação que atuam em grandes empresas, presentes no evento, os representantes do fisco tentaram mostrar que também são contra o sistema tributário atual e quem decide sobre a legislação é o Congresso.
“Também detestamos [Receita] a burocracia. Nossa função é administrar as regras tributárias que o Congresso decide”, disse o coordenador geral e subsecretário de Fiscalização Substituto da Receita, Iágaro Jung Martins.
Contudo, o deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), ao defender sua casa, afirmou que o Congresso, “na verdade, melhora o que a Receita envia” de novas normas. “O Congresso decide o que é democraticamente imposto [pelo fisco]”, brincou, causando comoção da plateia.
Em seguida, ele elogiou a atuação da Receita, ao dizer que houve uma evolução nos últimos anos pela eficiência na arrecadação e por deixar de avaliar o contribuinte como “ladrão” (sonegador). “O problema ainda está na simplificação tributária”, acrescentou o deputado federal.
Para o ex-presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP), apesar da evolução digital para o recolhimento dos impostos, originado pelo Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), não houve simplificação. “O eSocial [digitalização da folha de pagamento] apenas junta em um único documento todas os documentos trabalhistas, não os elimina”, criticou.
O subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita, Carlos Roberto Occaso, explicou que há uma tendência para simplificação das normas tributária, questão essa pedida pelo próprio secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto. “Para as empresas optantes pelo Lucro Presumido vamos eliminar a necessidade de preencher o Dacon [Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais]”, exemplificou.
Na opinião do sócio da LCA Consultores, Bernard Appy, a solução para resolver essa divergência e confusão com relação às regras tributárias é realizar uma ampla reforma.

Setor privado
Segundo a gerente de Planejamento e Contencioso Tributário da Siemens, Sandra Juliana de Oliveira, o fato da reforma tributária ter dificuldades para ser concluída é devido o Imposto sobre a Circulação de Bens e Mercadorias (ICMS), por ser gerido diferentemente em cada estado. Porém, para ela, os tributos mais trabalhosos são a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Programa de Integração Social (PIS).
“O manual do PIS e da Cofins no site da Receita tem 1.334 páginas, sendo 24 páginas só de índice, e isso é só para dois impostos. Além disso, são tributos geridos por um único órgão, o governo federal. Não por 27 como o ICMS. Não consigo entender porque existem 313 normas e como por 94 vezes um técnico da Receita formula uma instrução normativa para apenas dois tributos”, criticou durante sua palestra.
Somado a esse fato, Sandra comentou que há uma dificuldade muito grande para explicar para sua matriz na Alemanha que a filial brasileira precisa gastar dez vezes com pessoal na área tributária. “Na Alemanha precisam de apenas quatro pessoas, para fazer a mesma coisa que 40 fazem no Brasil”, diz.
O diretor tributário da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Marcelo Martins da Fonseca, que fez o levantamento junto com Sandra, informou ainda que pelo número de filiais da empresa em todo o País, a CSN tem 360 obrigações acessórias para serem realizadas e conta com 140 profissionais dedicados apenas para atender as normas tributárias.
Segundo estudo do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, em média, a indústria de transformação gastou o equivalente a 1,16% do faturamento em 2012 para pagar impostos. “Proporcionalmente a que mais gastou foram as pequenas. Os R$ 6 bilhões de despesas que elas tiveram em 2012, pesa mais no faturamento delas, do que a despesa de R$ 13,57 bilhões que as grandes companhias tiveram no ano”, apontou o diretor titular do departamento, José Ricardo Roriz Coelho.

 

Fernanda Bompan
Fonte: DCI – SP