Por que ter o PCMSO e PPRA

Com inúmeras vantagens para o empregador e para o empregado a implantação dos programas PCMSO e PPRA nas empresas tem como objetivo principal:

  • – prevenir os acidentes de trabalho;
  • – reduzir a perda de material e de pessoal;
  • – permitir o ganho na otimização dos custos;
  • – diminuir os gastos com saúde;
  • – aumentar a qualidade, produtividade e a competividade.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) visa à preservação de saúde e de integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. O principal objetivo do PPRA é fazer da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais uma forma de eliminar ou minimizar os riscos para os trabalhadores, melhorando o desempenho do trabalho.

Já o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é um programa que especifica procedimentos e condutas a serem adotadas pelas empresas em função dos riscos aos quais os empregados se expõem no ambiente de trabalho. Seu objetivo é prevenir, detectar precocemente, monitorar e controlar possíveis danos à saúde do empregado. Implementar o PCMSO é importante, sobretudo para cumprir a legislação em vigor. Além disso, as empresas que implantam esse programa podem estar prevenindo possíveis consequências jurídicas decorrentes do aparecimento de doenças ocupacionais, como processos cíveis, criminais e previdenciários.

Esses programas, além de serem exigidos pela lei, também visam preservar o empregador de possíveis afastamentos, acidentes de trabalho, redução da insalubridade e, se bem utilizados, geram uma grande economia às empresas.

Por que ter o PPRA e o PCMSO?

A lei obriga as empresas a controlar e proteger a saúde dos seus trabalhadores sob pena de fiscalização, multas e reclamações trabalhistas. Todas as empresas deverão ter, além de outros documentos, o PPRA da empresa e o PCMSO dos seus empregados.

[NFe] CEST: Obrigatoriedade de Preenchimento Prorrogada novamente, para Julho/2017

O CONFAZ em reunião extraordinária realizada em Brasília, decidiu por prorrogar a obrigatoriedade do preenchimento do campo CEST de outubro de 2016 para julho de 2017. A medida, desde sua prorrogação anterior – que noticiamos aqui – vem favorecer novamente a qualidade da informação que é setada nas Notas Fiscais: o contribuinte é responsável pelo preenchimento correto do campo, o que tem gerado muitas dúvidas. O preenchimento incorreto causaria um grande impacto no faturamento das empresas, causado pelas rejeições nas SEFAZ.

A expectativa é a de que com um período maior o órgão emita uma tabela oficial para o campo CEST orientando assim o contribuinte a se adequar mais rapidamente.

O Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ, na sua 268ª Reunião Extraordinária, realizada em Brasília, DF, no dia 12 de setembro de 2016,tendo em vista o disposto nos arts.6º a9º da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, bem como na alínea “a”do inciso XIII do§ 1ºe no§ 7ºdo art.13 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e nos arts. 102 e 199 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), resolve celebrar o seguinte

CONVÊNIO

Cláusula primeira O inciso I da cláusula sexta do Convênio ICMS 92/15, de 20 de agosto de 2015, passa a vigorar com a seguinte redação:

“I- ao§1º da cláusula terceira, a partir de 1º de julho de 2017;”.

D.O.U – Página 29 – Seção 1 – 13/09/2016

Confira aqui o documento na íntegra.

5 atitudes matadoras para conseguir dinheiro emprestado em seu banco!

Ter os números de sua empresa e demonstrar confiança demonstram confiança e facilitam a concessão de empréstimos.

Em 15 anos trabalhando como consultor financeiro e atendendo a empresas de diversos segmentos, percebi que alguns comportamentos entre empresários e gerentes de bancos são um tanto corriqueiros. De um lado o empresário faminto por capital de giro, muitas vezes com diversos credores em seu calcanhar. Do outro lado o gerente de contas, profissional cada vez mais dependente do “sistema do banco” que analisa, como de uma forma mágica, os indicadores financeiros e acapacidade de pagamento dos seus clientes.

A característica da função do gerente de contas em um banco vem sofrendo uma verdadeira metamorfose nos últimos anos. O papel, outrora focado no relacionamento de longo prazo com os clientes, carregado de status e tempo para o “cafezinho” em cada atendimento é hoje resumido em uma única função: “vendedor de produtos bancários”. Neste novo papel, o gerente da sua conta já não conhece a fundo o seu negócio e as necessidades da sua empresa, não avalia e pondera a potencialidade dos seus projetos,  não demonstra autonomia para decidir em conceder o empréstimo, mas com certeza será punido por sua inadimplência caso ela ocorra. Os tempos mudaram, e com ele mudaram também as regras do jogo. Esqueça a ideia de que vai conseguir o dinheiro que precisa apenas porque sua empresa esta com o nome limpo na praça, esta é só a primeira análise que seu gerente tem que fazer. Vejamos então quais são os principais critérios que ajudarão a você empresário a conseguir seu empréstimo:

  1. Administre seu rating. Um dos pontos mais importantes na análise financeira dos bancos é o chamado “rating” que nada mais é do que a classificação de risco de crédito do cliente. Os bancos calculam o rating ponderando as informações cadastrais e financeiras de sua empresa. Na esfera cadastral, informações como tempo de empresa, restritivos, pontualidade dos pagamentos, inadimplência dos clientes  e passivo tributário são relevantes; já na esfera financeira a evolução do faturamento, liquidez, rentabilidade, informalidade e indicadores de balanço tem maior peso. Conhecer estes indicadores e os manter sob controle em sua empresa pode fazer toda a diferença entre estar ou não habilitado para o empréstimo.
  1. Solicite o empréstimo com boa antecedência. Não há nada mais assustador para o seu banco do que um empresário precisando de capital de giro para cobrir a folha de pagamento no dia de pagar os funcionários. Procurar seu gerente com dias ou até semanas de antecedência demonstra controle financeiro e domínio sobre o seu fluxo de caixa, o que com certeza conta pontos.
  1. Ofereça garantias. Como todo mundo que já emprestou dinheiro alguma vez na vida, o seu banco também prefere não correr muitos riscos, desta forma se você puder oferecer algo em garantia suas chances aumentam muito. Garantia para um empréstimo pode ser um ativo físico como imóveis, equipamentos e automóveis, mas também pode ser estoques, recebíveis de clientes ou até mesmo o aval de sócios. O importante é saber que a quantidade de garantias é inversamente proporcional a taxa de juros.
  1. Deixe claro o problema, a causa e a solução. Demostrar para o seu gerente que você sabe exatamente o que causou o déficit em seu fluxo de caixa e que o capital será empregado especificamente para este fim é melhor do que chegar ao banco sem saber o que o atingiu e o que vai fazer para resolver seu problema. Lembre-se que a falta de dinheiro nunca é uma causa e sim um sintoma, descubra o problema e demostre a seu gerente que você sabe o que esta fazendo.
  1. Demostre boa capacidade de gestão. Se um gerente nos dias de hoje ainda pode interferir – ainda que pouco – em favor do seu cliente na análise de crédito, ele só o fará se tiver certeza da capacidade do mesmo na gestão de suas finanças. Pode parecer que não, mas esse é um atributo muito importante na análise de crédito: nenhum banco quer receber um equipamento ou imóvel como quitação de um empréstimo e a melhor forma de reduzir este risco é emprestando dinheiro a empreendedores com capacidade comprovada em gerir suas finanças.

Seguindo estes 5 passos as suas chances de conseguir se apresentar de forma qualificada ao seu gerente aumenta substancialmente, já que para ambos os lados o empréstimo poderá ser realizado com riscos calculados e administrados.

O tempo de informalidade para se conseguir um “papagaio” já passou; hoje a única forma de se conseguir um empréstimo a juros aceitáveis é se preparando. Boa sorte!

Quer fazer promoção dos seus produtos? Cuidado para não pagar para vender!

É comum nos primeiros meses do ano que os empresários de varejo optem em realizar promoções de “queima de estoque” para incentivar o consumo em um período caracterizado pela baixa nas vendas – onde os consumidores geralmente estão mais preocupados com o pagamento de despesas do período como o IPVA, IPTU e o material escolar.

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Todo cuidado é pouco na hora de efetuar uma queima de estoque. Sem calcular os riscos, o lucro desaparece.

 

Essa estratégia de marketing é muito válida, e em conceito eficiente, já que todo bom empresário sabe que “estoque que não sai da prateleira é dinheiro parado”. O ideal para qualquer empresa é buscar liquidez financeira sempre, ou seja: ter dinheiro no caixa, e nada melhor para melhorar o fluxo de caixa do que queimar estoque excedente, mantendo bons indicadores e a boa saúde da empresa. O problema é que muitas partem da estratégia à ação sem uma criteriosa análise de formação de preços e por isto desconhecem seus custos diretos e indiretos e consequentemente suas margens de lucro.

O fundamental antes mesmo de pensar nas políticas de desconto a oferecer é conhecer detalhadamente a matriz de custos dos seus produtos, separando-os entre custo da mercadoria, custos diretos como impostos e comissões e o mais difícil: o percentual de rateio de todos os demais custos indiretos como despesas administrativas, comerciais, financeiras, entre outras.

A essa altura do artigo talvez o leitor esteja se perguntando: “Mas pra que todo esse trabalho se eu tenho 100% de lucro nos produtos que revendo? Com certeza este percentual é suficiente para cobrir todos estes custos e me gerar um bom resultado”.

Bem, é aí que geralmente vemos muitos comerciantes que faturam cada vez mais reclamar que não enxergam um resultado proporcional em seu fluxo de caixa no final do mês. Para entender melhor essa lógica de aplicar 100% sobre o custo do produto revendido, vamos olhar o exemplo abaixo para um produto que foi comprado por R$ 10,00 e revendido por R$ 20,00.

 

Tabela de Custos Exemplo com Margem de Lucro 100%
Tabela de Custos Simulada com todos os custos estimados para um produto que teve como base o feeling de “Segurança na margem de 100%” para revenda.

 

Agora caro leitor, finalizemos esse artigo imaginando que o empresário fictício em sua estratégia cega de queima de estoque no início de ano promoveu o mesmo produto de prateleira da tabela exemplo com desconto de 20%, já que em sua conta baseada em feeling ele presumiu que ainda assim sobraria 80% de gordura para pagar os custos da venda. Nesse caso, nosso amigo comerciante entregaria o produto a seu cliente de graça e ainda pagaria R$ 2,04 por cada unidade vendida nessa ação.O que a tabela acima nos mostra é a realidade de muitas das pequenas empresas de comércio varejista em nosso país: o custo do produto revendido de R$ 10,00, depois de apropriarmos todos os custos diretos e indiretos, tem na verdade uma lucratividade de apenas 9,74%, ou seja: em uma venda de R$ 20,00 o lucro auferido foi de apenas R$ 1,96. E isso porque no exemplo consideramos zero de comissão para vendedores, o que se praticarmos o percentual do mercado, o lucro desta venda cairia para alguns centavos.

Isso explica muito sobre o caso de empresas que quebram com o crescimento do faturamento e baixam suas portas sem nem sequer imaginar os reais motivos do insucesso.

A boa notícia ao amigo leitor, é que hoje o empresário conta com diversos sistemas de gestão empresarial no mercado, a preços acessíveis e até mesmo com plano gratuito. Com conteúdo abundante em sites e blogs especializados, além de consultoria financeira voltada a atender o mercado de pequenas empresas de forma exclusiva. Cabe ao gestor de pequenas empresas se preparar para conhecer seus custos com exatidão, porque como vimos, o custo de não conhecer pode ser infinitamente – e porque não dizer? – fatalmente maiores.