Nova regra contábil prejudica fluxo de caixa das empresas

Por Fernanda Bompan

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Especialistas afirmam que os efeitos da Medida Provisória 627, que colocou fim ao Regime Tributário de Transição (RTT), devem afetar o fluxo de caixa das empresas, cujas consequências são piores para os negócios de porte menor, por ter menos recursos. O resultado final disso é menos dinheiro para investir, o que leva a estagnação ou diminuição da produção nacional. Outro fator que esta medida prejudica é a intenção de internacionalização das companhias tanto as grandes quanto as médias ou pequenas.

O CEO da Sevilha Contabilidade, Vicente Sevilha, explica que antes da medida aquela empresa que obtinha lucro no exterior por meio de um investimento (construção de uma fábrica ou uma participação acionária) pagava tributos sobre esse ganho quando o recebia. Com a norma, o tributo deve ser pago antes de a companhia receber o lucro de fato, quando ele é reconhecido na filial ou onde está o investimento.

“Para ter que pagar a tributação, o empresário terá que retirar do seu fluxo de caixa. Em casos de empresas grandes, que têm um lucro em uma filial, pode receber esse ganho antes de ter que pagar o tributo. Mas se uma empresa pequena tiver lucro por conta de uma ação que comprou de outra companhia, fica mais difícil quitar o imposto com o próprio caixa”, exemplifica.

O advogado do Diamantino Advogados Associados, Marcelo de Almeida, afirma que esse impacto em pequenas empresas por ter investimento no exterior só irá aumentar a carga tributária se a companhia que recebeu o recurso for também brasileira.

Na opinião de Sevilha, não só o investimento na produção ou para o crescimento do negócio, fica comprometido, quanto haverá a necessidade de se analisar melhor a internacionalização. “Se para abrir uma fábrica na China, uma companhia irá gastar US$ 100 milhões, e a perspectiva de lucro é de US$ 10 milhões, talvez precise de US$ 103 milhões para ter uma reserva e pagar o tributo. Sabendo que essa situação acontece, o investidor pode ficar receoso”, aponta o especialista.

O advogado cita ainda que a consequência do aumento da tributação após obter lucro no exterior pode gerar uma diminuição na distribuição do lucro aos acionistas aqui no Brasil. “Isso pode gerar um descontentamento do investidor, não na empresa, mas sim, do governo, o que pode mudar o planejamento em elevar investimentos”, diz.

Almeida comenta ainda que há uma chance dessa medida vir a ser revogada. “A MP ainda não foi convertida em lei, o que pode acontecer em maio. Se o artigo que trata dessa tributação [número 74] for retirada, a tributação ocorrerá somente em relação ao período de novembro ao mês que a norma foi convertida. Contudo, acredito que essa chance é baixa, porque o governo precisa elevar a arrecadação de impostos, o que a regra possibilita”, entende.

Na tramitação normal, a partir de sua publicação, a medida provisória tem força de lei, mas perde a eficácia se não for convertida no prazo de 60 dias, prorrogável uma vez por igual período.
Especialistas apontam ainda que, no caso das pequenas empresas, a MP fere o principio constitucional de que elas merecem um tratamento diferenciado nas obrigações tributárias. E que deveria criar facilidades para as pequenas cumprirem as regras, mas haverá custos extras para atender a medida provisória.

Por outro lado, eles também afirmam que a nova norma, ao impor a adequação às regras internacionais de contabilidade relacionadas ao International Financial Reporting Standards, (IFRS), deve trazer mais governança aos negócios menores, o que atrai investidores.

Objetivo
Segundo comunicado da Receita Federal divulgado na publicação da norma, em 11 de novembro, a MP tem como objetivo “a adequação da legislação tributária à legislação societária e, assim estabelecer os ajustes que devem ser efetuados em livro fiscal para a apuração da base cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica [IRPJ] e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido [CSLL] e, consequentemente, extinguindo o RTT. Além disso, traz as convergências para a apuração da base de cálculo da Contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público [PIS/Pasep], e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social [Cofins]”.

Para o advogado do Diamantino, a MP deve gerar ainda mais discussões á medida que os 100 artigos são colocados em prática pelo setor privado. Só para apreciação do Congresso Nacional dos Deputados, existem mais de 500 emendas ao texto.

 

Fonte: Fenacon

 

Qual a melhor solução quando o caixa está baixo?

Quando o empreendedor deseja reverter a falta de capital é preciso se atentar para algumas dicas antes de tomar qualquer decisão.

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Além da pesada carga tributária brasileira, a falta de capital pode ser considerada uma das principais dificuldades das empresas. No entanto, quando o empreendedor deseja reverter a situação e ressurgir, “alternativas para enfrentar o problema é o que não faltam”, revela Batista Gigliotti, presidente da Fran Systems, estratégia e desenvolvimento de negócios.

Saber qual das alternativas são mais rentáveis e seguras para o negócio, porém, são detalhes que muitas vezes, na euforia do momento, o empreendedor se esquece de avaliar com a devida atenção.

Gigliotti, que possui mais de 30 anos de experiência no segmento, revela algumas dicas para o empreendedor se atentar antes de assinar ou adquirir qualquer recurso extra:

Refletir: antes de levantar capital externo, é vital que o empreendedor avalie porque a empresa está nesta delicada situação. Para evitar desperdícios, produtividade aquém do planejado, falta de controle do fluxo de caixa, entre diversos itens, muitas vezes, é necessário muito mais que capital financeiro;

Planejamento: saber para onde caminhar após o aporte financeiro é muito importante. Traçar metas alcançáveis e promissoras de acordo com a realidade do mercado (e da empresa), contar com um plano de negócios alinhado, além de auxilio externo de algum profissional pode render importantes conquistas a médio e longo prazo;

Financiamentos: ao contrário do senso comum, na grande maioria das vezes, recorrer à primeira instituição bancária que oferece auxílio pode sacramentar o fracasso da recuperação econômica da empresa. Como as taxas variam muito, é importante checar as melhores alternativas dos muitos tipos de investimentos no mercado;

Reinventar seu negócio: durante o processo de recuperação financeira, é estratégico para o empreendedor pensar em como reinventar sua empresa. Produtos e serviços novos, conceitos diferentes do mercado, serviço de pós-venda. Sempre há espaço para aperfeiçoar e melhorar o negócio.

 

Fonte: administradores.com.br

 

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Consultoria Empresarial

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Veja como a consultoria empresarial melhora o planejamento e estratégia, visando desenvolvimento de negócios e aumento dos lucros, garantindo sucesso futuro, gerando sustentabilidade e oportunidades.

Toda empresa precisa de desenvolvimento e crescimento para sua sustentabilidade e perenidade no mercado, para tanto, necessita de profissionais capacitados, com visão estratégica e que gere excelentes resultados para a organização. Os lideres do negócio devem considerar a contratação de consultoria empresarial quando precisam de ajuda devido a intensidade de mudanças do mercado, necessidade de inovação, para perspectiva sobre o seu caminho escolhido, ou se precisam de um catalisador para gerar mudanças em suas empresas. A consultoria empresarial atua na gestão para ajudar as organizações a melhorar o desempenho, eficiência e alcançar melhores resultados, com consultores que analisam, criam, e propõem soluções para atingir metas.

Existem vários atributos que a consultoria empresarial deve ter para gerar desenvolvimento e crescimento ao negócio, características como expertise em gestão, visão de mercado, atuação estratégica, agente de mudanças, fornece objetividade, identifica problemas, ajuda o nível de desempenho, elaboração e gestão de negócios, comprometimento dos envolvidos, a obtenção de novos negócios e avanço da empresa; atuando como conselheiro da empresa para alcançar o sucesso.

Para um excelente trabalho da consultoria, o primeiro passo é a fase de descoberta, onde o objetivo é aprender o negócio do cliente. Um consultor leva um tempo para aprender o máximo possível sobre a empresa. Durante este processo, o consultor vai descobrir os detalhes da missão da empresa, seus processos em vigor, e as pessoas e profissionais envolvidos, e também todas suas interligações.

Uma vez que uma compreensão profunda foi desenvolvida, entra a fase de avaliação, onde o objetivo é identificar onde a mudança é necessária. Isto inclui identificar pontos fortes e fracos da empresa, bem como os problemas atuais e previsíveis. Também deve identificar oportunidades de crescimento de negócios, aumentar os lucros e aumentar a eficiência. Além de identificar esses problemas e oportunidades, também deve desenvolver diagnósticos, propor soluções para os problemas e planos para aproveitar as oportunidades.

Emitidos os pareceres, reflexões e concordância sobre o plano de ações, a consultoria entra na fase de implementação visando internamente aumentar lucros e eliminar desperdícios, e externamente aumentar participação no mercado e fortalecer a marca.

Com a consultoria empresarial, melhora muito o planejamento e a estratégia, visando desenvolvimento e crescimento do negócio e aumento dos lucros, ao mesmo tempo, garantir o sucesso futuro, gerando sustentabilidade, eliminando problemas e gerando oportunidades.

Fonte: Administradores

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Você entraria em um avião sem um plano de voo? A importância do planejamento e orçamento

Muito antes da decolagem de um avião, o piloto possui em mãos um plano detalhado com as todas as informações necessárias para o voo. Sem ele o avião nem vai para pista. O mesmo deve (ou deveria) acontecer nas empresas. Tudo deve começar no planejamento!

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Muito antes da decolagem de um avião, o piloto já possui em mãos um plano detalhado com as todas as informações necessárias para o voo. A principal delas é o destino. E com base no destino pretendido, outras informações são necessárias e sub-planos vão surgindo. É então traçada a rota, definido a quantidade de combustível necessário, o número de tripulantes para operar a aeronave e atender aos passageiros e assim por diante. Além disto, o piloto tem a sua disposição vários instrumentos de orientação para auxiliá-lo a se manter na rota definida durante todo o voo.

Mesmo com todos estes procedimentos prévios, não há nenhuma garantia que a rota percorrida será como foi planejada. Podem surgir áreas de instabilidades, ventos fortes, outras aeronaves na rota e uma série de fatores que farão com que o piloto seja obrigado a realizar pequenos desvios e ajustes de curso durante o voo. A única certeza é que o destino estabelecido deve ser alcançado, e para isto o piloto utilizará os instrumentos e habilidades disponíveis para chegar ao destino.

Este paralelo nos ajuda a entender um pouco a necessidade de Planejamento e Orçamento para as organizações em geral. Sem eles, é como se a empresa estivesse voando sem rumo e de olhos vendados. Ao planejar a abertura de uma empresa, ou mesmo iniciar um novo exercício em uma empresa já existente, é fundamental saber o que esperamos dela, ou seja, qual o destino! Isto pode ser traduzido em termos econômicos com questões simples como “quanto pretendemos faturar”, “qual lucro esperamos ter”, “quanto vamos investir”, “quantas pessoas precisaremos contratar”, “quanto de matéria-prima devemos comprar”, e assim por diante.

Como exemplo do avião, é muito provável que as coisas não saiam exatamente como foram planejadas. Desvios sempre vão existir, mas o importante é ter sempre em mente o destino a ser alcançado. E como para o piloto, as habilidades e experiências adquiridas pelo gestor ao longo do tempo são importantes, mas sem os instrumentos apropriados (Planejamento, Orçamento e Acompanhamento) fica muito mais difícil saber se o avião (empresa) está voando no rumo certo!

E como dito no artigo Previsão de Cenários – Seu Único Diferencial, a habilidade de simular e prever diversos cenários possíveis, aliado a capacidade de reagir de forma ágil quando as coisas não saem como previsto é um importantíssimo diferencial que atualmente pode ser o fator decisivo para levar as empresas ao sucesso ou ao fracasso. Ferramentas de Planejamento e Orçamento são os instrumentos que auxiliam a sua empresa a estabelecer aonde quer chegar e estimar os recursos necessários para isto (sem que falte ou sobre), e verificar de tempos em tempos se está na direção correta, realizando ajustes sempre que necessário e o mais breve possível.

Imagine no exemplo do avião, onde muito combustível representa peso extra, que diminui a velocidade e aumenta o consumo, mas pouco combustível significa que o avião não chegará ao seu destino.
Veja que não chegar ao destino não significa que o avião vai cair. Ele pode fazer um pouso de emergência e abastecer, mas isso afetará significativamente os prazos e custos da viagem, o que poderia ser evitado com um pouco de planejamento prévio.

Agora traduza isso para as necessidades comuns em sua empresa, como compra de matéria-prima, ou a necessidade de capital de giro, por exemplo, ou imagine a tripulação como sendo sua equipe produtiva e administrativa, e assim por diante e tente responder a pergunta:

E a sua empresa, possui um plano de voo e instrumentos de navegação apropriados?

 

Fonte: Contábeis

 

 

 

Começo do ano e do planejamento financeiro

Já que despesas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar são inadiáveis, é indispensável que seja feita uma programação desde o primeiro mês.

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Passado o final de ano e o período de maior movimento no comércio, é tempo de refazer as contas e programar os gastos para 2014. Embora muitos se esqueçam, os primeiros meses também são responsáveis por boa parte dos nossos vencimentos, com o pagamento de impostos como o IPVA, para os que possuem veículos, ou a rematrícula e a compra de material, aos que têm filhos em idade escolar.

Impulsionados pelas facilidades de crédito e pela “reserva” obtida com o 13º salário, muitos fizeram dívidas que irão perdurar pelos próximos meses e aumentaram a coleção de boletos ou de faturas do cartão de crédito. A estes, o ideal é que atividades supérfluas no ponto de vista das finanças – como uma viagem não planejada com antecedência ou as comemorações excessivas de Carnaval – deixem de ser realizadas, para que o orçamento mensal não seja comprometido totalmente e os gastos não sejam “perdidos de vista”.

Já que despesas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar são inadiáveis, é indispensável que seja feita uma programação desde o primeiro mês. Muitas vezes, simples medidas nos trazem consequências imensamente benéficas e garantem um ano muito mais tranquilo para o bolso. Um exemplo é dedicar alguns minutos para fazer contas e colocar “na ponta do lápis” quantos por cento do salário serão destinados às compras parceladas – desta forma, o consumidor já impõe um limite aos próximos gastos e passa a saber o que é possível ou não de ser realizado.

Para evitar complicações financeiras, é fundamental que os consumidores menos prevenidos se programem e mantenham o foco em gastos realmente imprescindíveis. Afinal, manter as contas em dia e o nome limpo é um fator importantíssimo para a felicidade de qualquer um.

Dora Ramos é especialista em Contabilidade e Controladoria, graduada em Ciências Contábeis pela UMC (Universidade de Mogi das Cruzes), é fundadora e diretora responsável pela Fharos Assessoria Empresarial e atua no mercado contábil-administrativo há mais de vinte anos.

Fonte: Editora Ser Mais

 

As armadilhas que ameaçam a saúde das finanças corporativas

Além dos cuidados com o planejamento de gastos, recursos humanos e produtos ou serviços oferecidos, as empresas devem ficar muito atentas às questões contábeis.

Roberta Mello

Ratoeira

O bom momento vivido pela população e a estabilidade econômica do País estimulam os investimentos em um negócio próprio. Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontam para a existência de mais de 20 milhões de empreendedores no País e afirmam que, nos últimos anos, cerca de 3 milhões de pessoas legalizaram a situação profissional por meio do programa Microempreendedor Individual (MEI), que, a um baixo custo tributário e burocrático, atende aos profissionais que trabalham por conta própria e serve como primeiro passo em direção à vida empresarial. No entanto, para que seus empreendimentos façam sucesso, eles têm de ultrapassar obstáculos, muitos deles na esfera contábil.

A alta carga tributária brasileira, o grande número de impostos e a falta de conhecimento aprofundado sobre a legislação em torno de cada um deles formam uma armadilha perigosa, capaz de interromper o longo caminho rumo ao sucesso e aniquilar empresas. Para se proteger desses vilões, os empresários devem se munir de armas capazes de dar mais segurança aos cofres organizacionais e utilizar a defesa como estratégia, ficando atentos a todos os impostos, conhecendo seus direitos e deveres previstos em lei e tendo em mãos todos os documentos necessários.

A contadora e integrante do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), Soeli Rinaldi, aponta como primeira grande ameaça à saúde das pessoas jurídicas a falta de esclarecimento quanto às questões tributárias. “Acredito que entre 60% e 70% dos empresários não têm conhecimento básico sobre, por exemplo, o melhor regime de tributação para sua empresa”, adverte Soeli.

A tradutora Fernanda Klein Peixoto sofreu no bolso o prejuízo que a inclusão em um regime errado pode trazer. A jovem resolveu partir do trabalho assalariado para a faixa de micro empreendedora, mas, por ter faturamento acima do limite previsto no MEI (R$ 60 mil), foi obrigada a mudar de regime e a pagar uma multa por isso. “Só me dei conta de que o valor excedia o limite do MEI quando fui fazer a DARF (Declaração de Arrecadação de Receitas Federais)”, conta Fernanda, que teve a surpresa desagradável mesmo após uma longa pesquisa no site da Receita Federal em busca de mais informações.

Fernanda acertou as contas com o fisco ao realizar o pagamento da multa, tendo como base o valor excedente ao limite no faturamento bruto anual do MEI, e comemora o atual momento do negócio, incluído no Simples Nacional. Contudo, as pendências podem representar o fim de muitas empresas, que veem as contas aumentarem e a solução ficar cada vez mais distante.

A alta carga tributária e a grande quantidade de impostos são apontadas como os itens seguintes na lista dos grandes entraves à justa arrecadação. “Temos uma carga tributária elevada e muitos impostos, o que faz com que as pessoas encontrem formas de burlar a lei e sonegar. Se o Brasil fizesse como outros países e unificasse os tributos, como no caso do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) adotado pelos vizinhos Uruguai e Argentina, todos saberiam melhor quanto estão pagando, e o governo com certeza poderia arrecadar mais”, defende Soeli.

A assessora tributária da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado (Fecomércio/RS), Tatiane Correa, alerta que, para os estabelecimentos da categoria geral (lucro presumido e lucro real), a falta de quitação de débitos implica, além da incidência de multa e juros, a negativa de certidões, a inscrição em dívida ativa, a inscrição do nome no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados (Cadin), a penhora de bens e a impossibilidade de crédito com o governo.

Por sua vez, as empresas do Simples possuem uma preocupação maior, pois, além desses prejuízos, ainda poderão ser excluídas do regime simplificado, já que uma das condições para optar por ele é a inexistência de débitos.

Documentação em mãos pode ser uma arma poderosa

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A melhor forma de se defender das armadilhas arquitetadas pelo Leão é contar com todas as documentações necessárias para comprovar as despesas com pessoal, os gastos dedutíveis, as doações a fundos de entidades sociais e culturais, e fazer a declaração corretamente. Por isso, a contadora Luciana Alves indica que o ideal é organizar os documentos desde o início do ano e informar-se sobre todos os gastos que podem ser deduzidos dentro do regime de tributação no qual está inserido.

Com experiência em empresas enquadradas em diferentes regimes e atualmente dedicada a uma organização educacional em sistema de cooperativa, Luciana explica que é crucial aos empresários e contadores ficarem atentos à legislação de cada regime, aos investimentos – grandes causadores de inclusão na malha fina –, aos aluguéis – que normalmente não são informados pelos empresários –, aos resgates em fundos (de pensão e previdência privada) e à variação patrimonial. “Além da Receita Federal, também é importante que os empresários não deixem de prestar atenção às exigências das Juntas Comerciais, cada vez mais atuantes”, pontua Luciana.

Empresários gaúchos têm queixa pontual

No Rio Grande do Sul, uma queixa é comum : os empresários gaúchos reclamam do Diferencial de Alíquota (Difa) do Imposto sobre o Comércio de Mercadorias e Serviços (ICMS) – o afamado “imposto de fronteira”. O tributo, que, no ano passado, dividiu as opiniões de entidades comerciais e industriais e contrapôs representantes do Legislativo e do Executivo, chega a 17% no Estado e é a grande queixa, principalmente, das Micro e Pequenas Empresas (MPEs).  “Essa diferença acaba se tornando um custo para os optantes do Simples, uma vez que esse valor cobrado a mais não tem como ser revertido, pois não há, nesse regime, o sistema de débito e crédito, como nas empresas da categoria geral. Com isso, tais estabelecimentos acabam, na prática, pagando mais do que a alíquota prevista na tabela do Simples”, explica a assessora tributária da Fecomércio, Tatiane Correa.

A substituição tributária, quando o imposto é pago no início da cadeia (pela indústria) e a mercadoria fica com o valor já inserido no preço, também prejudica diretamente os optantes do Simples. Segundo Tatiane, o varejista recebe a mercadoria com o valor já incluído e, caso o tributo seja recolhido com uma alíquota maior que a sua, não tem a possibilidade de creditamento.

Estudos e simulações ajudam a definir melhor rumo a seguir

Ao decidirem investir em um negócio, o ideal é que os empreendedores realizem estudos e simulações para conseguir definir o regime tributário mais adequado a seu segmento e tamanho de estabelecimento. “As pessoas desconhecem todas as características dos regimes. Muitas empresas, por exemplo, querem integrar o Simples, mas não podem ou não deveriam”, diz a contadora Soeli Rinaldi, sublinhando que cada organização tem a sua Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), e que nem sempre o regime simplificado é o mais vantajoso economicamente.

A assessora tributária da Fecomércio Tatiane Correa sugere que, posteriormente, as empresas realizem planejamentos tributários que lhes permitam se programar anualmente para conseguir cumprir as obrigações e pagar os tributos em dia.

Como o problema da grande quantidade de tributos deve continuar assombrando os empresários, a saída é investir na organização. Documentos em dia e o conhecimento de todos os pormenores em torno de cada razão social e regime podem ser cruciais para diminuir a carga tributária e talvez garantir a sobrevivência do negócio – já que, como pondera a contadora Soeli Rinaldi, um dia de trabalho da empresa é dedicado ao pagamento de impostos.

Quanto ao imposto de fronteira, recentemente foi aprovado na Assembleia Legislativa projeto de lei que extingue essa cobrança aos optantes do Simples. Entretanto, o Governo do Estado não aceita a resolução. Assim, o mais indicado é que os empresários continuem fazendo o pagamento do imposto de fronteira através de depósitos judiciais.

Perante vilões tão fortes, a melhor estratégia das empresas, principalmente iniciantes, deve ser a busca por conhecimento sobre as principais armas utilizadas pelo inimigo. É fundamental informar-se sobre os aspectos tributários em torno do regime de tributação adotado, munir-se de toda documentação necessária para se proteger e se organizar em meio a tantos documentos e comprovantes e tomar cuidado para ser o mais preciso possível ao realizar a Declaração de Imposto de Renda. Nunca é completamente seguro entrar no ambiente de negócios, mas algumas atitudes podem tornar a experiência mais tranquila.

 

Fonte: Jornal do Comércio

 

 

 

Simples Nacional – Prazo para opção 2014

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A opção pelo Simples Nacional, que unifica o recolhimento de tributos e contribuições federais e estaduais, bem como a opção pelo Simei voltado para o Microempreendedor Individual (MEI), poderão ser feitas até o dia 31.01.2014.

Podem optar pelo Simples Nacional as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), sendo que para efeito da opção considera ME ou EPP a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) ou o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406/2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

a) no caso da ME, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);

b) no caso da EPP, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

O resultado final da opção será divulgado no serviço “Acompanhamento da formalização da opção pelo Simples Nacional”, item Contribuintes – Simples Nacional, disponível no Portal do Simples Nacional, na internet.

O Empresário Individual que já esteja em atividade e tenha interesse e condições de se enquadrar na categoria de Microempreendedor Individual (MEI) pode solicitar o ingresso no Simei através do Portal do Simples Nacional, no item Simei Serviços – Opção – Solicitação de Enquadramento no SIMEI.

Para solicitar o Simei a empresa deve obrigatoriamente ser optante pelo Simples Nacional. Caso não seja optante do Simples deve, previamente, solicitá-la.

A solicitação de opção pelo Simei está sujeita à verificação de impedimentos específicos para esse regime e pode ser acompanhada no Portal do Simples Nacional – item Simei Serviços – Opção – Acompanhamento da solicitação de enquadramento no Simei.

A escolha dos regimes tributários é irretratável para todo o ano-calendário.

Fonte: Netcpa

Por uma boa contabilidade

Por Mário Berti, empresário que assumiu em janeiro a presidência da Fenacon.

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Em janeiro comemora-se o Dia do Empresário Contábil, um dos maiores responsáveis para a manutenção e o crescimento das micro e pequenas empresas (MPEs), e por extensão para todos os setores da economia.

Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em conjunto com o Dieese e o Sebrae Nacional, aponta que as MPEs representam cerca de 99% dos estabelecimentos formais brasileiros e são responsáveis por 60% dos 94 milhões de empregos gerados no País.

Da mesma forma, o setor de serviços – onde está concentrada grande parte das MPEs – assumiu nos últimos anos extrema importância para o desenvolvimento econômico brasileiro, praticamente desbancando a indústria, no quesito geração de empregos.

Pode-se dizer que esse cenário possui relação direta com profissionais que estão à frente de todas as questões contábeis, gerenciais e tributárias de uma empresa. Os empresários contábeis são essenciais no dia a dia dos empreendedores de todos os setores. Uma boa assessoria de uma empresa contábil pode trazer diversos benefícios para as empresas, entre eles a redução da carga tributária, apontamento sobre o nível de lucratividade e direcionamento quanto ao modelo de administração.

Dentre as conquistas alcançadas para beneficiar os empresários contábeis e seus clientes, posso citar a recente aprovação da universalização do Simples, votado em Comissão Especial da Câmara dos Deputados no final de 2013 que vai permitir a inserção de quase meio milhão de MPEs que faturam até R$ 3,6 milhões por ano nesse regime de tributação.

A inclusão de todas as categorias no Simples vai proporcionar uma redução média de 40% na carga tributária para os contribuintes. Para começar a valer a partir de 2015 a proposta precisa ser votada no Plenário da Câmara ainda em 2014.

É preciso ressaltar que esses e outros muitos avanços só estão sendo possíveis graças a atuação de personalidades, comissões e entidades. Entre elas a Fenacon, nacionalmente reconhecida por sua atuação no combate à alta carga tributária e na diminuição da burocracia.

Ela representa mais de 400 mil empresas em todo o país, reunindo 37 sindicatos, distribuídos nos 26 estados e no Distrito Federal e acompanha inclusive com sugestões, quando possível, junto às autoridades governamentais todas as possibilidades de melhorias tributárias e econômicas para os empresários brasileiros.

É de grande valia ter tudo isso em mente no início de um novo ano, quando as esperanças se renovam e temos boas perspectivas para a economia brasileira. Estamos no ano da Copa do Mundo, período de oportunidades. E é nesse momento de otimismo que a Fenacon gostaria de homenagear todos os empresários contábeis brasileiros, ressaltando sua importância para a sociedade.

Afinal, sem o empresário contábil e toda a importância que sua atuação representa, a economia brasileira, literalmente, pararia.

Fonte: DCI – SP

Quatro Erros Imperdoáveis no Fluxo de Caixa do seu negócio

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Organizar as finanças de uma pequena empresa é o passo inicial para que o projeto cresça. O caminho é já começar a se acostumar com a planilha do fluxo de caixa. Pensado para servir como um planejamento, ele ajuda a acompanhar todas as receitas e os gastos da empresa e a tomar decisões.

O problema é que muitos empreendedores só usam os dados para saber se vai faltar dinheiro no final do mês. O ideal é acompanhar os meses futuros para programar ações. “O fluxo de caixa me diz futuro. Já começa a ver quanto mal ou bom vai ser daqui seis meses. Ele diz quanto precisa de capital de giro, se pode fazer distribuição de lucros, se está na hora de assumir uma dívida ou fazer um investimento”, diz Maurício Galhardo, consultor especializado em finanças, da Praxis Business.

Para que a ferramenta funcione bem como um indicador, é preciso que o empresário fique responsável por fazer ou acompanhar de perto os dados e se certifique de que todas as informação são reais. “O fluxo de caixa deve traduzir a realidade financeira da empresa. É uma previsão do que vai receber e pagar”, explica Nelson de Sousa, professor de finanças do IBMEC/RJ. Veja quais são os principais erros que você precisa evitar para usar bem o fluxo de caixa.

1. Não ter categorias

Apesar de existirem softwares e programas que auxiliam empresários no fluxo de caixa, a maneira mais simples é montar uma planilha. “Precisa separar os gastos em grupos, o que alguns chamam de planos de contas”, alerta Galhardo. Apenas registrar todos os gastos e despesas não é o suficiente para tomar decisões com a planilha. O ideal é separar todos os valores em categorias. “Se você separa em caixinhas, no plano de contas, consegue entender quanto se gasta em cada categoria”, indica o consultor.

Assim, faça colunas para custos com ocupação, como aluguel, IPTU e até água e luz, para custos com pessoal, incluindo salários e benefícios, e também para custos administrativos e relacionados a vendas. Desta forma, fica mais fácil identificar, por exemplo, onde a empresa gasta mais e até como seria possível reduzir custos. “É importante acompanhar o saldo bancário, que deve bater com o fluxo de caixa”, explica Galhardo.

2. Lançar vendas e não recebimentos

Uma nova venda sempre é recebida pela empresa como dinheiro no bolso e muitos empresários se precipitam e lançam os valores na planilha. “No fluxo de caixa, o que deve ser lançado são as receitas e não as vendas. A receita é aquilo que entrou de dinheiro. Se fizer uma venda em três vezes, vai ter que lançar o pagamento em três vezes também”, esclarece Galhardo.

O mesmo vale para pagamentos. “Se ia pagar uma conta e o fornecedor deu um prazo maior, muda a conta para ser paga em outra data”, diz o consultor. Para Sousa, este é o ponto de partida para um fluxo de caixa bem feito. “Projeta o que vai vender e o que vai receber, considerando que algumas vendas são à vista, outras a prazo”, diz.

3. Não ter um acompanhamento diário

O padrão mais comum de fluxo de caixa é mensal, ajudando o empresário a avaliar o desempenho do negócio naquele mês. Na prática, é melhor acompanhar diariamente. “Ele tem que ser feito diário. O fluxo de caixa não serve para ver quanto está gastando, para falar de passado, o fluxo de caixa me diz futuro”, afirma Galhardo.

4. Não ser realista

É com o acompanhamento diário que o empresário vai aprendendo como o negócio se comporta mês a mês e pode se preparar para períodos de baixa. Isso só acontece se os dados usados estiverem de acordo com a realidade. “Empresas projetam fluxo de caixa de até 2 anos, com o que imaginam que vai ser a atividade. Cada vez que aumentam as expectativas de venda, aumentam os gastos também”, diz Sousa.

 

Fonte: Exame